O nadador português Diogo Cancela conquistou este domingo, dia 1 de setembro, a segunda medalha paralímpica para Portugal nos Jogos de Paris. Cancela, de 22 anos, terminou a prova dos 200 metros estilos SM8 em terceiro lugar, conquistando a medalha de bronze. No pódio ficaram ainda os paratletas chineses Haijiao Xu – medalha de ouro – Guanglong Yang – medalha de prata.

O paratleta português, que é vice-campeão do mundo da disciplina, completou a final da prova em 2:23.64 minutos – um novo recorde nacional.

Esta é a segunda medalha para Portugal nesta edição dos Jogos Paralímpicos depois de Miguel Monteiro ter conquistado a medalha de ouro na modalidade de lançamento do peso F40 esta manhã. Portugal conta ainda com dois diplomas paralímpicos, pelas paratletas Beatriz Monteiro (badminton) e André Ramos (boccia).

Os Jogos Paralímpicos, que decorrem na cidade de Paris, decorrem até ao próximo dia 8 de setembro.

Esta semana queria dedicar este espaço ao sismo da madrugada de segunda-feira e que nos recordou que o país se situa entre placas, que o próximo grande terramoto pode acontecer a qualquer momento.

Sobre este abalo já muito foi dito e escrito, mas ao fazer um resumo sobre os pontos há um que se destaca e que iria comentar aqui: o comum cidadão não sabe o que fazer antes, durante e após um sismo e não se vislumbra qualquer ação do tipo treino civil.

Mas, o assalto desta manhã levou-me a pesquisar sobre os números dos furtos em Portugal e a alterar o tema. E porquê? Percebi que os números revelam que os furtos abrandaram!!!

A realidade demonstra que os larápios não estão a ir a banhos e continuam a “limpar”, por arrombamento, escalamento ou chaves falsas, habitações e que até não se importam de visitar à socapa e na calada da noite a Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna, em Lisboa. E, enquanto nas casas de populares apenas levam ouro ou outro tipo de metal, dinheiro incluído, na Secretaria-Geral do MAI os gatunos avançam para computadores portáteis.

Poderiam ser oito computadores portáteis e ponto, mas não! O produto do furto inclui computadores portáteis de chefias desta Secretaria, como por exemplo o computador da secretária-geral adjunta e o do responsável pela área informática. Curiosamente bens que, e sublinho, deixam para trás nas casas privadas – e aqui falo com conhecimento de causa.

Não estou a insinuar absolutamente nada. Mas, que existem, tal como aquando do assalto aos Paióis de Tancos, contornos estranhos existem! E são tão mais estranhos quando se trata da Secretaria do Ministério que tutela as polícias e as secretas.

Além disso, o facto de não ter havido uma reavaliação da segurança do edifício da Secretaria-Geral após colocação de andaimes no edifício vizinho, das câmaras de vigilância estarem inoperacionais deixa-me com muitas interrogações e a pensar sobre qual será o próximo alvo.

Uma das residências oficiais? Novamente um Gabinete governamental? Afinal, os larápios comuns gostam de euros e com sorte ainda encontram envelopes esquecidos em estantes!

Duas coisas são certas:

1.      Nem PS, nem PSD podem apontar o dedo quando o tema é furto em edifício público. Afinal, em 2017 o Exército viu os Paióis de Tancos violados; em 2024 a Administração Interna foi visitada pelo alheio.

2.      À hora a que escrevo este texto ainda não houve pedido de demissões ou de Comissão de Inquérito. Algo estranho num país que parece andar a reboque das comissões de inquérito.

Estará a escapar-me algo?

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O carro onde seguiam dois repórteres da RTP ficou de baixo de fogo das tropas israelitas na Cisjordânia. Os jornalistas saíram ilesos, mas o episódio demonstra a forma como os media têm sido um alvo no conflito entre Israel e Gaza. O Ministério dos Negócios Estrangeiros entrou em contacto com a representação de Portugal em Ramallah para garantir que os repórteres estavam bem, mas não fez qualquer comunicado a condenar o incidente.

Segundo o Committee to Protect Journalists, desde o início da ofensiva a Gaza desencadeado pelo ataque terrorista do Hamas a 7 de outubro de 2023, pelo menos 116 jornalistas e trabalhadores de media foram mortos. O que faz deste o conflito mais mortífero para profissionais da imprensa desde 1992, de acordo com a mesma organização. O número é ainda mais alto segundo a Repórteres Sem Fronteiras, que conta mais de 130 profissionais da comunicação social mortos em Gaza pelo exército israelita desde outubro.

É neste contexto que surge o incidente que envolveu a equipa da RTP, no momento em que tentava entrar em Jenin, na Cisjordânia, e que, ao que a VISÃO apurou junto da direção do canal público, seguiria num carro alugado, mas devidamente identificado como sendo da imprensa.

RTP queria fazer reportagem sobre ataque a refugiados

Paulo Jerónimo e João Oliveira, que escaparam por pouco aos tiros dirigidos contra o veículo em que seguiam e que tiveram de voltar para trás sem fazer a reportagem, iam fazer a cobertura do ataque que está  ser levado a cabo por Israel contra refugiados palestinianos em Jenin.

“Israel está a destruir este campo de refugiados no norte da Cisjordânia e os militares disparam indiscriminadamente contra quem se aproxima”, descreve a RTP.

“Eles disparam para tudo o que mexe, para tudo o que se tenta aproximar. Não dão sequer oportunidade de diálogo ou de estabelecer um contacto”, descreveria depois o enviado da RTP Paulo Jerónimo em direto, explicando que “são disparos diretos, não são sequer de intimidação”.

Paulo Jerónimo contou, aliás, que pouco depois do incidente com a equipa da RTP houve outro grupo de jornalistas a ficar debaixo de fogo no mesmo local quando tentavam cobrir os ataques na Cisjordânia para onde o conflito está a alastrar.

Paulo Rangel em silêncio

O ataque, que impediu a cobertura que a RTP queria fazer, não foi, contudo, condenado pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE). Fonte do gabinete de Paulo Rangel disse à VISÃO não estar prevista qualquer reação ao incidente.

A mesma fonte assegurou, porém, que a preocupação do MNE foi confirmar que os dois repórteres estavam bem, estando em “contactos com a representação portuguesa em Ramallah” para acompanhar a situação.

Em maio, Paulo Rangel recusou, em entrevista ao El País que esteja a ocorrer um genocídio em Israel, poucos dias antes de o Tribunal Penal Internacional (TPI) emitir mandados de captura contra líderes israelitas por crimes de guerra e contra a humanidade cometidos em Israel e Gaza. “Seria muito injusto dizer que Israel pretende eliminar o povo palestiniano”, disse na altura Rangel ao diário espanhol.

Esta semana, o ministro admitiu a possibilidade de Portugal aplicar sanções a Israel, reconhecendo ter havido uma deterioração da situação [no Médio Oriente], mas apenas “se houver consenso europeu”.

O Governo português tem adiado uma resolução sobre o reconhecimento do Estado da Palestina, alegando ser preciso um consenso mais alargado para esse passo.

No entanto, a Palestina já é reconhecida enquanto Estado por 143 dos 193 países que fazem parte da Organização das Nações Unidas, incluindo por países como Espanha, Irlanda e Noruega.

Quando no próximo dia 21 de setembro soar a buzina de partida pelas dez da manhã, junto à Doca de Belém, em Lisboa, esperam-se bons ventos e marés de feição para ajudar as embarcações a zarpar Tejo afora, sem percalços. Há muito que os amantes da vela ansiavam pelo regresso da Regata Plastimo que, em 2003, na sua última edição, ganhou o título de maior regata realizada em Portugal. “Tivemos 152 barcos inscritos, foi uma loucura”, conta-nos Andrea Rodrigues, uma das responsáveis pela organização desta iniciativa da Plastimo Portugal, marca francesa especializada em equipamentos e acessórios náuticos que José Augusto Oliveira e Salete Novaes, fundadores do Grupo Siroco, trouxeram para Portugal em 1994.

Foram muitos os que há duas décadas assistiram entusiasmados à passagem das embarcações no leito do Tejo, numa espécie de baile de veleiros, tantas eram as velas, até ao destino final, na Marina de Cascais. Com as inscrições para a edição deste ano ainda abertas (só terminam na véspera, a 20 de setembro), o número de participantes encontra-se longe de estar fechado. “A ideia é bater o recorde anterior, nem que seja só por um, veremos se é possível. Há 20 anos, havia menos atividades e competições. Hoje, os barcos, tripulações e proprietários dispersam-se mais. Mas é importante dizer que, acima de tudo, mais do que uma competição, será um convívio entre amantes de navegação à vela e uma forma de dar visibilidade à modalidade, enquanto desporto e atividade recreativa”, afirma Andrea.

Amor ao mar A Regata Plastimo é aberta à participação de velejadores profissionais e amadores

Aliás, este regresso traz novidades a esse respeito e não só, mas já lá vamos. Antes, é preciso explicar que a Regata Plastimo começou no ano 2000, como forma de divulgar a marca em território nacional e pôr as pessoas no mar. “Somos um país de navegadores. Descobrimos meio mundo, a vela faz parte da nossa tradição. Mas não temos quase barcos a navegar, estão parados nas marinas”, justifica Andrea.

A regata realizou-se mais três vezes, até 2003, com o número de participantes sempre a aumentar, até chegar aos 152, que valeu um recorde, mas ao mesmo tempo fez a organização suspender a sua realização. “O percurso era feito entre Belém e Cascais e os veleiros estacionavam na Marina de Cascais. Chegou a um ponto que era impossível albergar todos os participantes e começaram a ficar ao largo. Ao mesmo tempo, percebemos que, dada a dimensão do evento, não era possível continuar a realizá-lo no mesmo formato.” O interregno de 20 anos acaba agora, com uma edição que marca os 30 anos da Plastimo em Portugal, centrada no tema da sustentabilidade.

Uma regata para todos

Imagine embarcações típicas do Tejo, daquelas coloridas construídas em madeira, velozes catamarãs, assim como veleiros clássicos e outros mais modernos, todos juntos a velejar no rio. É isso que vai acontecer. À quinta edição e pela primeira vez, a Regata Plastimo abre portas à participação de mais categorias de embarcações à vela. Além das classes ANC, barcos com rating nas divisões A, B, D e E (classificações dadas de acordo com o tamanho da embarcação e outras características), podem inscrever-se barcos sem rating (fora de competições). Isto é, que sejam utilizados apenas para lazer e não estejam inscritos em nenhum clube, alargando a iniciativa a todos aqueles que têm a vela apenas como um hobby e usufruem dos seus barcos nos tempos livres.

A participação dos Lagoon e dos Excess, catamarãs de duplo casco, também é uma novidade. “Todos os outros barcos que competem são monocascos, os chamados veleiros tradicionais”, explica Andrea. A estes juntam-se ainda as embarcações típicas do Tejo, num trajeto que será diferente. Enquanto todos os outros barcos vão até ao Dafundo e ao Cais do Sodré, num circuito triangular, com partida e chegada na Doca de Belém, estes fazem um percurso linear, até Oeiras, o ponto de chegada.

“A ANCORAS – Associação Náutica Clássicos de Oeiras tinha marcada para este dia a regata Marquês de Pombal e convidámo-los a integrar a Regata Plastimo. Vai ser ainda mais engraçado para quem vier assistir.” Do Cais do Sodré a Oeiras, ao longo das zonas ribeirinhas vai ser possível acompanhar a prova em vários pontos estratégicos.

A partida, feita a contar de uma linha imaginária na água, é sempre um ponto alto das regatas, assim como as passagens pelas boias, onde se impõe a mudança de direção. A três semanas da prova, já estão com quase metade do número de embarcações da regata recorde de 2003, mas ainda há muita margem para inscrições. Atenção velejadores, há um recorde a bater, quantos mais forem, mais bonita será a festa.

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O paratleta de Viseu, Miguel Monteiro, conquistou, este domingo, dia 1 de setembro, a primeira medalha de ouro para Portugal na modalidade de lançamento do peso F40 nos Jogos Paralímpicos. Monteiro, de 23 anos, estabeleceu um novo recorde paralímpico – que pertencia ao russo Denis Gnezdilov – ao alcançar a marca dos 11.21 metros.

Já a medalha de prata foi para o atleta mongol Battulga Tsegmid – com uma marca nos 11,09 – e a de bronze para o iraquiano Garrah Tnaiash – com 11,03 metros.

Segundo a agência Lusa, esta é a 95.ª medalha para Portugal – a 26.ª de ouro – em 11 Jogos Paralímpicos. Miguel Monteiro já tinha conquistado uma medalha paralímpica de bronze nos Jogos Paralímpicos Tóquio, em 2020.

Nesta edição dos Jogos Paralímpicos, que decorre em Paris até ao próximo dia 8 de setembro, Portugal soma já dois diplomas, pelas paratletas Beatriz Monteiro (badminton) e André Ramos (boccia).