O VOLT Live é um programa/podcast semanal sobre mobilidade elétrica feito em parceria com a Associação de Utilizadores de Veículos Elétricos (UVE).

Neste VOLT Live, episódio 81, Telmo Azevedo faz uma atualização do estado atual da rede de carregamento, com anúncios de novos hubs e postos ultrarrápidos. Discute-se, ainda, o ponto de situação da aplicação do AFIR, nomeadamente no que diz respeito à instalação de sistemas TPA (multibanco e cartão de crédito).

No Polo Positivo e Polo Negativo comenta-se o EcoRally de Proença-a-Nova e a desaceleração do crescimento das vendas de veículos elétricos na Europa.

O Produto em Destaque desta semana é o novo Dacia Spring.

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Entre bonecos de peluche, medalhas e pósteres a organização dos Jogos Olímpicos de Paris, não deixou nenhum detalhe nos prémios atribuídos aos melhores atletas do mundo, ao acaso. Produzidas por grandes casas de luxo e artistas de renome, as medalhas e pósteres presenteados aos melhores classificados dos Jogos de Paris foram cuidadosamente planeados de forma a celebrar o desporto, os atletas e, sobretudo, a cidade onde se realizam.

Nas redes sociais vários atletas, orgulhosos dos seus feitos, partilham vídeos onde mostram aos internautas as suas medalhas e outros prémios olímpicos. É o exemplo das canoístas britânica, Kimberley Woods, e australiana, Jessica Fox, que, através de vídeos publicados na rede social TikTok, mostram, ao detalhe, as suas medalhas. 

As medalhas

A atribuição de medalhas olímpicas é uma tradição que remonta aos Jogos de 1904, em St Louis, no estado do Missouri, nos Estados Unidos. Inicialmente concebidas para ficarem presas ao peito do atleta, o design das medalhas foi evoluindo com o passar das décadas e estas tornaram-se o símbolo olímpico mais desejado por todos os atletas. Segundo o site oficial dos Jogos Olímpicos, a organização procurou incorporar a identidade da cidade na produção das medalhas. Nesta edição, para os jogos de Paris, o design e produção das medalhas à marca de joalheria de luxo francesa Chaumet, que procurou representar a capital francesa de três formas distintas: pela forma hexagonal, o brilho e utilização de metal retirado da Torre Eiffel.

Do ouro ao bronze, as medalhas olímpicas deste ano contém – literalmente – um bocadinho de Paris na sua composição ao incluírem pedaços da Torre mais emblemática da cidade, extraídos do monumento durante uma série de obras no século XX. Segundo a organização, em cada medalha estão cerca de dez gramas de ferro da Torre Eiffel.

Já a forma em hexágono, no centro da medalha, pretende homenagear o apelido da França, “l’hexagone”, atribuído à forma hexagonal das linhas geográficas do país. Uma forma geométrica que se encontra cercada por várias linhas, desenhadas de fora a representar a entrada de luz em Paris, conhecida como “A cidade luz”. Também as fitas, que envolvem a medalha, possuem desenhos que remetem para a Torre mais famosa da cidade.

Tal como acontece em todas as edições dos Jogos, no verso da medalha, está representa o nascimento do Jogos na Antiga Grécia através da deusa grega da vitória, Nice, e o estádio de Atenas. O verso inclui ainda as palavras “Paris” e “2024”, em Braille, bem como uma imagem da Torre Eiffel, juntando, assim, representações dos Jogos da Antiguidade e dos Jogos de Paris.

Kimberley Woods mostrou ainda a caixa que recebeu com a medalha e na qual surge um certificado da Eiffel Tower Operating Co. que confirma que o ferro é, efetivamente, do monumento.

Póster

Para além das medalhas, cada campeão olímpico recebe uma caixa, “misteriosa” ao início, que começou por levantar dúvidas entre o público sobre o seu conteúdo. Dentro da caixa, atribuída a cada vencedor, há um póster oficial do evento, concebido pelo artista francês Ugo Gattoni, desenhado à mão. “Ugo apresentou esta versão dos cartazes icónicos de Paris 2024 e comprei-a imediatamente. Adoro a ideia de mostrar ao mundo a energia que brilha de Paris à noite; é completamente diferente da de Paris de dia. Esta variação dos pósteres icónicos é uma ode à celebração, à liberdade e à união”, explicou Joachim Roncin, diretor de design de Paris 2024.

Também no TikTok, a canoísta australiana Jessica Fox partilhou a imagem do póster, marcado com a cor da medalha olímpica da atleta e com o título “Athlete ‘s Edition”.

Os atletas podem ainda esperar levar para casa o Phryge, o mascote oficial da competição, de cor vermelha, com uma medalha cozida no centro e a palavra “bravo” é cosida nas costas.

Diploma

Para aqueles que não alcançam as primeiras três posições mas permanecem nos oito primeiros colocados de cada prova existem ainda outras distinções, os chamados diplomas olímpicos. Até o momento, a par da medalha de bronze e diploma de Sampaio, Portugal conta com mais quatro diplomas olímpicos pelos feitos de Nélson Oliveira (bicicleta contra-relógio), Maria Inês Barros (tiro), Vasco Vilaça e Ricardo Batista (triatlo).

A atribuição destes diplomas remonta a 1981, quando o Comité Olímpico Internacional – de sigla COI – decidiu alargar o reconhecimento aos oito primeiros de cada modalidade. Assinado pelo presidente do COI e pelo organizador de cada Olimpíada, os diplomas são também responsabilidade dos organização francesa. De acordo com o jornal americano New York Times, os certificados atribuídos entre o quarto e o oitavo lugar possuem um design mais simples do que os dos três primeiros medalhados, descritos como tendo tons de ouro, prata ou bronze, dependendo da cor da medalha.

Contudo, e também segundo o site oficial dos Jogos Olímpicos, a importância e relevância destes diplomas varia entre países. “Se no Brasil e em outros países essa prática ainda é pouco relevante, em outros, como Argentina, Espanha e Portugal, os diplomas são valorizados de forma muito próxima a uma medalha”, lê-se.

Também nas modalidades coletivas, os elementos das oito primeiras equipas recebem diplomas.

Prémios monetários

Embora as medalhas sejam um reconhecimento muito procurado, receber uma não implica qualquer prémio financeiro diretamente atribuído pelo Comité Olímpico Internacional. Contudo, vários países recompensam os seus atletas com bónus financeiros pelas medalhas. Nos Estados Unidos, por exemplo, cada vencedor de uma medalha de ouro pode esperar receber por volta dos 38 mil dólares – pouco mais de 35 mil euros – e em Singapura – um dos países com maiores prémios para os atletas – estima-se que o ouro possa valer até um milhão de dólares de Singapura pelo ouro. O país anfitrião, França, também aumentou os incentivos monetários para os vencedores, com os medalhistas de ouro a receber 80 mil euros, 15 mil euros mais do que o oferecido nas Olimpíadas de Tóquio.

Esta é também a primeira edição em que os atletas de atletismo irão receber prémios em dinheiro pelas medalhas de ouro da organização de atletismo. A World Athletics revelou em abril deste ano que os vencedores do ouro em provas de atletismo em Paris 2024 têm direito a prémio monetário, tornando-se no primeiro organismo internacional a fazê-lo.

Embora o prémio em dinheiro seja apenas para os medalhistas de ouro, a World Athletics já admitiu a possibilidade de alargamento da iniciativa aos medalhistas de prata e bronze na próxima edição dos jogos, marcadas para Los Angeles, em 2028.

A Digi Portugal comprou a operadora portuguesa Nowo por 150 milhões de euros. A Autoridade da Concorrência tinha chumbado, há algumas semanas, a venda do capital da Nowo à Vodafone Portugal.

“A empresa informa o mercado de que, a 1 de agosto de 2024, a Digi Portugal assinou um acordo de compra de ações com a Lorca JVco Limited para a compra de 100% das ações emitidas pela Cabonitel, a uma avaliação de 150 milhões de euros, sujeita aos ajustes típicos e certos eventos contingentes. O perímetro da transação inclui a Nowo Communications, o quarto maior operador de telecomunicações móveis e fixas de Portugal”, explicou a Digi em comunicado.

A operadora romena está obrigada a lançar os próprios serviços no mercado até novembro, e deverá disponibilizar um serviço completo, incluindo internet fixa, oferta móvel 5G e televisão, de modo a concorrer com a Meo, Nos e Vodafone. Contudo, as operadoras poderão ainda ter uma palavra a dizer em sede regulatória, segundo avança o jornal Eco.

Em comunicado, a Digi informa ainda que a Nowo “tem cerca de 270 mil clientes móveis e cerca de 130 mil clientes fixos de telecomunicações”.

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A E-goi, plataforma especializada em automação de marketing omnicanal e inteligência artificial (IA), participou no Fórum E-commerce Brasil. Reconhecido por ser o principal evento do setor na América Latina e maior do mundo, decorreu de 30 de julho a 1 de agosto, em São Paulo, no Brasil e reuniu mais de 25 mil pessoas

Pela primeira vez no evento com um stand próprio, a empresa portuguesa expandiu o conhecimento do público a respeito dos temas de inteligência artificial e automação de marketing, além de destacar a importância dessas tecnologias para o sucesso de negócios online.

O ecossistema E-goi engloba diferentes serviços que auxiliam negócios no desenho e execução de estratégias ágeis e eficientes por meio de uma comunicação integrada e automatizada, com destaque às soluções de Tracking 360°, Customer Data Platform, Loyalty, Hipersegmentação e projetos sob medida.

Para Marcelo Caruana, Head de Marketing da E-goi, participar em eventos presenciais é sempre enriquecedor, permitindo uma atualização “sobre as tendências e necessidades do mercado” e uma “troca única” entre parceros e clientes. Além disso, ajudam a criar consciência das “vantagens que as soluções de automação e inteligência artificial podem representar para os e-commerces“, afirma Caruana em comunicado. 

As fabricantes japonesas de automóveis Honda e Nissan vão ter agora mais um aliado de peso no desenvolvimento de veículos elétricos – trata-se da Mitsubishi Motors. O objetivo é criar uma estrutura que permita às marcas rivalizar, principalmente, com a Tesla e a BYD, líderes do setor. Esta parceria tem o objetivo de partilhar componentes para veículos elétricos, como baterias, e ainda desenvolvimento de software para condução autónoma. A iniciativa surge num momento em que as vendas estão em queda, principalmente no mercado chinês.

Foram cerca de 100 dias de negociações, entre os líderes das empresas japonesas para chegarem a acordo e definirem os objetivos para o futuro, existindo preocupação e urgência em progredir neste segmento. “Empresas que não se adaptam às mudanças não podem sobreviver”, afirmou o diretor executivo (CEO) da Honda, Toshihiro Mibe. Destacou ainda que a colaboração é essencial para conseguirem acompanhar o ritmo do mercado atual.

A aliança surge num contexto de perda de participação de mercado dos fabricantes japoneses na China, devido à crescente popularidade dos veículos elétricos de empresas como a BYD. Em junho, as vendas da Honda e da Nissan caíram significativamente na China, entre 40% e 27%, respetivamente, após o fecho de diversas fábricas locais, de acordo com o site Interesting Engineering.

O CEO da Honda foi ainda questionado sobre a partilha de capital, e não descartou essa possibilidade afirmando que é um tema para o futuro. A parceria é vista como uma forma de partilhar custos e enfrentar a concorrência, também, da Toyota, que possui colaborações com a Subaru, Suzuki Motor e Mazda.

A Honda, Nissan e a Mitsubishi venderam nos primeiros seis meses do ano cerca de quatro milhões de veículos, enquanto que a Toyota, sozinha, registou 5,2 milhões de vendas.

A colaboração entre Honda e Nissan visa capitalizar as forças das marcas, incluindo a implementação de várias opções de motorização, para ajudar a mitigar os custos significativos de adaptação à automação. Makoto Uchida, CEO da Nissan, destacou que “apesar das diferentes culturas corporativas, as empresas partilham os mesmos desafios”, falando ainda sobre a importância da velocidade na inovação “para acompanhar concorrentes como a BYD”.

A parceria promete complementar as linhas de modelos de cada empresa em vários mercados globais, incluindo veículos com motores a combustão e elétricos. Os detalhes ainda estão a ser revistos, mas as marcas esperam que esta união seja positiva para todas as partes.

A personalidade é uma das principais influências na forma como nos relacionamos com as outras pessoas no contexto de trabalho. O bom ajustamento da pessoa à equipa pode contribuir fortemente para uma saúde mental equilibrada de todos os seus elementos. Desta forma, num processo de recrutamento e seleção, é importante que os recrutadores prestem atenção a certas características da personalidade do candidato, não se baseando apenas numa primeira impressão sobre o mesmo.

A avaliação da personalidade nestes contextos pode ser realizada de várias formas, como entrevistas, dinâmicas de grupo e testes psicológicos. Um desses testes é o TOP, criado por Dominik Scharwarzinger e Heinz Schuler (2019; Hogrefe), que avalia a chamada “tríade negra da personalidade”: Narcisismo, Maquiavelismo e Psicopatia subclínica. O Narcisismo é caracterizado por uma crença de superioridade, necessidade de dominar e de ser admirado, e de exploração de outras pessoas para benefício próprio. O Maquiavelismo é caracterizado pela manipulação como meio para um fim, e pela frieza interpessoal. E a Psicopatia é caracterizada por uma insensibilidade emocional, impulsividade, comportamentos antissociais, procura de excitação ou entusiasmo, e ausência de culpa e empatia. Estes traços têm recebido muita atenção científica, assim como por parte de Recursos Humanos das empresas. O TOP avalia estes traços adaptando-os ao contexto laboral, assumindo, respetivamente, as designações de Abordagem egocêntrica ao trabalho, Atitude de trabalho focada na execução, e Estilo de trabalho descomprometido/impulsivo. A sua avaliação permite um melhor conhecimento dos candidatos no sentido de promover ambientes de trabalho não tóxicos e proporcionadores de bom clima organizacional, sobretudo quando estes candidatos poderão vir a exercer funções com responsabilidades de chefia.

O recurso a instrumentos que estão adaptados à população em que são aplicados ajuda a complementar outras técnicas de diagnóstico, permitindo identificar quem tende a assumir comportamentos mais afastados da norma e menos ajustados ao funcionamento normal de uma equipa de trabalho

No estudo de adaptação do TOP à população portuguesa, realizado pelo Centro de Avaliação Psicológica do ISPA – Instituto Universitário, verificámos que indivíduos que exercem funções de chefia tendem a reportar uma abordagem mais egocêntrica ao trabalho, assumindo de forma interessada um papel mais autocrático na chefia na equipa, assim como maior perceção de competência no seu exercício. Isto mostra que existe uma ligação entre a autoridade formalmente recebida para liderar e a crença de que se é competente para a exercer.

Relativamente aos outros dois traços, apesar de não termos encontrado diferenças substantivas, verificou-se uma tendência para quem não tem responsabilidades de chefia assumir uma atitude de trabalho mais focada na execução, traduzindo-se numa maior insensibilidade aos outros, atuando com menos atenção para os outros, e focando-se nos seus objetivos sem olhar aos meios. Da mesma forma, tendem a adotar um estilo de trabalho mais descomprometido e mais impulsivo.

O conhecimento e avaliação da tríade negra da personalidade no trabalho pode ajudar a prever o quão tóxica poderá ser a relação futura com os restantes colegas de equipa.

O papel dos especialistas de recrutamento passa assim por identificar candidatos que tendem a adotar estas abordagens ao trabalho de uma forma extremada, e consequentemente desviante. O recurso a instrumentos que estão adaptados à população em que são aplicados ajuda a complementar outras técnicas de diagnóstico, permitindo identificar quem tende a assumir comportamentos mais afastados da norma e menos ajustados ao funcionamento normal de uma equipa de trabalho num contexto de trabalho específico.

Os textos nesta secção refletem a opinião pessoal dos autores. Não representam a VISÃO nem espelham o seu posicionamento editorial.

A Boeing, gigante da aviação e do setor aeroespacial, registou mais uma perda significativa, na ordem dos 125 milhões de dólares (cerca de 115 milhões de euros ao câmbio atual), devido ao atraso da cápsula espacial Starliner em regressar à Terra. A empresa divulgou os valores num documento enviado à Comissão de Valores Mobiliários dos EUA, juntamente com mais detalhes sobre os lucros obtidos no segundo trimestre deste ano. Em 2023, a empresa já tinha registado perdas de 288 milhões de dólares devido ao adiamento desta missão, denominada Crew Flight Test, conforme relata o site SpaceNews.

A empresa tem investigado nas últimas semanas a razão que causou a degradação dos propulsores de manobra da Starliner enquanto se aproximava da ISS. Além disso, a fuga de hélio, que já tinha provocado vários atrasos no lançamento da cápsula, pode agora ter-se agravado. Desde junho, a empresa tem submetido a cápsula a uma série de testes. No passado sábado, dia 27 de julho, foi concluído um teste do sistema de controlo de reação da Starliner, garantindo que os níveis de fuga de hélio da nave permanecem dentro da margem aceitável. Os testes foram realizados com os astronautas Sunita Williams e Bary Wilmore a bordo.

A NASA afirmou que os resultados dos testes ainda estão a ser analisados. Contudo, assim que a Boeing e a agência assegurarem que a Starliner está pronta, será marcada uma data para o voo de regresso da Starliner e dos dois tripulantes.

A Starliner, desenvolvida para transportar astronautas de e para a Estação Espacial Internacional (ISS, sigla em inglês), ainda não tem uma data prevista para regressar. Este contratempo surge na sequência de vários atrasos e problemas técnicos que têm afetado o progresso do projeto desde o início. A missão estava originalmente planeada para contribuir significativamente para o programa espacial da NASA, tornando-se uma alternativa ao Crew Dragon da empresa SpaceX.

Os problemas técnicos que a Starliner enfrentou incluem falhas nos sistemas de software e desafios relacionados com o design. Estes obstáculos têm atrasado repetidamente os testes e lançamentos programados, envolvendo tanto a Boeing como a NASA. A parceria, descrita como um “avanço significativo para o transporte espacial comercial”, tem sofrido críticas crescentes devido aos atrasos e ao aumento dos custos.

Para a Boeing, este revés representa não apenas um desafio financeiro, mas também uma questão de reputação. A empresa tem estado sob pressão para demonstrar a capacidade de desenvolver e operar sistemas espaciais seguros e eficazes.

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