Até 31 de janeiro:

  • Rendas: Esta é a data-limite para os proprietários comunicarem, através do Portal das Finanças, os valores que receberam dos seus inquilinos em 2024 relativos ao pagamento de arrendamentos, subarrendamentos, cedência de uso de um prédio ou parte dele, aluguer de maquinismos e mobiliários instalados no imóvel locado.

Até 17 de fevereiro:

  • Alteração do agregado familiar: Tem até esta data para comunicar à Autoridade Tributária (AT) alterações nos dados do agregado familiar como, por exemplo, o nascimento de filhos, casamento, divórcio, morte do cônjuge, mudança de residência permanente, dependentes em guarda-conjunta, ou filhos que deixaram de ser dependentes. Caso esta comunicação não seja concretizada, a AT irá considerar válidos os dados que constam na última entrega da declaração do IRS;
  • Despesas com rendas do interior do País: este é também o prazo limite para declarar despesas com rendas resultantes da transferência de uma residência permanente para o interior do país;
  • Arrendamento de longa duração: Os proprietários de imóveis que tenham celebrado ou renovado pela primeira vez ou cessado um contrato de arrendamento de longa duração têm até 17 de fevereiro para informar a AT desse facto, para poderem usufruir de uma taxa especial de IRS mais baixa;
  • Despesas com arrendamento de estudantes deslocados: Os contribuintes que tiverem a seu cargo estudantes deslocados num território do Interior ou numa região autónoma que habitem numa casa ou num imóvel arrendado devem registar as despesas com o arrendamento até esta data.

Até 25 de fevereiro:

  • Despesas no e-fatura: Uma das datas mais importantes e que deve mesmo estar atento. Todos os contribuintes têm até esta data para consultar, registar ou confirmar as faturas de despesas no portal e-fatura. Um processo que deve ser feito por todos os membros do agregado, incluindo as crianças. Caso tenha obtido rendimentos de trabalho independente no ano passado e optado pelo regime simplificado, deverá também indicar no portal a natureza das despesas (pessoais, profissionais ou mistas).

De 16 a 31 de março

  • Despesas para dedução: A partir de 16 de março, os montantes apurados para deduções no IRS (por exemplo, despesas em saúde, educação, habitação ou lares de idosos) ficam visíveis para consulta na área pessoal do Portal das Finanças. Para além das despesas comprovadas por faturas podem ainda ser consultados outros gastos dedutíveis no IRS incluindo os juros do crédito à habitação, rendas da casa, taxas moderadoras ou propinas de estabelecimentos de ensino públicos.

Até 31 de março

  • Consignação do IRS e IVA: Este é o prazo limite para – quem assim o desejar fazer – consignar o IRS e/ou o IVA para uma entidade que deseje apoiar antes da entrega do IRS.
  • IBAN: Os contribuintes têm também até 31 de março para registar ou atualizar o seu IBAN para efeitos de reembolso, no Portal das Finanças.

De 1 de abril a 30 de junho

  • Entrega do IRS: O prazo mais importante a cumprir deste calendário, a entrega do IRS referente a 2024, ocorre entre 1 de abril a 30 de junho, no Portal das Finanças, independentemente da categoria de rendimentos. Muitos contribuintes têm já acesso ao IRS automático. Depois de entregar a declaração pode e deve consultar o seu estado no portal das Finanças, dado que podem existir erros que devem ser corrigidos Caso a declaração esteja “certa” e tenha direito a reembolso, a AT tem até 31 de agosto para devolver o IRS.

Palavras-chave:

Os parlamentares cristãos rondam os 87%, enquanto a população cristã está nos 62%, em contraste com o início dos anos60, quando nove em cada dez adultos dos EUA se identificavam como cristãos, segundo a Gallup.

De entre as religiões representadas no congresso, por 461 parlamentares, a maioria é protestante (295) todavia são menos oito do que na legislatura anterior. Em 1961 chegou a haver 398 membros ligados ao campo protestante, mas houve menos de 300 protestantes em seis das últimas nove sessões na última década e meia. Deste o maior grupo é o dos baptistas (75), seguido de metodistas (26), presbiterianos (26), episcopais (22) e luteranos (19).

O congresso conta ainda com 150 católicos e 9 mórmons, 32 judeus, 4 muçulmanos, 4 hindus, 3 budistas e 3 unitaristas universalistas. Depois ainda há os congressistas inquiridos que não identificaram a sua filiação religiosa (21) ou não puderam ser contactados.

O instituto de pesquisa CQ Roll Call, uma editora de Washington DC, que acompanha de perto o Congresso há décadas, citado pelo Pew Research Center, não inquiriu os congressistas sobre as suas crenças ou práticas, solicitando-lhes apenas a filiação religiosa e, depois, comparou os dados recolhidos com as pesquisas nacionais sobre a população americana.

Conclui-se assim que a nova composição do congresso americano é mais religiosa do que a população do país. Acresce que 28% dos americanos (quase 3 em cada 10) serão ateus ou agnósticos, portanto sem filiação religiosa, ou afirmam que a religião para eles não é relevante, quando menos de 1% dos congressistas se enquadram nessa categoria (3), 2 democratas e 1 republicano. Apesar de estes cidadãos, conhecidos como “nones”, terem vindo a aumentar rapidamente (passaram de 16% em 2007 para 28% de acordo com os últimos estudos), a sua representação no Capitólio continua a ser irrelevante.

A análise dos membros do congresso, que iniciou recentemente uma nova legislatura, se efetuada do ponto de vista religioso pode parecer uma perspetiva estranha, mas apenas para quem não conhece a sociedade americana. A acelerada secularização da Europa – fenómeno a que os EUA não fogem, mas onde é muito mais lenta – funciona como cortina de fumo que impede uma visão clara neste caso. Com efeito, enquanto o continente europeu acedeu à modernidade através do secularismo, a América fê-lo através da religião. Apesar de a separação entre estado e religião ser igualmente uma marca institucional americana, a verdade é que aquela sociedade ainda é marcada profundamente pelo fenómeno religioso, ao contrário da Europa.

O excesso de representação dos cristãos – representação indireta, é claro! – do ponto de vista religioso no congresso, resulta da antiga ideia de que os cristãos precisam de estar nos corredores do poder para o influenciar e não deixar a outras orientações religiosas esse papel.

Billy Graham foi chamado o “pastor da América” devido à sua persistente notoriedade e integridade a toda a prova, tendo desempenhado as funções de conselheiro de inúmeros presidentes na Sala Oval, décadas a fio. Um dia propuseram que se candidatasse à presidência dos Estados Unidos, coisa que ele recusou de imediato, afirmando que não estava disposto a trocar a sua função religiosa por uma posição política que, por muito prestigiante que fosse, era em seu entender muto menos útil e relevante para o seu propósito de vida.

A experiência mostra, e facilmente se conclui, que não é por estarem mais ou menos congressistas cristãos sentados no Capitólio, ou em qualquer parlamento do mundo, que o país passa a ser melhor, mais justo e harmonioso. Teoricamente até poderia ser, mas na realidade não é, porque uma vez eleitos passam a meter a ética religiosa na algibeira e a priorizar e atender interesses políticos pessoais e de grupo. O apóstolo Paulo advertia Timóteo na sua segunda carta que lhe terá dirigido (3:1-5) quando falava de homens que, tendo aparência de piedade, negavam a eficácia dela. E pedia-lhe que se afastasse dos tais.

Curiosamente, o fundador da fé cristã nunca se interessou por palácios, centros de poder civil ou religioso, preferindo desenvolver a sua ação no meio das pessoas e para elas, sem distinções. Jesus Cristo não virava costas aos ricos e poderosos como Nicodemos ou o jovem rico, mas nunca se deixou prender pelos seus interesses específicos. Veio para todos, morreu por todos e oferece salvação universal a todos, independentemente da cor da pele, extrato social, género, idade, linhagem, condição política ou cultura.  

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Quando Deus rima com surpresa

Os textos nesta secção refletem a opinião pessoal dos autores. Não representam a VISÃO nem espelham o seu posicionamento editorial.

“Vamos começar a cobrar àqueles que lucram às nossas custas com o comércio, e eles começarão a pagar, FINALMENTE, a parte que lhes cabe”, anunciou o presidente eleito dos Estados Unidos, numa mensagem que publicou na sua rede social, Truth Social.

O Serviço de Receitas Externas (ERS, na sigla em inglês), como se designará, será lançado a 20 de janeiro, dia da tomada de posse do republicano como 47.º Presidente dos Estados Unidos, em que se espera que tome as primeiras decisões do seu segundo mandato na Casa Branca (2025-2029).

Donald Trump criticou também os “acordos comerciais suaves e pateticamente fracos” até agora em vigor. “A economia norte-americana proporcionou crescimento e prosperidade ao mundo, enquanto nos tributava a nós mesmos”, afiançou.

O tema das tarifas aduaneiras – “tarifa”, assumiu Trump, é “a palavra mais bonita do dicionário” – tem sido recorrente nos seus discursos nos meses. O presidente eleito anunciou que imporá uma taxa aduaneira de 25% ao México e ao Canadá sobre todos os produtos que entrem no país e tenciona aplicar outra, de 10%, a todos os produtos chineses, até que Pequim trave a entrada de fentanil em território norte-americano.

Neste momento, ainda com janeiro por terminar, já há três candidatos a Belém: o almirante Gouveia e Melo, o ex-líder do PSD e comentador Marques Mendes, e o líder do Chega, André Ventura. Um já anunciou, e os outros dois aguardam a conjugação das estrelas. Cada um tenta consolidar o seu potencial eleitorado e atrair os indecisos e independentes.

Falta, obviamente, o candidato que será apoiado pelo PS, e talvez por outros partidos, sendo quase garantido que o Bloco de Esquerda também escolherá um candidato próprio. Somando estas opções, já temos sete certezas, embora algumas ainda sem nome definido. Convém também não esquecer que nestas eleições é habitual surgirem figuras conhecidas, ou não, que se consideram aptas para disputar a Presidência.

A questão, por agora, não é saber se haverá uma segunda volta presidencial, mas antes alocar os candidatos conhecidos a um espectro político. Os independentes tentam escapar a esta categorização, mas as sondagens revelarão para quem se inclina o eleitorado.

Parece evidente que tanto Gouveia e Melo como Marques Mendes deverão anunciar a sua disponibilidade e candidatura mais rapidamente do que se previa. Antes do início da Primavera será provavelmente o momento certo — para eles e para todos os outros. Portugal, felizmente, conta com homens e mulheres extraordinariamente qualificados para o cargo, que está muito longe de ser apenas simbólico ou meramente honorífico.

Os textos nesta secção refletem a opinião pessoal dos autores. Não representam a VISÃO nem espelham o seu posicionamento editorial.

Nos últimos dias Portugal tem sido afetado por uma massa de ar polar, proveniente do interior do continente europeu, que tem feito baixar – e muito – os termómetros. Contudo, e embora a semana tenha arrancado com tempo estável e seco, a situação meteorológica poderá vir a mudar já no próximo fim de semana.

O tempo soalheiro e as temperaturas muito baixas devem estender-se até ao final desta semana, existindo um aviso amarelo em vigor para quarta-feira, dia 15, em todo o território continental, devido ao frio que se fará sentir. De acordo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), 14 distritos já se encontram em estado de alerta amarelo – o menos grave de uma escala de três – aos quais se juntarão mais quatro (Faro, Beja, Évora e Portalegre) a partir das 9 horas de quarta-feira. O aviso prolonga-se até às 9h de quinta-feira.

Em algumas regiões do interior Norte e Centro, de acordo com a Meotored Portugal, prevêem-se temperaturas mínimas abaixo do 0ºC. Já no interior Norte e Centro, as temperaturas máximas deverão rondar entre os 9 e os 11ºC e, no Algarve, espera-se que os termómetros cheguem a atingir valores iguais ou superiores a 15ºC.

Mas até quando vai durar este frio?

Segundo as previsões da Meteored, só a partir do próximo sábado é que a massa de ar polar poderá começar a enfraquecer e a permitir a chegada de uma frente fria de fraca atividade ao continente, proveniente do Atlântico. Caso se verifiquem estas previsões, é possível que ocorra alguma precipitação no norte do País, nas regiões do Minho (distritos de Viana do Castelo e Braga) e, possivelmente, no distrito do Porto, que pode resultar na subida das temperaturas mínimas.

Palavras-chave:

À margem de um encontro com associações de doentes da área de oncologia, em Lisboa, Ana Paula Martins respondeu a várias questões dos jornalistas relacionadas com o plano de inverno do Sistema Nacional de Saúde.

“Não posso reconhecer de maneira nenhuma que o plano de inverno esteja a falhar. Desde logo porque o plano de inverno, que foi feito por todas as nossas unidades de saúde familiar, apresenta níveis de contingência muito claros e eles têm sido respeitados”, sublinhou a ministra, que salientou ainda que coberturas de vacinação contra a gripe e a Covid-19 foram “muito positivas este ano”.

Ana Paula Martins destacou também a importância da prescrição de análises e exames a partir dos lares, o que “nunca tinha acontecido” e retira os idosos das “portas do centro de saúde” ou das “portas dos hospitais”.

Em marcha continua o plano, através de novos acordos, para retirar os casos sociais dos hospitais e integrá-los na Rede Nacional de Cuidados Continuados e nos lares, mas este não é um problema que se resolva “de um dia para o outro, nem de um ano para o outro”. “Uma parte da pressão que acontece nos hospitais nesta altura também tem que ver com o facto de termos (…) mais de um milhar [de doentes] nos hospitais e que não deviam lá estar”, sublinhou.

Segundo a Lusa, a ministra acredita que se consiga melhorar esta situação ainda este inverno, graças os esforços que têm sido feitos com os ministérios do Trabalho e da Segurança Social e das Finanças, bem como às verbas do Plano de Recuperação e Resiliência e aos novos acordos que estão a ser celebrados.

O problema das urgências

Sobre os serviços de urgência de alguns hospitais, a ministra reconheceu que a tutela tem “uma preocupação evidente” com essas unidades que, “pela pressão que estão a sofrer, apresentam tempos de espera muito acima daquilo que não só é recomendado sob o ponto de vista clínico, mas até sob o ponto de vista humano”.

“Sabemos que todos os invernos, apesar de nos prepararmos muitíssimo, este é sempre um teste enorme de resistência, de resiliência ao Serviço Nacional de Saúde. É aqui, em Inglaterra, em Espanha, em França. Mas a verdade é que os nossos cidadãos precisam de respostas e nós (…) procuramos dia a dia” encontrá-las.

Ainda questionada sobre se a resposta que está a ser dada nas urgências é eficaz com equipas constituídas também por internos com pouca experiência, a ministra escusou-se a responder, porque a organização destes serviços “depende, e bem, dos diretores dos serviços de urgência e dos diretores clínicos das instituições”, sendo muito variável no País.

“É uma matéria de auditoria clínica e que compete aos clínicos e, neste caso, à Direção Executiva, juntamente com os diretores clínicos de hospitais rever se eventualmente funcionou pior ou melhor num sítio ou noutro”, concluiu.

A Polícia de Segurança Pública (PSP) venceu a edição de 2024 do concurso anual de fotografia da Europol, o Capture24, na categoria “Votação do Público”. A fotografia, com a autoria da chefe Sara Teixeira, do Comando Distrital de Bragança, mostra um Careto de Podence, montado numa mota, ao lado de um polícia de trânsito da PSP e pretende representar “de forma simbólica a ligação entre a segurança e a tradição transmontana”.

A competição de fotografia estava aberta às forças de segurança de todos os Estados-membros da União Europeia e contava ainda com outras duas distinções: uma votada pela comunidade internacional de polícias representada na sede da Europol e outra pelos chefes de comunicação das autoridades policiais europeias. O espanhol Sérgio Chicharro e a dinamarquesa Connie Maria Wesergaard foram os premiados.

A polícia portuguesa considera que “este reconhecimento sublinha o compromisso da PSP com a segurança e proximidade à comunidade” e “leva além-fronteiras as tradições culturais portuguesas”, pode ler-se num comunicado.

A vencedora do concurso ganhou uma viagem aos Países Baixos e uma visita às instalações da Europol. O trabalho fotográfico de Sara Teixeira irá ainda constar no calendário de 2025 da Europol.

Figuras típicas do carnaval de Trás-os-Montes e Alto Douro, os Caretos de Podence são Património Cultural Imaterial da Humanidade da UNESCO desde 2019.

Quatro. Número natural, par, que vem depois do três e antes do cinco. No entanto, para o setor aeroespacial em Portugal, representa algo muito mais significativo: é o número de satélites portugueses que terão sido enviados para órbita até ao final do dia de hoje (se tudo correr como planeado), desde março de 2024.

Portugal continua a afirmar-se no setor aeroespacial, com o lançamento iminente de mais dois satélites desenvolvidos em território português: o Prometheus-1 e o PoSAT-2. Estes satélites serão lançados para órbita por volta das 18:50, hora de Lisboa, nesta terça-feira. Este marco sucede os lançamentos do Aeros MH-1, em março passado, e do ISTSat-1, em julho, consolidando a presença de Portugal na exploração espacial.

Os dois satélites serão lançados a partir da Base Espacial de Vandenberg, na Califórnia, EUA, a bordo do veículo espacial Falcon 9, da SpaceX, e têm missões e objetivos distintos. O PoSAT-2, desenvolvido pela empresa LusoSpace, custou cerca de um milhão de euros e permitirá receber dados sobre a localização de navios, alertar as embarcações sobre condições meteorológicas adversas ou possíveis ameaças de pirataria, bem como enviar mensagens de socorro. Já o Prometheus-1, desenvolvido pela Universidade do Minho (UMinho), apresenta uma abordagem bem diferente. Este projeto, inserido no âmbito da parceria internacional Carnegie Mellon Portugal, com a Universidade de Carnegie Mellon, nos EUA, tem como principal missão aproximar os alunos da realidade espacial, permitindo-lhes interagir diretamente com um satélite igual ao que estará no Espaço.

O objetivo deste satélite é permitir que os alunos tenham contacto com o Espaço desde cedo

A ideia partiu de Alexandre Ferreira da Silva, docente dos cursos de Engenharia Electrónica e Aeroespacial da Universidade do Minho, no momento em que ingressou na instituição e participou no lançamento do curso de Engenharia Aeroespacial. “Para o lançamento do curso, procurei formas diferenciadoras de ensinar. Percebi que havia bastante atenção em rockets e drones, mas pouco se falava de satélites,” explicou em entrevista à Exame Informática.

O professor Alexandre Ferreira da Silva liderou o projeto

Foi através de um contacto com um colega norte-americano que surgiu a oportunidade de construir um “pocket cube”, um satélite com dimensões semelhantes a um cubo de Rubik, com cinco centímetros de lado e apenas 250 gramas. “Ele apresentou um desenho preliminar e, com base nesse modelo, realizámos uma revisão. Apesar de alguns atrasos devido à falta de componentes, conseguimos concretizar o projeto.”

Missões e inovações tecnológicas

O Prometheus-1 foi batizado em alusão ao titã Prometeu, figura da mitologia grega que roubou o fogo aos deuses e o entregou à humanidade. “Nós não queremos roubar nada [risos], mas sim trazer o Espaço para dentro da sala de aula,” afirmou o docente. O satélite, pensado e desenvolvido ao longo de dois anos, tem como principal missão validar o modelo educativo que inspira o próprio design. O Prometheus-1 estará em órbita a cerca de 550 km de altitude e é muito idêntico às unidades utilizadas pelos alunos em sala de aula, demonstrando que é possível construir um satélite funcional com recursos acessíveis.

Equipado com uma pequena câmara, o Prometheus-1 também realizará experiências simples de classificação de imagens e controlo de altitude. “Quando um satélite é colocado em órbita, vai aos trambolhões. Desenvolvemos estruturas para estabilizá-lo e vamos explorar isso durante a missão,” acrescentou Alexandre Ferreira da Silva, de 40 anos.

Embora o desenvolvimento tenha envolvido apenas um aluno de forma dedicada, a experiência acumulada servirá, também, para motivar futuros alunos a propor novas iniciativas espaciais num futuro próximo.

Outra inovação significativa foi a experiência de lidar com os processos burocráticos de lançamento. Desde licenças de comando e controlo até à coordenação de frequências, a equipa adquiriu competências valiosas que serão transmitidas aos alunos. O custo do lançamento foi de cerca de 18 mil euros, valor financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia.

O projecto foi liderado pela Universidade do Minho, mas conta também com uma colaboração com o Instituto Superior Técnico (IST), responsável pela estação terrestre que permitirá comunicar com o satélite.

O satélite tem apenas 5 centímetros de lado e pesa 250 gramas

O tempo de ‘vida’

Composto por PCB (Placas de Circuito Impresso), uma escolha estratégica para reduzir o peso e os custos de construção, o satélite tem diversos componentes eletrónicos integrados diretamente numa única placa. “Esta abordagem foi adotada com uma lógica educativa, por isso a radiação, ao longo do tempo, acabará por determinar o fim da vida útil do satélite”, explica o professor.

O satélite tem uma vida útil estimada de “alguns meses até um ano” e, durante este período, qualquer pessoa com equipamento de rádio amador poderá receber os sinais, bem como dados sobre a temperatura e o estado da bateria. Para comunicações mais avançadas, como a transmissão de imagens, será necessária a estação terrestre do IST.

Com um custo de produção inferior a mil euros, o Prometheus-1 pretende demonstrar ser um modelo viável para projetos educacionais e quer inspirar o desenvolvimento de futuros satélites. “Queremos que os alunos tenham contacto directo com o Espaço desde cedo e que Portugal continue a estar na crista da onda no setor aeroespacial,” concluiu Alexandre Ferreira da Silva.

Portugal tem, em conjunto com Espanha, o objectivo de lançar uma constelação de satélites para o Espaço nos próximos anos, o que significa que o crescimento luso na área do Espaço certamente não ficará por aqui.

Base Espacial de Vandenberg

Está localizada na costa do Oceano Pacífico, a cerca de 240 km a noroeste de Los Angeles. Esta localização estratégica permite lançamentos em trajetórias polares, o que é ideal para missões de observação da Terra, pois permite que os satélites passem sobre todas as regiões do planeta à medida que a Terra gira. A base tem sido um ponto crucial para lançamentos de satélites de diversas agências espaciais e empresas privadas.

Vivemos numa era onde o invisível é, muitas vezes, confundido com o inexistente. No mundo digital, a ausência de sinais de alerta não significa ausência de perigo.

É um erro comum, mas que pode sair caro, seja na vida privada, nos negócios ou até mesmo em investimentos. Num tempo em que a cibersegurança é cada vez mais desafiada por tecnologias emergentes, a pergunta que deve fazer-se é simples: a criptografia que protege os meus softwares e dispositivos é realmente segura?

Com a chegada dos computadores quânticos ao mercado, anunciada pela Microsoft em parceria com a Atom Computing para 2025, a resposta pode ser inquietante. Estes sistemas revolucionários prometem resolver problemas que os computadores tradicionais nunca poderiam solucionar. Mas, e se o problema que eles resolverem for quebrar a criptografia que protege os seus dados, as suas transações ou até os seus investimentos? Se confia cegamente na sua criptografia, talvez seja hora de pensar duas vezes.

Vamos por partes: se a sua criptografia for baseada em algoritmos como RSA, Diffie–Hellman, ou Elliptic Curve Cryptography, entre outras, saiba que o seu ‘cofre digital’ está longe de estar protegido contra as capacidades de um computador quântico. E o pior? Muitos já apostam que este será o ponto fraco que permitirá aos hackers uma nova era de ataques devastadores.

“Eu não tenho nada a esconder”

Já ouviu alguém dizer que não tem nada a esconder? Talvez até tenha pensado o mesmo. Mas imagine se todas as suas conversas privadas, fotografias ou até os dados do seu cartão de crédito fossem acedidos por alguém com intenções maliciosas. Os ataques cibernéticos silenciosos acontecem todos os dias, mas sem as ferramentas certas para os detetar, é como deixar a porta da sua casa destrancada… sem saber.

Se a criptografia que protege os seus dados for quebrada, a sua privacidade pode desaparecer em poucos minutos. Tudo o que acredita estar seguro: mensagens, e-mails, dados financeiros… tornam-se públicos ou, pior, armas para chantagem.

As empresas

Empresas que acreditam estar protegidas apenas porque “nada aconteceu até agora” estão a cometer um erro perigoso. Um ataque não detectado pode significar o roubo de informações sensíveis dos clientes ou a paralisação completa das operações. E sim, a criptografia tradicional usada por muitas organizações será insuficiente face às capacidades da computação quântica.

Sem ferramentas que forneçam visibilidade em tempo real sobre as tentativas de intrusão, as empresas ficam cegas perante ameaças silenciosas. E, quando o ataque finalmente é descoberto (se for…), os danos já são irreversíveis: desde perda de confiança por parte dos clientes até multas regulatórias e custos milionários de recuperação.

Estará a segurança dos seus investimentos em criptomoedas ou blockchain garantida?

O setor das criptomoedas e do blockchain é frequentemente apresentado como o futuro da segurança digital, graças à sua dependência de algoritmos criptográficos avançados. Mas será que estes sistemas são realmente à prova do tempo?

A chegada da computação quântica levanta questões importantes. Por exemplo:

  • O que acontece se as chaves privadas das carteiras digitais puderem ser decifradas rapidamente?
  • Como é que as transações e os contratos inteligentes que dependem de criptografia serão afetados?
  • Será que o blockchain continuará a ser tão seguro como acreditamos hoje?

Não se trata de fazer previsões definitivas, mas sim de questionar o quão preparados estamos para esta possível mudança. O setor está a trabalhar em alternativas como criptografia resistente à computação quântica, mas será que estas soluções estarão prontas antes que a ameaça se concretize? Estas são questões que os investidores devem ponderar cuidadosamente.

E agora?

O que podemos afirmar com certeza é que as ameaças digitais estão a evoluir. A computação quântica pode representar tanto uma oportunidade como um risco, dependendo de como nos preparamos. A chave está em entender as limitações da proteção criptográfica atual e estar disposto a investir em criptografia pós-quântica ou quântica, que foram especialmente desenvolvidas e standardizadas pela NIST (National Institute of Standards and Technology).

Não há espaço para complacência na cibersegurança. O silêncio pode ser enganador, e a falta de ação pode sair muito cara. A verdadeira questão é: está preparado para proteger os seus dados no ‘futuro digital’ que já começou?

A Getac anunciou o lançamento do ZX10, um tablet Android de 10 polegadas que se posiciona como o mais leve e robusto da sua categoria, com apenas 906 gramas. Este dispositivo foi concebido para responder às necessidades de profissionais que atuam em áreas como segurança pública, transportes e logística, que exigem ferramentas fiáveis para operações em ambientes desafiantes.

De acordo com informações divulgadas em comunicado de imprensa, o Getac ZX10 está equipado com o processador QCS6490 e uma Unidade de Processador Neural (NPU) da Qualcomm. O que significa que este tablet incorpora capacidades de Inteligência Artificial. O dispositivo inclui 8 GB de memória LPDDR5 e até 256 GB de armazenamento, proporcionando desempenho adequado para aplicações intensivas.

O ecrã LumiBond de 1.000 nits permite visibilidade em ambientes de elevada luminosidade e suporta interação tátil, mesmo com luvas ou superfícies molhadas. Para tarefas que exijam maior precisão, está disponível um estilete opcional que facilita anotações em condições adversas, como chuva ou frio extremo.

O tablet apresenta também opções de conectividade como dual SIM (Nano SIM e eSIM), Wi-Fi 6E, Bluetooth 5.2 e GPS de banda dupla, além de suportar redes 4G LTE, 5G e NFC. A autonomia é garantida por um sistema de baterias duplas hot-swap, que permite substituição sem interromper o funcionamento.

Com o sistema operativo Android 13, o ZX10 é certificado pelo programa Android Enterprise e será atualizado regularmente durante cinco anos. Segundo a marca, o tablet também está preparado para futuras versões do Android, garantindo maior longevidade.

O ZX10 foi projetado para resistir a condições extremas, com certificações MIL-STD-810H e IP66, além de suportar quedas de até 1,8 metros e temperaturas entre -29° C e 63° C. Estas características tornam o dispositivo adequado para operações em ambientes hostis.

Por fim, o ZX10 é compatível com o Essentials Suite da Getac, uma coleção de soluções de software que visam otimizar a produtividade e a eficiência em campo.

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