O Tribunal de Contas (TdC) estima em pelo menos 12.688 milhões de euros o impacto financeiro das medidas adotadas para fazer face aos efeitos da pandemia de Covid-19 em Portugal nas contas públicas.

A instituição de controlo das contas públicas considerou que a administração pública apresentou “maleabilidade suficiente” para reagir, adaptar-se e responder com celeridade à emergência provocada pela pandemia, tanto a nível central, como regional e local, incluindo medidas legislativas de exceção e novas políticas públicas. Também os planos de contingência médica e o programa de vacinação foram classificados pelo TdC como “adequados e eficazes”.

Já as medidas de apoio ao emprego, ao consumo e ao ensino a distância, apesar de aplicadas na totalidade, registaram “alguns erros” e demoras, não tendo chegado de forma uniforme aos destinatários.

Também as medidas de apoio às estruturas residenciais para idosos, à recuperação de aprendizagens e de combate aos efeitos adversos na economia e na habitação apresentaram ineficiências, segundo o relatório “Gestão da Crise Pandémica de Covid-19”.

Os deputados alemães votaram esta segunda-feira a moção de confiança ao governo liderado pelo chanceler Olaf Scholz, que ditou a derrota do chanceler alemão e do seu executivo, atualmente minoritário. As eleições legislativas estão marcadas para 23 de fevereiro,

A moção de confiança, que tinha sido pedida por Scholz, vou chumbada com 394 deputados a votar contra, 207 a favor e 116 a absterem-se, abrindo dessa forma o caminho para de eleições antecipadas no próximo ano.

A votação desta segunda-feira surge depois do fim da chamada “coligação semáforo” de Scholz, que entrou em colapso a 6 de novembro, quando o chanceler demitiu o seu ministro das Finanças e líder do FDP, Christian Lindner.

A demissão surgiu na sequência de uma numa disputa de longa data sobre a forma de revitalizar a estagnada economia alemã, com o partido a abandonar a coligação, deixando os outros dois parceiros, o Partido Social Democrata (SPD) de Sholz e os Verdes, sem maioria no parlamento.

À medida que nos despedimos de 2024, somos levados a refletir sobre os desafios que nos aguardam em 2025. O panorama político em Portugal exige uma abordagem ambiciosa e inovadora, focada em reformas que priorizem o futuro da nossa juventude. Acredito que é imperativo agir decisivamente em três setores estratégicos: habitação, sistema de ensino e mercado de trabalho.

Comecemos pelo acesso à habitação. Este continua a ser um dos maiores desafios que a população portuguesa enfrenta atualmente. Os preços exorbitantes e a escassez de habitações acessíveis têm condicionado a autonomia dos jovens e da própria classe média, muitas vezes forçando os primeiros a adiar a sua independência. Em 2025, urge que sejamos capazes de implementar políticas públicas que aumentem consideravelmente a oferta habitacional nos próximos anos, que promovam habitação acessível, incluindo incentivos à construção de casas para arrendamento a preços justos e a recuperação de imóveis devolutos.

Em segundo lugar, o nosso sistema de ensino precisa de uma reformulação que responda efetivamente às exigências do século XXI. A juventude merece um ensino que não apenas transmita conhecimento, mas que também desenvolva competências críticas, criativas e tecnológicas. Em 2025, deveríamos avançar na integração de currículos flexíveis, que incluam uma variedade de formações profissionais e alternativas, assim como o incentivo à educação técnica e profissional. Esta abordagem, alicerçada numa relação estreita entre os estabelecimentos de ensino e o sistema empresarial, irá preparar os jovens para um mercado de trabalho dinâmico e em constante mudança, promovendo a sua empregabilidade.

Por último, mas não menos importante, o mercado de trabalho português precisa de se tornar mais flexível e inovador. A introdução da semana de trabalho de quatro dias surge como uma solução potencial para melhorar a qualidade de vida e aumentar a produtividade, com impactos positivos em diversas dimensões da nossa vida quotidiana. Menos dias de trabalho, mas com uma organização eficiente, pode resultar em maior satisfação laboral e um equilíbrio saudável entre vida pessoal e profissional. Para que tal seja possível, é essencial que o Governo e as empresas se unam em torno de um modelo laboral que priorize a saúde mental e a qualidade de vida dos trabalhadores.

Em suma, 2025 deve ser um ano de audácia e transformação. A juventude portuguesa precisa de um ambiente que a encoraje a prosperar, e isso começa com reformas estruturais em setores-chave para o seu sucesso. É nossa responsabilidade garantir que as vozes dos jovens sejam ouvidas e que suas necessidades sejam atendidas.

Nesta época de final de ano, ao refletirmos sobre os desafios que se avizinham, mais do que nunca, é oportuno invocar o espírito de otimismo e solidariedade. Desejo a todos um Santo e Feliz Natal, com a esperança de que possamos iniciar 2025 com determinação para construir um Portugal que valorize e cuide da sua juventude, preparando-o para um futuro mais promissor e sustentável.

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Apesar de ainda ser cedo para conhecer todos os detalhes das previsões meteorológicas para o Natal – ainda mais para a Passagem de Ano – é já possível verificar algumas tendências sobre o estado do tempo durante a época festiva.

De acordo com a Meteored Portugal, está prevista a continuação do tempo bastante frio e seco para Portugal continental e para o arquipélago dos Açores na semana entre o Natal e o Ano Novo, graças ao anticiclone, que ganhará força na próxima semana, vindo da Europa Ocidental, e que deverá manter-se na última semana do ano. O frio é ainda uma consequência de nevoeiro – denso e de longa duração – que deverá limitar a subida das temperaturas.

Já para as ilhas da Madeira está prevista alguma precipitação, mas dentro dos valores normais para a época do ano.

Frio deverá manter-se até ao início de 2025

Segundo as previsões, a semana do Natal será mais fria do que o habitual para a época do ano no centro e sul do Continente. Algumas regiões no litoral – como Setúbal, Sotavento Algarvio e o Litoral Alentejano – poderão vir a registar valores até 1.º C abaixo da média. Já para o norte, litoral centro e oeste estão previstas temperaturas dentro do normal. Tudo indica que o tempo frio se mantenha durante a primeira semana de 2025.

O HDMI Forum, o organismo responsável pelo padrão de conectividade HDMI, vai anunciar a 6 de janeiro os detalhes técnicos da versão HDMI 2.2. Segundo o comunicado tornado público, o HDMI 2.2 vai permitir “um espectro maior de altas resoluções e taxas de atualização”, funcionalidades que serão suportadas com um “novo cabo”, cita o The Verge.

O nome do padrão ainda não é oficial, mas sabe-se que o evento terá a presença de representantes do HDMI Licensing Administrator, o que indicia que vem aí novo nome. A versão mais recente disponível, o HDMI 2.1, suporta larguras de banda de 48 Gbps, até 120 Hz de taxa de atualização variável e resoluções até 10240×4320 pixéis. Segundo o VideoCardz, o novo HDMI vai suportar mais combinações de resoluções elevadas sem ter de recorrer à tecnologia Display Stream Compression.

É pouco provável que as entradas físicas do HDMI venham a mudar, mas os utilizadores devem ter de adquirir novos cabos se quiserem tirar partido das características do novo padrão.

Após uma sessão à porta fechada com a equipa jurídica de Netanyahu, o tribunal hoje o pedido da defesa israelita para cancelar a sessão com o chefe de Governo, marcada para esta terça-feira. Tinha sido previamente estipulado pelo próprio tribunal três comparências semanais com Benjamin Netanyahu, com cerca de cerca de seis horas cada uma.

O primeiro-ministro israelita está acusado dos crimes de suborno, fraude e abuso de confiança, alegadamente cometidos entre 2007 e 2017. Alegações que têm dividido a sociedade israelita entre os que pedem a sua demissão e os seus aliados, que defendem que o processo faz parte de uma perseguição política.

Netanyahu compareceu em tribunal pela primeira vez a 10 de dezembro para prestar depoimentos sobre os três casos de corrupção de que é acusado desde 2019. O julgamento devia ter começado em novembro de 2023, mas foi adiado devido ao conflito em Gaza. Netanyahu já referiu que não quer fugir à justiça e que “esperou oito anos para dizer a verdade”, mas que a guerra o impediu de testemunhar anteriormente.

Esta não foi a primeira vez que a defesa de Netanyahu solicitou a redução das suas presenças semanais de três para duas. Segundo a imprensa israelita Amit Hadad, advogado de Netanyahu, disse não poder explicar os argumentos que deu a uma das juízas encarregues pelo caso, Rivka Friedman-Feldman, e que levaram ao cancelamento da sessão.

Esta é a primeira vez que um primeiro-ministro em exercício de funções é arguido de um julgamento criminal na história do país.

Até 2029, a Inteligência Artificial (IA) automatizará muitas tarefas tradicionais de vendas, permitindo assim que as organizações se concentrem em atividades de maior valor e ofereçam aos potenciais consumidores experiências imersivas, incluindo interações personalizadas de realidade estendida (XR), que vão redefinir o alcance aos consumidores. À medida que a IA se torna mais prevalente, tarefas de vendas demoradas serão automatizadas e executadas em larga escala em poucos minutos.

Num futuro próximo, a IA Generativa (GenAI) vai fornecer resumos de chamadas e atualizações de contas, mas, à medida que esta evolui, os agentes de IA irão lidar com atividades mais complexas, como criar propostas, elaborar matrizes de comparação competitiva e fornecer justificativas personalizadas de retorno sobre o investimento (ROI).

As organizações líderes vão aproveitar esses ganhos de produtividade para investir em formas transformadoras de envolver os consumidores, aprofundar relações e melhorar a educação do consumidor. Especificamente, as empresas vão procurar nas tecnologias imersivas uma revolução na forma como captam e mantêm a atenção dos consumidores, oferecendo experiências que ultrapassam os limites dos media tradicionais.

Até 2029, tecnologias como vídeos a 360 graus, exibições holográficas, assistentes de voz, chatbots com IA e dispositivos wearables serão apenas o início de uma transformação mais ampla. As organizações irão adotar crescentemente a realidade virtual (VR) para showrooms digitais e experiências simuladas de produtos, bem como a realidade aumentada (AR) para sobrepor informações aos ambientes reais dos consumidores, estabelecendo as bases para interações ao estilo do meta-verso.

As ferramentas imersivas vão tornar-se centrais para as estratégias de vendas das empresas do Global 2000, marcando uma mudança significativa em relação às práticas atuais, que ainda dependem muito de PDF e webinars. Para sustentar estas interações, será essencial melhorar a qualidade e a quantidade dos dados sobre os consumidores. As empresas terão de compreender profundamente as preferências dos consumidores, para criar experiências personalizadas que estejam alinhadas não só com os padrões da indústria ou a última ação do consumidor, mas também com nuances subtis do comprador, bem como o seu papel na hierarquia organizacional, mentalidade competitiva, pressões de compra, tecnologias em uso e recursos internos de implementação.

Além disso, será necessário um investimento significativo em novas ferramentas e competências. Equipar as equipas com a tecnologia adequada e fornecer formação abrangente será crucial para maximizar os benefícios das tecnologias imersivas. Tal investimento impulsionará uma transformação nas estratégias de envolvimento com o consumidor, permitindo com que as equipas de vendas possam oferecer interações mais impactantes e inovadoras para os seus consumidores.

As ferramentas imersivas, por sua vez, irão proporcionar um melhor alcance, envolvimento e conversão de consumidores, pois ao oferecer experiências envolventes, tridimensionais e altamente personalizadas, fomentem conexões mais profundas com pessoas e produtos. À medida que as estratégias de vendas imersivas se tornam a norma, estabelecerão novos padrões para o envolvimento do consumidor na era digital, transformando essas experiências em prática comum em vez de exceção.

O grupo Meta enviou uma carta ao Procurador-Geral da Califórnia Rob Bonta na qual alerta para as “implicações sísmicas para Silicon Valley” que serão causadas se a OpenAI for autorizada a converter-se numa empresa virada para os lucros. O grupo liderado por Mark Zuckerberg coloca-se do lado de Elon Musk nesta questão e refere mesmo que o executivo dono da Tesla e Shivon Zilis estão bem posicionados para representarem os interesses do público neste tema.

O The Wall Street Journal teve acesso à carta na qual se lê que “se o novo modelo de negócio da OpenAI for validado, os investidores sem fins lucrativos irão ter as mesmas vantagens dos investidores para fins lucrativos à semelhança de quem investe em empresas para o lucro, ao mesmo tempo que beneficiam de deduções fiscais autorizadas pelo Governo”.

Musk, que foi cofundador da OpenAI, mas acabou por sair para fundar a xAI, já apresentou uma providência para impedir a transição da empresa dona do ChatGPT em organização virada para o lucro. A OpenAI, por sua vez, já reagiu tornando pública alguma correspondência com Musk e defendendo que este se devia focar em “competir no mercado, em vez de o fazer nas salas de tribunal”.

O relatório Tech Talent Outlook, produzido pela Experis, conclui que o setor das Tecnologias de Informação em Portugal projeta uma criação líquida de emprego de 22%, numa recuperação de 10 pontos percentuais face ao trimestre anterior. Apesar das indicações em sentido positivo, estas intenções ainda estão 15 pontos percentuais abaixo da média global. Esta média está calculada atualmente nos 37%, um valor que é dois pontos percentuais acima do registado no trimestre anterior.

Dos empregadores inquiridos neste estudo, 38% pretendem aumentar a força de trabalho no início do próximo ano, 16% antecipam ter de reduzir o número de trabalhadores e 44% estimam manter os atuais volumes.

“O sentimento dos empregadores demonstra-se alinhado com o verificado a nível global, após um ano de desafios devido aos ajustes das prioridades de talento por parte das tecnológicas, que levou à redução das contratações ao longo de 2024. Agora, assistimos a uma recuperação destas intenções, acompanhada de novos investimentos em startups tecnológicas e IA”, explica Nuno Ferro, líder de marca da Experis. “O setor revela-se, assim, mais dinâmico no início de 2025, ainda que demonstre um abrandamento em relação ao período homólogo de 2024. Aumenta, assim, a procura por talento especializado, capaz de trabalhar com tecnologias inovadores como IA, bem como em áreas prioritárias como ciência dos dados e cibersegurança”, conclui.

A nível global, o setor das TI é o que apresenta a projeção líquida para a criação de emprego mais elevada para o primeiro trimestre de 2025, com uma estimativa média de 37%. Os países onde este indicador é mais elevado para as TI são os EUA (+53%), a Costa Rica (+52%) e o Reino Unido (+51%). No fundo desta lista, mas ainda com um valor positivo estão Panamá (+6%), Roménia (+7%), Guatemala e Chile (+10%).

O estudo teve em conta as respostas de 5655 empresas tecnológicas em 42 países e territórios. O relatório completo pode ser visto aqui.