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A Autoridade Marítima Nacional (AMN) anunciou, esta quarta-feira, ter encontrado os corpos dos três pescadores, que ainda se encontravam desaparecidos, na sequência do naufrágio, que ocorreu na passada quarta-feira, dia 3, ao largo de São Pedro de Moel, município da Marinha Grande.
A traineira “Virgem Dolorosa” tinha saído, na noite anterior, do porto da Figueira da Foz, para mais uma maratona de pesca, com 17 tripulantes a bordo (15 portugueses e dois indonésios). O peixe já teria sido recolhido, quando, de madrugada, e por razões ainda por apurar, a embarcação afundou.
Dado o alerta, acorreram, de imediato, ao local, quatro barcos de pesca, que se encontravam nas proximidades. 11 tripulantes foram resgatados (nove portugueses e dois indonésios). Os corpos sem vida de três pescadores seriam encontrados minutos depois pelos meios de socorro. Os cadáveres dos restantes pescadores foram hoje encontrados.
A confirmação, em comunicado, foi dada pela AMN. “O corpos de três homens, ao que tudo indica serem dos três desaparecidos da embarcação de pesca que naufragou no passado dia 3 de julho, foram esta manhã, 10 de julho, encontrados por debaixo de diversas dornas (recipiente de grandes dimensões), que se encontravam no convés da embarcação naufragada, ao largo da praia do Samouco, no concelho da Marinha Grande”, lê-se no site.
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O Governo e os sindicatos dos guardas prisionais chegaram a acordo para o aumento do suplemento de missão. A atualização do valor em mais 300 euros vai ser feita de forma gradual ao longo dos próximos dois anos: 200 euros a partir já deste mês e mais 50 euros nos anos de 2025 e 2026.
A proposta apresentada pela ministra da Justiça, Rita Alarcão Júdice, na reunião realizada esta quarta-feira, foi muito semelhante à do Ministério da Administração Interna, que, ontem, permitiu chegar a acordo com três sindicatos da PSP e duas associações da GNR.
Em comunicado, a ministra da Justiça agradeceu “o esforço e o empenho dos responsáveis das três estruturas sindicais [Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional, a Associação Sindical de Chefias do Corpo da Guarda Prisional e o Sindicato Independente do Corpo da Guarda Prisional] que estiveram nestas negociações, de forma firme, mas construtiva”. “Vamos continuar a conversar, porque temos ainda muito a fazer para valorizar os profissionais que prestam um serviço imprescindível no nosso sistema prisional”, Rita Alarcão Júdice.
Os guardas prisionais exigiam a atribuição de um suplemento de missão semelhante ao que foi atribuído à Polícia Judiciária e que estava em negociação com a PSP e a GNR. Incluído no acordo assinado – ao fim de cinco encontros –, está ainda prevista a revisão do sistema de avaliação da carreira, ficando marcada nova reunião entre as parte para o próximo dia 24.
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Neste JL… Cs lusitanistas… De 20 a 26 de julho, no Porto, sucedem-se dois importantes
acontecimentos para a língua e culturas portuguesas. Textos de Carlos Ascenso André, Sabrina Sedlmayer e Joaquim Coelho Ramos. Inquéritos, com respostas de Lídia Jorge, Manuel Alegre, Helder Macedo, Elias Torres Feijó, Roberto Vecchi e Carlos Reis
E ainda
Adélia Prado, Prémio Camões
Curtas de Vila do Conde.Um Festival que dá cartas
Fausto, um adeus
Eduardo antes de ser Lourenço
Os festivais de verão

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Em abril de 2002, cheguei a Paris poucas horas depois dos franceses terem entrado em estado de “choque” com a passagem inesperada de Jean-Marie Le Pen, líder da extrema-direita e assumidamente racista e xenófobo, à segunda volta das eleições presidenciais. Como muitos outros jornalistas, dirigi-me para a Place de la République, onde se concentravam, então, de forma ininterrupta, os protestos contra Le Pen, com apelos ruidosos à constituição de uma frente republicana para impedir a sua eleição e, ainda por cima, dar-lhe uma lição nas urnas. Os dois objetivos foram alcançados, mesmo que a reeleição de Jacques Chirac não fosse, até aquele momento, o desejo da esmagadora maioria dos franceses, desacreditado que estava por vários escândalos e uma coabitação problemática com o primeiro-ministro socialista Leonel Jospin (o favorito incontestado de todas as sondagens, mas que falhou a concretização desse objetivo devido à pulverização de votos em demasiados candidatos de esquerda, na primeira volta).
Mais de duas décadas depois, a Place de la République e a emblemática estátua que ali foi erguida por ocasião do primeiro centenário da tomada da Bastilha continuam a ser o centro aglutinador das manifestações contra a extrema-direita, como se viu nos últimos dias. Mas apesar dessa semelhança, sempre vincada como cenário de quase todos os diretos das televisões, a França já não é o mesmo país que, em 2002, se uniu de forma esmagadora contra Le Pen. Agora, embora tenha ficado em terceiro lugar no número de deputados, devido à particularidade do sistema eleitoral a duas voltas, o Rassemblement National, de Marine Le Pen, é incontestavelmente o maior partido francês – a grande distância de todos os outros. Tanto nas europeias como nas duas voltas das legislativas, a extrema-direita recolheu mais de 30% dos votos. Por isso, vai formar, depois de desfeitas as coligações à esquerda e ao centro, o maior grupo parlamentar na nova Assembleia Nacional.
Por mais festejada que tenha sido a vitória da nova Frente Popular ‒ na Place de la République, bem como na maioria das capitais europeias –, a realidade é bem menos eufórica para quem defende a democracia e o projeto europeu. E é também menos surpreendente do que a vitória da esquerda, ao arrepio de todas as sondagens. A verdade é que, de eleição para eleição, há mais eleitores a repetir o seu voto num partido que quer dar direito de preferência aos “franceses puros” e penalizar os de dupla nacionalidade – como são milhares de lusodescendentes. E que, ainda por cima, advoga o fim da livre circulação na União Europeia e, por mais que o tente disfarçar desde a invasão da Ucrânia, mantém o seu apoio a Vladimir Putin.
Os dados foram lançados e o jogo está quase concluído. Emmanuel Macron arriscou forte, embora não tenha perdido, também não ganhou. Para já, ninguém lhe tira um triste balanço: com a sua primeira eleição em 2017, dinamitou os partidos tradicionais franceses, fez milhões de franceses sonhar que iria ser uma alternativa contra um sistema injusto e enclausurado em esquemas do passado, transmitiu a ideia de que iria ser a maior barreira à ascensão de Le Pen – mesmo quando esta tentou adocicar a imagem e o discurso, embora sem perder a verdadeira essência ‒, mas acabou por falhar em toda a linha e ficar intimamente ligado ao crescimento da extrema-direita.
É neste contexto que a esquerda vencedora destas legislativas tem uma responsabilidade acrescida. Ainda para mais num país com uma importância estratégica enorme, como segunda maior economia da UE e a sua única potência nuclear, além de continuar a ser a única antiga potência colonial a manter territórios e influência direta em todos os oceanos. Apesar dos avanços de Le Pen, o seu projeto antidemocrático ainda é desprezado por dois terços dos franceses. Mas o sentido de unidade demonstrado, mais uma vez, em defesa dos ideais republicanos não pode ser apenas alicerçado na rejeição. É preciso mesmo que algo mude e que os partidos democráticos sejam capazes de responder aos desafios dos novos tempos, com propostas e ações que façam a diferença. A esquerda que venceu em França tem, agora, a derradeira oportunidade de se reinventar. Caso contrário, irá limitar-se a convocar manifestações para a Place de la République, sempre que ficar assustada com as escolhas dos eleitores. Até que seja tarde demais.
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Não acredito que exista qualquer objetivo político-partidário nas ações do Ministério Público (MP) que, de uma forma clara, interfiram ou pretendam condicionar o poder político sem justificação legal. Como também não considero que os ataques a direitos, liberdades e garantias, que se vão repetindo sem aparente razão, sejam movidos por um qualquer objetivo ideológico.
Não é de agora que penso que uma parte importante e hegemónica dos incorretamente chamados magistrados do MP tem sim uma visão messiânica da sua ação e mostra um enorme desconhecimento da realidade social, política e empresarial e de como estes fenómenos se relacionam. Vive numa bolha em que dentro estão os bons e os justos, os que vão salvar Portugal e o mundo, enquanto cá fora há um conjunto de bandidos ‒ os políticos, os ricos, os poderosos, que maleficamente tudo dominam e que têm de ser postos na ordem de qualquer maneira.
Assim, não fiquei particularmente surpreendido quando a procuradora-geral da República disse na entrevista, que deu na passada segunda-feira, que havia uma campanha orquestrada contra (reforço o “contra”) o MP, ou seja, quem nestes anos todos tem protestado contra os vários erros, os atropelos aos mais básicos direitos e quem se revolta com os julgamentos na praça ou fala contra o abuso das escutas e outros fenómenos similares não está preocupado com o irregular funcionamento da instituição MP. Está, isso sim, a orquestrar a tal campanha, da qual até a ministra da Justiça fará parte.
A propósito, não havia grande razão para tantas reclamações acerca do silêncio da senhora procuradora. Não me parece que, vistas as coisas, valha sequer a pena ir ao Parlamento. Tudo o que disse, tudo o que defendeu, tem sido repetido à saciedade pelos representantes do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público.
Que a senhora procuradora não sabe tudo sobre todos os casos não surpreende. Mas, convenhamos, é muito preocupante que não soubesse rigorosamente tudo sobre a Operação Influencer.
Bem sei que Lucília Gago não se deve preocupar com as consequências dos seus atos (foi a própria que disse) e que a lei é igual para todos, mas talvez fosse avisado tentar perceber que um primeiro-ministro em democracia é eleito pelo povo e que isso basta para haver um especial cuidado quando se tornam públicas suspeitas de especial gravidade.
Lá está, compreende-se que na bolha da Rua da Escola Politécnica seja normal pensar-se que não é necessário estar-se muito seguro quando se grita aos quatro ventos que o mais alto responsável político é suspeito de crimes graves. Mas o mundo real funciona de outra forma.
Também se consegue perceber que quando se tem magistrados tão experientes e tão competentes como os que dirigem a Operação Influencer se ache que não há necessidade de se saber todos os pormenores do processo. Contudo, seria avisado que num caso que levou diretamente à queda de um Governo, a novas eleições e a uma nova realidade político-partidária, a máxima responsável pela ação penal soubesse exatamente todos os pormenores da situação.
Bom, estamos perante alguém que pensa que ouvir um governante durante quatro anos “não é desejável”, mas, lá está, podem ir aparecendo coisas. Tudo dito.
Acredito, e longe de ser de agora, que há setores importantes do MP que têm uma visão instrumental do segredo de justiça. Não faltam exemplos de pessoas condenadas no pelourinho de um qualquer tabloide através da fuga de uma escuta ou de outra parte de um processo e que são absolvidas ou mesmo nunca acusadas. Lembro e resumo um célebre despacho de arquivamento: não há provas contra o arguido, mas ele é culpado.
O que a Operação Influencer trouxe foi uma espécie de confirmação expressa dessa visão.
Sendo o segredo de justiça justificado para que não haja perturbação da investigação, mas, tão importante como isso, também se proteja o bom nome e a presunção de inocência dos investigados, o que o MP fez com o célebre parágrafo foi subverter o princípio. Anunciando a suspeita, a senhora procuradora violou deliberadamente o segredo de justiça. O pior é que o fez não por qualquer interesse superior, mas apenas para se proteger a si própria, ou seja, violou-se o segredo de justiça para a dra. Lucília Gago se proteger da fuga do segredo de justiça. O Presidente da República falou em maquiavelismo a respeito de algumas ações da PGR, talvez não tenha exagerado.
Não fosse o já histórico parágrafo suficiente, a senhora procuradora anunciou outro com toda a naturalidade, desta vez de forma oral ‒ há de facto muitas formas de se violar o segredo de justiça. Pelos vistos, as investigações a António Costa continuam, ou seja, o ex-primeiro-ministro ainda está a ser investigado, reforçando o contingente dos eternos suspeitos, traço já característico do nosso sistema penal.
No fundo, ainda bem que a senhora procuradora não deu entrevistas durante estes anos todos. Só temos de estar muito preocupados mais três meses.
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Os textos nesta secção refletem a opinião pessoal dos autores. Não representam a VISÃO nem espelham o seu posicionamento editorial.
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O ChatGPT, que veio popularizar a Inteligência Artificial (IA) generativa, está disponível, a partir de hoje, em todos os Peugeot de última geração equipados com comando de voz. Incluindo as novas versões dos modelos 208, 2008, 308, 308 SW, 408, 508, 508 SW, Rifter, Traveller, Partner e Expert. Aos quais se seguirão, no final do ano, o novo 3008 e o novo 5008.
De acordo com o comunicado da marca francesa, esta nova funcionalidade está “disponível tanto para os veículos novos, como para os clientes de modelos já existentes, sendo disponibilizado por atualização ‘over the air’, sem necessidade de deslocação a um concessionário”.
Portugal está no grupo dos primeiros países onde o ChatGPT vai chegar aos Peugeot, em conjunto com Alemanha, Áustria, Espanha, França, Itália e Reino Unido. Até ao final de julho, seguir-se-ão a Dinamarca, a Irlanda, a Noruega, a Suécia, a Suíça, a Bélgica, o Luxemburgo, os Países Baixos, a Polónia e a República Checa.
A Peugeot informa, ainda, que o “ChatGPT está disponível como parte do pack Connect Plus ou, para os clientes que adquiriram o seu automóvel antes da sua introdução, como uma funcionalidade a pedido”. Este serviço é oferecido pela marca durante os primeiros seis meses a contar da data de aquisição do veículo, estando depois disponível em modo de subscrição, com um custo de €12/mês ou €120/ano.
A interação com o ChatGPT é feita através do assistente de voz do i-Cockpit. Isto significa que, na prática, o sistema de IA substitui o assistente de voz da Peugeot, podendo ser chamado da mesma forma, através do comando “OK Peugeot”.
Como acontece no computador ou no smartphone, o ChatGPT nos Peugeot é capaz de interações complexas em conversação em linguagem natural. E de responder sobre praticamente qualquer assunto. Desde recomendações sobre áreas a visitar a criação de jogos interativos com perguntas de cultura geral para entreter os passageiros.