Visitar novos países e culturas – principalmente as completamente diferentes das nossas – pode ser algo desafiante. Cada nação possui o seu próprio conjunto de regras e normas culturais que é melhor conhecer quando se viaja para um novo lugar. Com base neste pressuposto, no ano passado, um grupo de investigadores da Remitly – um fornecedor de serviços financeiros digitais – desenvolveu um mapa-mundo de práticas de etiqueta de todo o mundo, baseando-se na análise de pesquisas no Google de 165 países. “Quisemos determinar até que ponto alguns dos nossos costumes são peculiares e que diferenças temos, o que pode ser um elogio num lugar e potencialmente insultar alguém noutro. Pesquisamos dicas de etiqueta, e analisamos os resultados de pesquisa no Google de “etiqueta em [país]” ou “tipos de etiqueta em [país]” em 165 países de todo o mundo, para revelar nuances culturais que podem tornar o dia a dia no estrangeiro mais fácil de navegar”, referem os investigadores do estudo.

Desde as diferentes formas de cumprimentar alguém no estrangeiro – os famosos “beijinhos” ou aperto de mão – às regras de etiqueta à mesa, neste artigo falamos de algumas diferenças culturais com que se pode deparar quando estiver a viajar este verão.

Os “beijinhos”

“Beijinhos”, em Portugal, “el beso”, em Espanha, “il bacio”, na Itália ou “beso-beso” nas Filipinas. Uma das partes mais importantes quando se viaja é saber como se dirigir ao cumprimentar alguém. Em Portugal, por norma, quando se encontra uma pessoa, deve-se cumprimentá-la através de dois beijos ou um aperto de mão. Esta é, na verdade, uma prática muito comum em vários países do mundo, mas nem sempre as regras são as mesmas. Entre um, dois e três beijinhos cada cultura faz “à sua maneira”.

Em vários países na América do Sul e Ásia – como a Colômbia, Argentina, Chile, Peru e Filipinas – a norma é apenas um único beijo como forma de cumprimento. Já em vários países europeus como a França, Espanha, Itália, Grécia, Alemanha e Croácia, à semelhança de Portugal, o número aumenta para dois. É de notar ainda que podem existir variações neste número de região para região dentro de cada país, por exemplo, no caso do Brasil ou até da França. Em países como a Bélgica, Eslovénia, Macedónia, Montenegro, Sérvia, Holanda, Suíça, Egito e Rússia o número cresce para três.

É necessário notar também – e de forma a evitar situações constrangedoras – que, por norma, na grande maioria dos países, o cumprimento se inicia com o lado direito da face e depois para o lado esquerdo, excetuando na Itália, em que o primeiro beijo é dado do lado esquerdo.

Já em vários países – especialmente os nórdicos – o aperto de mão ou um abraço são a forma mais comum de se cumprimentar alguém, estando os “beijinhos” – considerados mais íntimos – reservados para pessoas com quem se tem uma maior relação.

Cuidado com as mãos

Outra das diferenças culturais mais significativas entre culturas é a forma como observamos os gestos corporais e faciais de uma pessoa. “Com base na variedade de significados encontrados na investigação, pode ser fácil interpretar mal os gestos com as mãos”, lê-se na investigação. Isto porque tanto as expressões faciais como os gestos que fazemos com as mãos têm significados diferentes para culturas diferentes.

Se em Portugal – e para a maior parte dos países europeus – um polegar para cima significa “fixe” ou “está tudo bem”, em vários países do Médio Oriente, este não é um gesto bem visto, podendo ser, muitas vezes, considerado um gesto ofensivo. Ademais, em vários países desta região, cumprimentar alguém e até comer com a mão esquerda é considerado rude e anti-higiénico, estando a mão esquerda associada à impureza. Já o gesto de apontar para alguém é considerado rude em países como o Equador, Indonésia e Malásia, mas torna-se aceitável, nos últimos dois, com a troca do indicador pelo polegar.

A etiqueta do aperto de mão varia também consoante a zona do globo em que se encontre. Enquanto na China, os apertos de mão incluem um aperto ligeiro seguido de uma vénia, na França, o aperto de mão é normalmente seguido de um beijo em ambas as faces. Já na Tailândia é de evitar esta forma de cumprimento, devendo optar-se por um gesto, designado de “wai”, onde se juntam as mãos e se faz uma vénia. 

Etiqueta à mesa

Uma das partes fundamentais ao viajar é ficar a conhecer a gastronomia e o que a cozinha local tem para oferecer. Contudo, no que diz respeito à forma como são consumidos os alimentos, também existem diferenças significativas. Enquanto os mexicanos acreditam que os tacos devem ser sempre comidos com as mãos, já na Noruega, por exemplo, é considerado rude comer sem a utilização de talheres.

Em vários países do mundo não se deve pedir ou acrescentar complementos ao prato – como sal ou pimenta – um gesto considerado insultuoso às capacidades culinárias de quem confeccionou a refeição. Na Itália, por exemplo, pedir queijo parmesão para a pizza é um erro grave – já para não falar da presença de ananás – enquanto na França, a toma de bebidas alcoólicas mais fortes antes do jantar é desaconselhada, pois pode afetar o “paladar” da refeição.

Por outro lado, o ato de arrotar depois de se terminar uma refeição parece ser um gesto que divide o mundo. Sendo observado como uma atitude rude em alguns países – como os Estados Unidos – em certos locais, como a Turquia, Arábia Saudita, China ou o Senegal é visto como um sinal de satisfação e de elogio ao cozinheiro. O mesmo se aplica ao ato de “sorver” a comida no Japão. Na cultura asiática, é considerado normal beber os noodles ou os pratos de sopa – como o miso ou o pho -, um gesto visto como uma forma de agradecimento pela comida.

É preciso ter atenção ainda com a quantidade que se come. Se em países como o Quénia e a Alemanha terminar a comida é um sinal de que gostou da refeição, em regiões como a China, o Afeganistão e a Índia, acabar toda a comida colocada no prato é um insulto e indicador de que não terá comido o suficiente.

Gorjeta

Um dos tópicos que devem também ficar a conhecer é como dar “gorjetas” após uma refeição no estrangeiro. Se em muitos locais dar gorjeta após uma refeição não é aceite, noutras regiões, espera-se essa gratificação após o serviço. Esta é uma prática mais frequente nos Estados Unidos, onde se espera uma gratificação entre os 15 e os 20% do custo da refeição.

Cuidado com os horários

A pontualidade e o cumprimento dos horários foram também temas recorrentes da investigação. A pesquisa revelou que muitos países – como o Canadá, Costa Rica, Cuba, Chipre, Quénia e Uruguai – têm uma postura mais “relaxada” em relação ao cumprimento dos horários, sendo que chegar “fashionably late” – ou, em português, “elegantemente atrasado” – é algo comum. No entanto, em países como a Polónia, Singapura, Suécia e Reino Unido acontece totalmente o oposto e os atrasos são considerados uma falta de respeito.

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Sou liberal por convicção em tudo o que diz respeito a costumes, mas ser liberal nos dias que correm pode ter vários significados. Diria mesmo que liberalismos há muitos, com outras tantas ramificações e divergências. Vou, por isso, focar-me no liberalismo dos costumes e afirmar que sou totalmente defensor do: cada um tem o direito a fazer o que quiser com o seu corpo; cada pessoa tem o direito a ser feliz. No entanto, tenho de abrir uma exceção quando o tema é desporto, força física/resistência.

A evolução da própria humanidade preparou homens e mulheres de forma diferente. E o que está nos cromossomas (sejam eles X, Y ou XY) não se pode alterar. Não é questão hormonal, nem tão pouco física. Por isso, é urgente que no desporto se criem categorias também para pessoa trans ou intersexo. Só assim será possível que situações como aquela a que assistimos nos Jogos Olímpicos de Paris não se repitam e os atletas possam competir por igual. Ninguém, mas absolutamente ninguém merece passar por situação semelhante aquela que a pugilista argelina Imane Khelif ou a pugilista italiana Angela Carini estão a viver. Ambas são mulheres, mas o que está nos cromossomas não se pode alterar. Por isso, devem poder discutir de igual para igual os anos e anos de preparação para a prova maior do desporto.

Se no desporto defendo categorias novas e visto a camisola de liberal conservador, na beleza, ou melhor nos concursos de beleza, a opinião é diferente. Nos concursos de beleza a beleza é sufragada por um júri, que, em última análise, pode não votar naquela mulher ou homem.

A humanidade andou muito para aqui chegar. Por isso, basta compreender cada humano e, sobretudo, ter presente que cada pessoa tem o direito a ser feliz à sua maneira.

Por falar em compreensão, continuo sem entender o porquê das 465 corporações de bombeiros (dados Pordata) que existem em Portugal a maioria ser composta por bombeiros voluntários.

Chega a ser confrangedor explicar a um estrangeiro que escolheu Portugal para viver que no meu país os bombeiros são, regra geral, voluntários – homens e mulheres que arriscam a vida a troco de nada – ainda que sejam a primeira linha de proteção civil na maioria do território. Um território que, como sabemos, exige cada vez mais uma maior capacidade de intervenção, sem que o músculo esteja treinado para tal.

A promessa de trazer a legislação para a atualidade, de regulamentação da carreira de bombeiro profissional, remonta a 2007, quando José Sócrates era Primeiro-ministro. De então para cá passamos por um governo liderado pelo PSD e vários liderados pelo PS. Nada aconteceu. Será o governo PSD, liderado por Montenegro, capaz de abrir a gaveta “Bombeiros”?

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Chega a esta altura do ano e logo surgem os alertas contra a exposição excessiva aos raios ultravioleta (UV), por provocar queimaduras e o envelhecimento prematuro da pele, além de aumentar o risco de desenvolver cancro da pele. Mas eis que surge um novo estudo, de uma equipa do Hospital Nacional e Universitário de Seul, a demonstrar que as radiações ultravioleta aumentam o gasto de energia pelas mudanças que provocam no metabolismo da gordura. O efeito no apetite e na regulação do peso parece ter potencial para novas abordagens no tratamento da obesidade.

Não é a primeira vez que a comunidade científica associa a exposição UV a uma limitação significativa da obesidade induzida pela dieta em ratinhos de laboratório. Mas só agora foi dada uma explicação bioquímica para o fenómeno, numa publicação do Journal of Investigative Dermatology.

A equipa, liderada pelo dermatologista Jin Ho Chung, descobriu que ratinhos expostos consistentemente a radiação UV apresentaram um aumento nos níveis da norepinefrina (ou noradrenalina). Este neurotransmissor produzido pelo sistema nervoso autónomo tem funções ativadoras, sendo libertado em condições de exaltação e euforia, e inibe o sono e o apetite, situações tão típicas dos apaixonados. Enquanto hormona do stresse, tem também um papel na regulação do mecanismo de luta ou fuga (ativado automaticamente em situações altamente stressantes ou assustadoras), causando o aumento dos batimentos cardíacos, a libertação de glicose armazenada, o aumento de fluxo sanguíneo nos músculos e o aporte de oxigénio ao cérebro.

O efeito do sol no apetite e na regulação do peso parece ter potencial para novas abordagens no tratamento da obesidade

Ora, uma das funções da norepinefrina é mediar a atividade metabólica nas células de gordura, especificamente no tecido adiposo castanho que, ao contrário do tecido adiposo branco (responsável pelo armazenamento de energia sob a forma de gordura), tem como função produzir calor para nos manter aquecidos e, como tal, aumenta o gasto de energia.

Anteriormente, já tinha sido demonstrado que a norepinefrina estimulava o tecido adiposo branco a transformar-se em acastanhado – conhecido por “tecido adiposo bege” –, que também consegue queimar energia para produzir calor, tal como o castanho. Este processo de “escurecimento” parece ser a principal causa da supressão do ganho de peso nos ratinhos expostos aos raios UV.

Os cientistas também demonstraram que a exposição parece reduzir os níveis de uma hormona, a leptina – produzida no tecido adiposo branco, conhecida pela capacidade de suprimir o apetite. No entanto, apesar do maior consumo alimentar, os animais conseguem facilmente queimar as calorias extra para produzir calor, antes de se instalarem no tecido adiposo subcutâneo sob a forma de gordura.

“Este estudo elucida o mecanismo pelo qual a exposição UV pode aumentar o apetite ao mesmo passo que inibe o ganho de peso”, explicou Chung, numa declaração escrita. “Estas descobertas contribuem significativamente para a compreensão dos efeitos da radiação UV no metabolismo energético e na homeostase [processo pelo qual o organismo mantém constantes as condições internas necessárias para a vida] e abrem novos caminhos para explorar estratégias de prevenção e tratamento para a obesidade e os distúrbios metabólicos”, acrescentou.

Malefícios e benefícios do sol

Para a endocrinologista Mariana Monteiro, coordenadora científica da UMIB (unidade de investigação integrada no Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, no Porto), “é importante ter em consideração que estes resultados tiveram origem em estudos realizados em ratinhos, espécie na qual o tecido adiposo é mais dinâmico do que na espécie humana, especialmente na idade adulta. Por isso, “é necessária alguma cautela aquando da extrapolação para o ser humano”.

A responsável pelo grupo de investigação endócrina e metabólica salienta ainda que “o estudo foi realizado com luzes UV e não com exposição solar direta, cujo espetro de radiação é mais alargado e, como tal, poderá ter efeitos diferentes. De qualquer modo, não deixa de representar um avanço relevante no conhecimento deste domínio, abrindo a possibilidade de explorar vias adicionais para estimular o gasto de energia sob a forma de calor ‒ uma vez que até à data não foi ainda identificado nenhum tratamento que atue nesta via que seja simultaneamente seguro e eficaz.

Apesar de podermos estar perante uma pista inovadora para o desenvolvimento de estratégias de tratamento da obesidade, os malefícios da exposição solar não podem ser negligenciados. “Há uma necessidade de desenvolver miméticos de UV que possam imitar a regulação hormonal e a ativação dos mecanismos geradores de calor do tecido adiposo castanho desencadeados pela radiação, como aqueles que envolvem a norepinefrina e a leptina”, disse Dong Hun Lee, um dos coautores do estudo, à Newsweek. Para isso, há que continuar a investigar.

Já eram reconhecidos outros efeitos benéficos do sol para a saúde, tanto ao nível dos músculos e articulações, ao desempenhar uma função antirreumática, como pelos seus efeitos antidepressivos, ao influenciar a produção de hormonas que contribuem para o bem-estar geral dos seres humanos.

Sabia-se ainda que a radiação ultravioleta estimula a síntese da vitamina D3, que intervém no metabolismo do cálcio (com uma ação importante na manutenção da saúde do esqueleto e dos músculos), tendo um efeito preventivo no aparecimento de certas neoplasias, e pode também ser benéfica para quem sofre de algumas doenças da pele, como a psoríase, a dermatite seborreica ou a acne ligeira.

Por enquanto, o ideal é seguir as recomendações para uma exposição solar saudável, nomeadamente, evitar a exposição direta quando o astro-rei está mais forte (normalmente entre as 12h e as 16h) e usar protetor solar. Vá pela sombra!

Regras para a vitamina D

Foram identificados os grupos que beneficiam da toma de suplementos desta hormona

A Endocrine Society, entidade que representa a classe endocrinologista internacionalmente, lançou novas diretrizes a alertar para os riscos do uso indiscriminado de suplementos de vitamina D, vista nos últimos tempos como panaceia para todos os males, capaz até de prevenir doenças como cancros ou infeções. A principal fonte desta hormona é a exposição solar e a maioria das pessoas obtém níveis adequados apenas com alguns minutos de sol por dia e uma dieta rica.

Com grande parte da população a viver em ambientes fechados, esta substância natural produzida pelo organismo atingiu níveis deficitários em massa. E muitas pessoas viram nos suplementos uma solução fácil. Acontece que a reposição da vitamina D não tem indicação universal e pode acarretar alguns riscos (intoxicação, formação de pedras nos rins, convulsões, arritmias e insuficiência renal…) quando é feita sem orientação médica.

Um painel de especialistas estabeleceu quais os grupos que realmente beneficiam da administração da hormona: crianças e adolescentes (para evitar o raquitismo e minimizar o risco de infeções respiratórias), gestantes (a fim de precaver complicações maternas e fetais), idosos acima dos 75 anos e indivíduos com pré-diabetes em risco de evoluir para a doença em si.

O VOLT Live é um programa/podcast semanal sobre mobilidade elétrica feito em parceria com a Associação de Utilizadores de Veículos Elétricos (UVE).

Neste VOLT Live, episódio 81, Telmo Azevedo faz uma atualização do estado atual da rede de carregamento, com anúncios de novos hubs e postos ultrarrápidos. Discute-se, ainda, o ponto de situação da aplicação do AFIR, nomeadamente no que diz respeito à instalação de sistemas TPA (multibanco e cartão de crédito).

No Polo Positivo e Polo Negativo comenta-se o EcoRally de Proença-a-Nova e a desaceleração do crescimento das vendas de veículos elétricos na Europa.

O Produto em Destaque desta semana é o novo Dacia Spring.

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Entre bonecos de peluche, medalhas e pósteres a organização dos Jogos Olímpicos de Paris, não deixou nenhum detalhe nos prémios atribuídos aos melhores atletas do mundo, ao acaso. Produzidas por grandes casas de luxo e artistas de renome, as medalhas e pósteres presenteados aos melhores classificados dos Jogos de Paris foram cuidadosamente planeados de forma a celebrar o desporto, os atletas e, sobretudo, a cidade onde se realizam.

Nas redes sociais vários atletas, orgulhosos dos seus feitos, partilham vídeos onde mostram aos internautas as suas medalhas e outros prémios olímpicos. É o exemplo das canoístas britânica, Kimberley Woods, e australiana, Jessica Fox, que, através de vídeos publicados na rede social TikTok, mostram, ao detalhe, as suas medalhas. 

As medalhas

A atribuição de medalhas olímpicas é uma tradição que remonta aos Jogos de 1904, em St Louis, no estado do Missouri, nos Estados Unidos. Inicialmente concebidas para ficarem presas ao peito do atleta, o design das medalhas foi evoluindo com o passar das décadas e estas tornaram-se o símbolo olímpico mais desejado por todos os atletas. Segundo o site oficial dos Jogos Olímpicos, a organização procurou incorporar a identidade da cidade na produção das medalhas. Nesta edição, para os jogos de Paris, o design e produção das medalhas à marca de joalheria de luxo francesa Chaumet, que procurou representar a capital francesa de três formas distintas: pela forma hexagonal, o brilho e utilização de metal retirado da Torre Eiffel.

Do ouro ao bronze, as medalhas olímpicas deste ano contém – literalmente – um bocadinho de Paris na sua composição ao incluírem pedaços da Torre mais emblemática da cidade, extraídos do monumento durante uma série de obras no século XX. Segundo a organização, em cada medalha estão cerca de dez gramas de ferro da Torre Eiffel.

Já a forma em hexágono, no centro da medalha, pretende homenagear o apelido da França, “l’hexagone”, atribuído à forma hexagonal das linhas geográficas do país. Uma forma geométrica que se encontra cercada por várias linhas, desenhadas de fora a representar a entrada de luz em Paris, conhecida como “A cidade luz”. Também as fitas, que envolvem a medalha, possuem desenhos que remetem para a Torre mais famosa da cidade.

Tal como acontece em todas as edições dos Jogos, no verso da medalha, está representa o nascimento do Jogos na Antiga Grécia através da deusa grega da vitória, Nice, e o estádio de Atenas. O verso inclui ainda as palavras “Paris” e “2024”, em Braille, bem como uma imagem da Torre Eiffel, juntando, assim, representações dos Jogos da Antiguidade e dos Jogos de Paris.

Kimberley Woods mostrou ainda a caixa que recebeu com a medalha e na qual surge um certificado da Eiffel Tower Operating Co. que confirma que o ferro é, efetivamente, do monumento.

Póster

Para além das medalhas, cada campeão olímpico recebe uma caixa, “misteriosa” ao início, que começou por levantar dúvidas entre o público sobre o seu conteúdo. Dentro da caixa, atribuída a cada vencedor, há um póster oficial do evento, concebido pelo artista francês Ugo Gattoni, desenhado à mão. “Ugo apresentou esta versão dos cartazes icónicos de Paris 2024 e comprei-a imediatamente. Adoro a ideia de mostrar ao mundo a energia que brilha de Paris à noite; é completamente diferente da de Paris de dia. Esta variação dos pósteres icónicos é uma ode à celebração, à liberdade e à união”, explicou Joachim Roncin, diretor de design de Paris 2024.

Também no TikTok, a canoísta australiana Jessica Fox partilhou a imagem do póster, marcado com a cor da medalha olímpica da atleta e com o título “Athlete ‘s Edition”.

Os atletas podem ainda esperar levar para casa o Phryge, o mascote oficial da competição, de cor vermelha, com uma medalha cozida no centro e a palavra “bravo” é cosida nas costas.

Diploma

Para aqueles que não alcançam as primeiras três posições mas permanecem nos oito primeiros colocados de cada prova existem ainda outras distinções, os chamados diplomas olímpicos. Até o momento, a par da medalha de bronze e diploma de Sampaio, Portugal conta com mais quatro diplomas olímpicos pelos feitos de Nélson Oliveira (bicicleta contra-relógio), Maria Inês Barros (tiro), Vasco Vilaça e Ricardo Batista (triatlo).

A atribuição destes diplomas remonta a 1981, quando o Comité Olímpico Internacional – de sigla COI – decidiu alargar o reconhecimento aos oito primeiros de cada modalidade. Assinado pelo presidente do COI e pelo organizador de cada Olimpíada, os diplomas são também responsabilidade dos organização francesa. De acordo com o jornal americano New York Times, os certificados atribuídos entre o quarto e o oitavo lugar possuem um design mais simples do que os dos três primeiros medalhados, descritos como tendo tons de ouro, prata ou bronze, dependendo da cor da medalha.

Contudo, e também segundo o site oficial dos Jogos Olímpicos, a importância e relevância destes diplomas varia entre países. “Se no Brasil e em outros países essa prática ainda é pouco relevante, em outros, como Argentina, Espanha e Portugal, os diplomas são valorizados de forma muito próxima a uma medalha”, lê-se.

Também nas modalidades coletivas, os elementos das oito primeiras equipas recebem diplomas.

Prémios monetários

Embora as medalhas sejam um reconhecimento muito procurado, receber uma não implica qualquer prémio financeiro diretamente atribuído pelo Comité Olímpico Internacional. Contudo, vários países recompensam os seus atletas com bónus financeiros pelas medalhas. Nos Estados Unidos, por exemplo, cada vencedor de uma medalha de ouro pode esperar receber por volta dos 38 mil dólares – pouco mais de 35 mil euros – e em Singapura – um dos países com maiores prémios para os atletas – estima-se que o ouro possa valer até um milhão de dólares de Singapura pelo ouro. O país anfitrião, França, também aumentou os incentivos monetários para os vencedores, com os medalhistas de ouro a receber 80 mil euros, 15 mil euros mais do que o oferecido nas Olimpíadas de Tóquio.

Esta é também a primeira edição em que os atletas de atletismo irão receber prémios em dinheiro pelas medalhas de ouro da organização de atletismo. A World Athletics revelou em abril deste ano que os vencedores do ouro em provas de atletismo em Paris 2024 têm direito a prémio monetário, tornando-se no primeiro organismo internacional a fazê-lo.

Embora o prémio em dinheiro seja apenas para os medalhistas de ouro, a World Athletics já admitiu a possibilidade de alargamento da iniciativa aos medalhistas de prata e bronze na próxima edição dos jogos, marcadas para Los Angeles, em 2028.

A Digi Portugal comprou a operadora portuguesa Nowo por 150 milhões de euros. A Autoridade da Concorrência tinha chumbado, há algumas semanas, a venda do capital da Nowo à Vodafone Portugal.

“A empresa informa o mercado de que, a 1 de agosto de 2024, a Digi Portugal assinou um acordo de compra de ações com a Lorca JVco Limited para a compra de 100% das ações emitidas pela Cabonitel, a uma avaliação de 150 milhões de euros, sujeita aos ajustes típicos e certos eventos contingentes. O perímetro da transação inclui a Nowo Communications, o quarto maior operador de telecomunicações móveis e fixas de Portugal”, explicou a Digi em comunicado.

A operadora romena está obrigada a lançar os próprios serviços no mercado até novembro, e deverá disponibilizar um serviço completo, incluindo internet fixa, oferta móvel 5G e televisão, de modo a concorrer com a Meo, Nos e Vodafone. Contudo, as operadoras poderão ainda ter uma palavra a dizer em sede regulatória, segundo avança o jornal Eco.

Em comunicado, a Digi informa ainda que a Nowo “tem cerca de 270 mil clientes móveis e cerca de 130 mil clientes fixos de telecomunicações”.

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