O VOLT Live é um programa/podcast semanal sobre mobilidade elétrica feito em parceria com a Associação de Utilizadores de Veículos Elétricos (UVE).

Neste VOLT LIve, número 99, conversamos com Paulo Almeida, promotor do Campeonato de Portugal de Novas Energias – PRIO, que começa este fim de semana com o Oeiras EcoRally Portugal. Uma prova de regularidade que começa em Monfortinho, junto à fronteira com Espanha, e termina em Oeiras, com a Street Stage na Marginal de Oeiras no domingo.

Esta prova também conta para o campeonato internacional da modalidade, o Bridgestone FIA Eco Rally Cup.

Fique a conhecer os pormenores deste campeonato exclusivo para automóveis 100% elétricos de série, onde a Exame Informática também voltará a participar, na equipa PRIO- Exame Informática – Peugeot. E saiba como também pode participar.

Versão Podcast

Pode adicionar este e outros podcasts da Exame Informática à sua aplicação preferida de podcasts:

No Spotify

No Apple Podcasts

A herança genética é um tema vasto e fascinante, que vai muito além da simples transmissão de características físicas ou predisposição para certas doenças. Na verdade, os nossos genes desempenham um papel fundamental na formação da nossa personalidade e comportamento psicológico, criando um vínculo invisível entre gerações. Embora o meio ambiente e as experiências individuais sejam determinantes no desenvolvimento de cada pessoa, é inegável que herdamos dos nossos pais e avós não apenas traços biológicos, mas também certas tendências emocionais e comportamentais.

A herança genética vai muito além da cor dos olhos, da estatura ou da predisposição para doenças. Aquilo que herdamos dos nossos pais e avós estende-se ao nosso comportamento, à forma como lidamos com emoções e até à maneira como reagimos ao mundo. Não é apenas uma questão biológica, mas também psicológica e emocional.

Na mini-série Adolescência, um exemplo claro desta transmissão geracional é a relação entre Eddie e o seu filho Jamie (Miller). A raiva e a impulsividade que caracterizam ambos não surgem do nada; são padrões que parecem repetir-se, como se estivessem impressos não só nos seus genes, mas também na dinâmica familiar. Eddie, muitas vezes incapaz de controlar a sua própria frustração, vê-se refletido no filho, que reage ao mundo com a mesma intensidade emocional. Mas até que ponto estas características são herdadas? Será apenas genética, ou também um ciclo de comportamento aprendido?

Neste artigo, vamos explorar como a genética influencia tanto a saúde física como os aspetos mais subjetivos da personalidade. Além disso, refletiremos sobre a complexa relação entre natureza e criação, considerando até que ponto certas características, como impulsividade, resiliência ou até traços de ansiedade e depressão, podem ser transmitidas de geração em geração.

A herança genética: muito além da Biologia

Tradicionalmente, a genética é vista como a responsável pela transmissão de características físicas, como a cor dos olhos, a altura ou a textura do cabelo. No entanto, estudos científicos demonstram que a influência genética vai muito além do aspeto físico, alcançando a propensão para doenças e até padrões de comportamento.

Do ponto de vista da saúde, sabemos que condições como diabetes, hipertensão, certos tipos de cancro e doenças neurodegenerativas (como Alzheimer ou Parkinson) têm uma forte componente hereditária. Se um ou ambos os progenitores sofrem de uma destas doenças, a probabilidade de os descendentes também as desenvolverem aumenta significativamente.

Mas e quando falamos de características psicológicas? Será que a impulsividade, a criatividade ou a tendência para a ansiedade também se transmitem de pais para filhos?

Personalidade e comportamento: a genética no domínio do abstracto

A influência da genética na nossa personalidade é um tema que tem sido amplamente estudado pela psicologia e pela neurociência. Certos traços, como a extroversão, a agressividade ou a tendência para a ansiedade, têm uma forte componente hereditária. Estudos com gémeos idênticos mostram que até 50% das variações na personalidade podem ser explicadas pela genética.

Estudos no campo da psicologia genética indicam que certos traços de personalidade possuem uma componente hereditária. A impulsividade, a extroversão, a predisposição para a depressão e até o nível de agressividade podem ser influenciados pelos genes. Claro que não se trata de uma transmissão direta, como acontece com a cor dos olhos, mas sim de uma tendência que pode ou não manifestar-se, dependendo do ambiente e das experiências vividas.

Por exemplo, a raiva e a agressividade são traços que podem ter raízes genéticas. Investigadores sugerem que níveis elevados de serotonina e dopamina influenciam o autocontrolo e a impulsividade, e que certas variantes genéticas podem tornar algumas pessoas mais predispostas a reações emocionais intensas. Isto pode explicar porque, em algumas famílias, certos padrões emocionais e comportamentais parecem repetir-se ao longo das gerações.

No entanto, é importante reconhecer que a genética não é um destino absoluto. Embora possamos herdar uma predisposição para determinados traços de personalidade, o ambiente onde crescemos, a educação que recebemos e as experiências que vivemos desempenham um papel igualmente crucial.

Efeito espelho: a repetição de padrões na mini-série Adolescência

A relação entre Eddie e Jamie é um exemplo poderoso da forma como características emocionais podem ser transmitidas entre gerações. Eddie, um homem marcado pela frustração e pela incapacidade de expressar as suas emoções de forma saudável, vê no filho um reflexo de si próprio.

Jamie, por sua vez, cresce num ambiente onde a raiva parece ser a resposta natural às dificuldades. A impulsividade do pai torna-se um modelo para ele, não apenas a nível genético, mas também comportamental. Este é um ciclo comum em muitas famílias: os pais, sem se aperceberem, acabam por transmitir não só genes, mas também formas disfuncionais de lidar com o mundo.

Este fenómeno não acontece apenas com a raiva. Muitas vezes, padrões de ansiedade, baixa autoestima ou até distanciamento emocional são passados de pais para filhos, não porque estejam codificados no ADN, mas porque são comportamentos absorvidos ao longo da infância.

A influência do meio: como o contexto molda a expressão genética

O conceito de epigenética ajuda a explicar como os fatores ambientais podem ativar ou desativar determinados genes. Ou seja, mesmo que uma pessoa tenha uma predisposição genética para ser impulsiva ou ansiosa, o ambiente em que cresce pode potenciar ou minimizar essa característica.

Por exemplo, uma criança geneticamente predisposta à impulsividade pode aprender a controlar melhor as suas reações se crescer num ambiente estável, com figuras parentais que promovem o autocontrolo e a reflexão. Pelo contrário, se essa criança for exposta a um ambiente caótico, onde a agressividade é normalizada, a tendência genética pode ser reforçada e manifestar-se de forma mais intensa.

O mesmo acontece com transtornos psicológicos como a depressão e a ansiedade. Embora existam fatores genéticos que aumentam a vulnerabilidade a estas condições, o apoio emocional, o estilo de vida e até fatores como a prática de exercício físico podem influenciar se a predisposição genética se manifesta ou não.

O papel da epigenética: o meio como ativador da herança

A epigenética é o estudo das mudanças na expressão genética que não alteram a sequência do ADN, mas que podem ser ativadas ou desativadas pelo ambiente. Em outras palavras, mesmo que alguém herde uma predisposição para a impulsividade ou para a depressão, isso não significa que esses traços se manifestarão necessariamente.

Se Jamie tivesse crescido num ambiente onde houvesse um forte incentivo ao autocontrolo e à regulação emocional, a sua predisposição genética para a impulsividade poderia ter sido minimizada. Da mesma forma, alguém com uma predisposição para a ansiedade pode, com suporte emocional e estratégias adequadas, evitar que esse traço se torne debilitante.

Isto significa que, apesar da herança genética, ainda há espaço para a mudança. E essa mudança começa no ambiente que criamos e nas escolhas que fazemos.

A repetição de padrões familiares: herança ou aprendizagem?

Uma questão interessante é perceber até que ponto certos comportamentos são transmitidos geneticamente ou simplesmente aprendidos por observação e repetição.

Por exemplo, se um pai tem dificuldades em controlar a raiva e reage de forma explosiva a situações de stress, os filhos podem acabar por adotar esse mesmo padrão. Mas será que isso acontece porque herdaram uma predisposição genética para a impulsividade ou porque cresceram num ambiente onde esse comportamento foi normalizado?

Na maioria dos casos, a resposta está num equilíbrio entre ambos. A genética pode fornecer a base biológica, mas é o ambiente que determina como essa predisposição se manifesta. É por isso que muitas vezes vemos padrões emocionais a repetirem-se em famílias, não apenas por herança genética, mas também por influência comportamental.

Podemos quebrar o ciclo?

Se determinados traços e padrões emocionais são transmitidos de geração em geração, será possível quebrar esse ciclo?

Uma das grandes questões que Adolescência levanta, sem a abordar diretamente, é se é possível interromper a repetição de padrões familiares. Eddie e Jamie estão presos a um ciclo que já existia antes deles, possivelmente passado de geração em geração. Mas será que Jamie pode quebrar esse padrão?

A resposta é sim – mas não é fácil. Para modificar um padrão emocional e comportamental herdado, é preciso primeiro reconhecê-lo. Muitas pessoas vivem décadas sem perceber que estão a repetir os mesmos erros dos seus pais. No caso de Jamie, seria necessário um processo de autoconhecimento e desenvolvimento emocional para aprender novas formas de reagir ao mundo.

A autoconsciência e a educação emocional são ferramentas fundamentais para modificar padrões herdados. Identificar tendências familiares e trabalhar ativamente para alterá-las pode ajudar a evitar a repetição de comportamentos negativos. A terapia psicológica, por exemplo, pode ser uma grande aliada nesse processo, ajudando as pessoas a compreenderem as suas predisposições e a desenvolverem estratégias para lidar com elas de forma mais saudável.

A terapia psicológica pode ser uma ferramenta fundamental para quem quer quebrar ciclos negativos herdados. Estratégias como a regulação emocional, o mindfulness e até a prática de exercício físico podem ajudar a modificar padrões de impulsividade ou ansiedade.

Mas a mudança não deve depender apenas do indivíduo. Famílias inteiras podem aprender a comunicar melhor, a expressar emoções de forma saudável e a criar um ambiente onde a herança emocional não seja um fardo, mas sim uma oportunidade de crescimento.

A ciência tem demonstrado que o cérebro humano é altamente adaptável. O conceito de neuroplasticidade mostra que, com esforço e treino, é possível modificar padrões de pensamento e comportamento, independentemente da predisposição genética.

Conclusão: a herança que podemos escolher

A herança genética influencia tanto a nossa saúde física como a nossa personalidade e comportamento, mas não define o nosso destino. Podemos herdar a tendência para a impulsividade, para a raiva ou para a ansiedade, mas a forma como lidamos com essas características depende do ambiente em que crescemos e das escolhas que fazemos.

O que a mini-série Adolescência nos mostra é que, embora a genética possa predispor-nos a certos traços, o verdadeiro desafio está em reconhecê-los e aprender a lidar com eles. Eddie e Jamie refletem um ciclo geracional que muitos de nós podem reconhecer, mas também nos lembram de que esse ciclo não tem de continuar para sempre.

O mais importante é reconhecer que, mesmo que a impulsividade, a raiva ou a ansiedade sejam padrões que percorreram gerações da nossa família, temos a capacidade de modificar esses padrões. Com autoconsciência, educação emocional e um esforço ativo para mudar, podemos transformar a nossa herança genética e criar um futuro diferente para nós e para as próximas gerações.

Assim, o legado que deixamos aos nossos filhos não tem de ser apenas uma questão de ADN. Pode ser também a herança de um novo padrão de comportamento, mais saudável e consciente, e da própria educação que tomam.

OUTROS ARTIGOS DESTE AUTOR

+ A importância da reabilitação auditiva

+ Fertilidade e sobrevivência: o crepúsculo da humanidade?

+ Pontes entre gerações: Nem o desprezo pela experiência, nem a rejeição ao novo

Os textos nesta secção refletem a opinião pessoal dos autores. Não representam a VISÃO nem espelham o seu posicionamento editorial.

Vivemos tempos em que a palavra “inovação” se tornou um mantra corporativo.

Empresas competem para desenvolver a tecnologia mais avançada, os algoritmos mais sofisticados, as soluções mais “disruptivas”. Mas será que a verdadeira inovação está apenas na tecnologia?

Não. A verdadeira inovação é sobre emoção.

No meio de mercados saturados, onde a concorrência é feroz e produtos de qualidade estão por toda a parte, o que realmente diferencia os extraordinários dos esquecíveis? A experiência. O impacto emocional.

Consumidores não compram apenas produtos. Compram sonhos, compram identidade, compram sensações. O que torna um produto memorável não é apenas a sua utilidade, mas o que ele nos faz sentir.

A Apple não vende apenas smartphones, vende um estilo de vida.

A Tesla não vende apenas carros elétricos, vende uma visão de futuro.

A Starbucks não vende apenas café, vende um ritual de conforto e personalização.

O que torna esses exemplos icónicos não é apenas a inovação tecnológica, mas a capacidade de despertar emoções. Eles criaram desejo onde antes não existia. Eles transformaram funções simples em experiências marcantes.

Se queremos criar algo que marque gerações, precisamos ir além da funcionalidade. Precisamos criar magia, criar emoção. Como?

  1. Contando uma história: Produtos extraordinários são carregados de narrativas. A Disney não vende apenas diversão, vende contos de fadas vivos. A Harley-Davidson não vende motos, vende liberdade.
  2. Gerando desejo, não apenas soluções: Os grandes inovadores não respondem a necessidades pré-existentes. Eles criam categorias. O iPhone, a Netflix, o Airbnb – todos revolucionaram os seus setores não porque eram a resposta para uma pergunta do mercado, mas porque reformularam a pergunta.
  3. Transformando compra em experiência: A Amazon tornou o ato de comprar mágico com a compra de um clique. A Hermès transformou as suas bolsas em itens de desejo que transcendem o luxo. O que faz sentir o seu produto?

Nos próximos anos, as marcas que triunfarão serão aquelas que não apenas criam produtos, mas encantam. As que unem tecnologia e humanidade. As que fazem o coração bater mais forte.

A inteligência artificial emocional já é uma realidade – sistemas que detetam o nosso humor e adaptam-se a ele. A sustentabilidade encantadora já existe – produtos que não apenas resolvem problemas, mas ajudam o planeta. A hiperpersonalização está a caminho – não consumiremos mais produtos genéricos, mas experiências moldadas individualmente.

Então o que separa um produto comum de um produto inesquecível? A capacidade de despertar emoções.

A inovação que verdadeiramente transforma não é a que apenas melhora o presente, mas a que cria um futuro antes mesmo que alguém o tenha pedido.

Se Steve Jobs tivesse esperado que o mundo pedisse um iPhone, ele nunca teria sido criado. Se o Airbnb tivesse esperado que os consumidores pedissem para dormir na casa de estranhos, o turismo ainda dependeria apenas dos grandes hotéis.

A inovação não está em seguir tendências. Está em criá-las.

Os textos nesta secção refletem a opinião pessoal dos autores. Não representam a VISÃO nem espelham o seu posicionamento editorial.

Palavras-chave:

Há livros fáceis de ler, e livros difíceis. Há livros que se colam e não deixam parar de ler, e outros cuja leitura é incómoda, difícil ou demorada. A escrita e a literatura têm tantas possibilidades, que tudo pode ocorrer. Até os mitos podem ter pasto rico na forma como os livros são lidos e como cativam leitores. “A Cabeça de Santo” de Socorro Acioli é um desses casos que merece ser olhado, em primeiro lugar, através da narrativa do mito.

Rezam os anais da memória da vida dos livros e dos seus autores, que Socorro Acioli terá contado, numa entrevista, o seguinte episódio acerca deste seu livro. Relatou um episódio que se deu quando foi a uma prisão participar numa “roda de conversa” sobre o seu livro, um sucesso entre os presidiários que o tinham escolhido como leitura para um programa que existe no Brasil em que, com base nos livros lidos, os presos podem ver uma pequena parte da sua pena reduzida.

Socorro Acioli contou que nesse encontro, um dos jovens presos disse que tentou aderir ao programa, mas não conseguia ler nenhum livro quanto mais os seis que eram exigidos. Tudo mudou quando, no seu desespero por não conseguir avançar em leitura alguma, ouviu um dos seus colegas de cela a rir desalmadamente enquanto lia. Seguiu o exemplo desse outro detido, e leu de um fôlego “A Cabeça de Santo”. Estava conquistado mais um leitor, talvez num dos locais mais inesperados. Não conseguiu parar, entendia tudo o que estava a ler e estava apaixonado pela leitura – soube desta história através da colega Fabiana Rocha, professora no Colégio Português de São Paulo, a quem agradeço penhoradamente.

E este livro é isso mesmo: um texto que nos deixa despertos e incapazes de parar de ler. Numa prosa apelativa e elegante, com um enredo muito bem desenhado, Socorro Acioli leva-nos aos confins de uma religiosidade e de um misticismo popular que retrata de forma esplendorosa a forma de crer e de desejar milagres de muito da nossa sociedade.

Samuel, a jovem personagem principal deste texto, é-nos apresentado através de uma descrição dramática do momento em que se encontra. Com uma postura vincadamente antirreligiosa, ele que fizera toda a vida num grande santuário, vê-se completamente abandonado pelos poucos familiares que tem, numa vila quase abandonada. Mas tudo se modifica quando passa a ser o centro de uma experiência mística que vai mudar toda a região, transformando-o num profeta, num quase homem-santo que domina toda uma população desejosa de soluções.

Repleto de momentos e de situações que nos empurram para o riso, esta não é uma obra cómica, nem leve. Tudo nela respira gente, sociedade, desejos de quem nada tem e que a tudo se converte facilmente, na ânsia da mudança. Essa é a força do fenómeno religioso junto dos mais desfavorecidos, tantas vezes aproveitada por oportunistas que criam assim os seus rebanhos, enchendo os seus bolsos. Também esta dimensão Samuel vive na luta interior que se desenrola à medida que um império de poder se vai criando.

Samuel é a tensão entre a busca de alguma racionalidade e a entrega ao místico, forjado, ou não, que gera poder e riqueza. O caminho de Samuel é claro, mas o texto de Socorro Acioli tem ainda o condão de não tomar partido nesta luta contemporânea entre religioso e não religioso. Não, Acioli deixa o “encantado”, nas palavras de Max Webber, viver no seu texto, não o negando, nem nas palavras do não religioso e racional Samuel.

MAIS ARTIGOS DESTE AUTOR

+ Festas de Loucos e Carnavais, recuperando um poema de Maquiavel

+ A sede da perda, ou o “Co[r]po Vazio” de Natália Timerman

+ “António Gedeão. Príncipe Perfeito”, de Cristina Carvalho. Ensaios biográficos com “registo de interesse”

Os textos nesta secção refletem a opinião pessoal dos autores. Não representam a VISÃO nem espelham o seu posicionamento editorial.

“Assumo total responsabilidade. Eu criei este grupo”, admitiu Mike Waltz à estação Fox News, na sua primeira entrevista desde as revelações. Waltz sugeriu que pode ter guardado o número do jornalista no seu telefone, pensando que pertencia a outra pessoa.

O chefe de redação da prestigiada revista The Atlantic publicou, na segunda-feira, um longo artigo em que pormenorizou as trocas de impressões entre altos responsáveis federais dos Estados Unidos sobre um plano de ataque militar aos rebeldes Hutis no Iémen, num grupo na aplicação de mensagens Signal, ao qual foi adicionado por engano.

Considerado uma enorme falha de segurança, o episódio mereceu duras críticas nos círculos democratas, apesar de a Casa Branca garantir que não foi revelada qualquer informação confidencial.

O diretor da CIA, a principal agência de serviços secretos externos dos Estados Unidos, confirmou, por seu lado, a presença neste círculo, mas defendeu aquilo que designou como o uso “autorizado e legal” da aplicação Signal.

Já Donald Trump minimizou na terça-feira a troca de mensagens de texto num grupo de ‘chat’ com planos sensíveis para um ataque militar contra os Hutis do Iémen, considerando tratar-se de “uma pequena falha”.

Em declarações à NBC News, Trump disse que o lapso “acabou por não ser grave” e manifestou o apoio contínuo ao conselheiro de segurança nacional Mike Waltz.

O Presidente dos Estados Unidos também pareceu apontar a culpa a um assessor de Waltz, não identificado, por Goldberg ter sido adicionado à cadeia.

A Antarte dá início a uma estação tão aguardada com um desconto de 10% + 23%. Esta promoção da marca representa uma oportunidade de dar uma alma renovada aos vários ambientes da sua casa, com móveis que elevam a essência da primavera. As coleções de mobiliário da Antarte conjugam design intemporal com materiais e acabamentos que inspiram harmonia. As peças de mobiliário podem ser personalizadas para refletir o seu estilo de vida. Com 10% de desconto acrescido da oferta do valor equivalente ao IVA, só precisa de inspirar-se e transformar o decor do espaço mais pessoal da sua vida.

Sofás que são “zonas de conforto”

A sala de estar é o espaço onde se criam memórias e momentos de partilha, e merece ser decorada com peças de mobiliário que não sejam meramente funcionais. Os sofás devem ser um convite ao conforto. Imagine-se a desfrutar um serão ou tarde com um bom livro ou a ver os seus conteúdos favoritos, aconchegado num sofá chaise longue. Complemente com puffs e sofás de 3 lugares ou sofás de 2 lugares que apelam à descontração e convívio. E que dizer daquela peça que se torna o “refúgio” pessoal? Uma poltrona ou um cadeirão de sala, serão o recanto onde o tempo abranda e a tranquilidade reina. Na Antarte, as opções de personalização em tecidos e acabamentos são inúmeras, com texturas que convidam ao toque e tonalidades relaxantes.

Um quarto pleno de relaxamento

Para uma noite de sono reparadora, a escolha da cama é crucial, mas a restante decoração do quarto deve completar a atmosfera de tranquilidade. Uma cabeceira de cama estofada é relaxante, enquanto as camas de casal, com linhas suaves, criam um ambiente acolhedor. As mesas de cabeceira e as cómodas organizam o espaço, mantendo a harmonia visual. Uma banqueta contemporânea otimiza o espaço disponível. Na Antarte, encontra opções que reúnem funcionalidade e design intemporal. Descubra camas com soluções de arrumação que proporcionam espaço sem comprometer o estilo para criar um quarto que seja um refúgio de paz e bem-estar.

Sala de jantar para viver e criar memórias

Um espaço onde se celebra a vida e as refeições se transformam em momentos para recordar, merece ser adornada com peças que inspirem convívio. A mesa de jantar, define o tom e a atmosfera desta sala. Imagine uma mesa de jantar extensível, pronta para acolher vários convidados. Ou uma mesa de jantar redonda, que facilita a comunicação num momento de partilha. As cadeiras para sala de jantar, devem ser escolhidas com atenção ao conforto sem descurar um toque de estilo. Os aparadores de sala da Antarte, além de silhuetas contemporâneas, oferecem generoso espaço de arrumação assim como as vitrines e louceiros. Cada peça de mobiliário da marca é pensada para criar atmosferas intemporais.

Sala de estar onde apetece demorar

Um recanto para momentos de entretenimento tem de ser renovado com a chegada da luz e alegria da nova estação. Um móvel de tv espaçoso é essencial para acomodar grandes ecrãs. Livros, memórias e objetos de arte, ficam bem acomodados com novas estantes e prateleiras para parede que ofereçam arrumação com estilo. As mesas de centro e mesas de apoio da Antarte, vão além da ergonomia necessária para criarem um ambiente convidativo. Reforce a personalidade da sala de estar com biombos, dividindo o espaço com elegância e criando recantos de intimidade.

Nas lojas Antarte, pode contar com equipas de designers de interiores que criam projetos de decoração 3D. Todas as coleções da marca estão disponíveis em antarte.pt.

Em meados de novembro do ano passado, a Finlândia, que partilha uma fronteira de 1 340 quilómetros com a Rússia, relembrou os seus cidadãos de que devem ter em suas casas um kit de emergência básico para conseguirem resistir sem grandes problemas sozinhos, em caso de um conflito, desastres naturais, pandemias ou ciberataques.

No “manual de sobrevivência”, a que os finlandeses podiam aceder online, questionava-se se as pessoas estavam preparadas para lidar com a falta de energia elétrica durante dias a fio, face a temperaturas de inverno que chegam a descer aos -20ºC, e sugeria-se que verificassem se tinham água engarrafada, comprimidos de iodo, alimentos fáceis de preparar, medicamentos e ração para os seus animais de estimação, entre outras coisas.

Sei isto por li nas nossas notícias, um pouco por todo o lado, sobre a estratégia finlandesa (a par da sueca e da norueguesa que decidiram imprimir e distribuir folhetos informativos) e não por ter umas das minhas filhas adolescentes a fazer um programa de intercâmbio de estudantes na Finlândia. O assunto não foi sequer mencionado lá em casa ou na escola, porque supostamente os finlandeses são já dos cidadãos mais bem preparados para fazer face a emergências.

Este artigo é exclusivo para assinantes. Clique aqui para continuar a ler

Portugal está a ficar à mercê dum grupo de mercenários da fé vindos do Brasil que aqui se instalam sem qualquer controlo. Já temos cá tudo quanto é grupo neopentecostal brasileiro, incluindo os ligados aos pouco recomendáveis Edir Macedo, Valdomiro Santiago e Silas Malafaia.

Mas estes nem são os piores. Os mais tóxicos de todos são os desconhecidos que lançam mão de todos os expedientes, legais e ilegais a fim de encher os bolsos à custa da miséria alheia, da pobreza e da exploração dos migrantes. Alguns destes acham normal cobrar aluguer de quartos em lugares que mais parecem pocilgas, por valores exorbitantes, a grávidas e famílias com crianças pequenas, sem mínimas condições de salubridade ou higiene. Tudo isto é feito à margem da lei. Não há contratos de arrendamento nem recibos de aluguer, pois a legislação não permite que nenhum desses espaços seja utilizado para fins habitacionais.

Um destes aproveitadores autointitula-se “bispo” (duvida-se que alguma vez tenha sido ordenado sequer como pastor) e diz-se responsável duma igreja evangélica (desconhecida na Aliança Evangélica Portuguesa), mas não passa dum explorador dos necessitados e socialmente mais vulneráveis. É mais um daqueles que fazem da fé um negócio. É arguido em vários processos na justiça e há fortes suspeitas da prática reiterada de crimes como fuga ao fisco e auxílio à imigração ilegal.

Mas isto não é brincadeira, estes tipos são mesmo perigosos porque não revelam quaisquer escrúpulos em utilizar todos os meios para alcançar riqueza e poder, mesmo recorrendo ao atropelo da lei.

Consta que este Zaqueu é um dos que já tentou fazer uma negociata com o PSD, tentando vender-lhe cem mil votos de evangélicos a troco dum lugar de deputado. Seria uma vigarice sem nome porque o voto dos evangélicos se distribui por diferentes partidos e aqui não há “currais eleitorais” como na terra dele.

Mas parece que Montenegro nem lhe respondeu, e bem. Consta também que mais tarde tentou aproximar-se do Chega mas a coisa não terá corrido bem, pelo que depois foi instalar-se nessa aberração política chamada ADN, ao que parece para tentar criar uma bancada evangélica à maneira do que sucede no Brasil. Acontece que a denominada “bancada da Bíblia” no Congresso de Brasília tem fama de ser a mais corrupta de todas… O Zaqueu, agora, diz que quer criar um partido. No fundo, todos estes mercenários da fé só querem dinheiro e poder. Aliás, o homem diz-se cristão e evangélico mas usa um kippah judeu, o que só abona da sua confusão mental.

A verdade é que se Jesus descesse agora à Terra teria que voltar a dar uso ao azorrague para expulsar estes vendilhões do templo. Mas, entretanto, seria boa ideia que as nossas autoridades se movessem para fazer cumprir a lei.

É óbvio que os proprietários desses espaços também são cúmplices na vergonha que se passa. Afinal, as casas são suas e deviam ter mais cuidado a quem as alugam. Mas o deus Mamon fala sempre mais alto.

Há décadas que tenho vindo a defender publicamente que os evangélicos precisam de se autorregular. Uma boa forma de o fazer seria a criação duma Ordem dos Pastores, com ligação à AEP (igrejas evangélicas) e ao COPIC (igrejas protestantes), que acreditasse periodicamente os ministros do Evangelho a pedido destas duas plataformas de comunidades de fé e em articulação com elas. Seria uma forma de isolar estes abusadores da boa-fé, exploradores dos pobres e vulneráveis.

A credenciação seria uma garantia para os proprietários dos espaços em arrendamento e ajudaria a protegê-los de futuros dissabores. São inúmeros os casos de indivíduos estrangeiros autointitulados pastores que alugam lojas para o culto religioso mas tempos depois desaparecem, deixando atrás de si dívidas de arrendamentos, além de muitas outras a fornecedores.

Se as autoridades não prestarem a devida atenção a este fenómeno, a situação irá degradar-se cada vez mais, pois já há também portugueses a seguir estes maus exemplos. Há que desmascarar estes indivíduos e acabar com esta vergonha enquanto é tempo.

MAIS ARTIGOS DESTE AUTOR

+ A novela Mar Negro

+ A religião é como a energia nuclear

+ E depois de Francisco?

Os textos nesta secção refletem a opinião pessoal dos autores. Não representam a VISÃO nem espelham o seu posicionamento editorial.

Palavras-chave: