A nossa sociedade enfrenta desafios constantes, e a importância dos jovens em definir o rumo do nosso país nunca foi tão relevante. Recentemente, tive a honra de ser eleito líder da Juventude Social Democrata (JSD), uma responsabilidade que não assumo a título individual, mas como representante de uma geração inteira com sonhos e aspirações por um Portugal mais justo, mais livre e repleto de oportunidades.
Desde a minha tomada de posse, o sentimento que prevalece é o de profunda gratidão pela confiança que tantos depositaram em mim. Venho de Setúbal, um distrito que, historicamente, não tem sido um reduto do PSD, mas que é formado por pessoas resilientes e trabalhadoras. Este facto sublinha uma mensagem importante: em Portugal, não deve haver sonhos inalcançáveis nem vozes insignificantes.
Este momento não é apenas uma celebração de uma conquista individual; é sobre todos nós. Uma geração unida que ousa sonhar com um futuro onde cada jovem português tenha a oportunidade de concretizar o seu próprio projeto de felicidade. A nossa meta é clara: batalhar por um Portugal onde as oportunidades se distribuem de forma equitativa, independentemente do local de nascimento, e onde a liberdade é uma realidade concreta para todos.
Na JSD, queremos estar perto de cada jovem deste país, de cada associação de estudantes, de cada grupo de jovens. A nossa essência é representar as aspirações da juventude portuguesa, e não vamos abandonar essa responsabilidade.
Os últimos 50 anos da JSD foram marcados por contribuições significativas para a construção da nossa democracia. Desde o combate à corrupção até à abolição do serviço militar obrigatório e à defesa da emancipação jovem, o nosso legado é inegável. É por todo este património de luta e conquistas que celebro com orgulho ser militante da JSD.
O nosso país enfrenta uma encruzilhada decisiva. Estamos a sair de um período onde a estagnação e a falta de esperança foram predominantes. O Partido Socialista deixou-nos um país com muitos jovens a ganhar menos de 950 euros por mês e um ambiente que não incentivava a realização de sonhos. Felizmente, com o novo Governo, há uma renovada esperança nos corações dos portugueses, que se têm mobilizado para implementar propostas que melhoram a vida de todos.
Um exemplo disso é a recente aprovação da isenção do IMT e do Imposto de Selo na compra da primeira casa para jovens até aos 35 anos, uma proposta que nasceu da reflexão e do trabalho árduo da JSD. Esta conquista não é apenas uma vitória política; é uma melhoria concreta na vida de muitos jovens que agora têm uma chance maior de comprar a sua primeira casa.
Contudo, há ainda muito por fazer. Propomos, por exemplo, a implementação do IRS Jovem com um limite de 15%, para garantir que mais jovens vejam o seu rendimento aumentar. Nesta matéria, permitam-me deixar o seguinte aviso: sabemos que o Partido Socialista e o Chega vivem hoje um romance, mas a JSD não lhes perdoará. Nós, os jovens lá fora, não lhes perdoaremos se a implementação do IRS Jovem não for aprovada e se um jovem deste país não vir o seu rendimento aumentar por causa de um bloqueio orquestrado entre o PS e o Chega. Na JSD e no PSD, colocamos a vida das pessoas à frente de qualquer interesse partidário.
Também olhamos para a necessidade de coesão territorial como uma prioridade. Queremos investir na igualdade de oportunidades em todo o território nacional, promovendo o desenvolvimento em regiões de baixa densidade populacional, onde o investimento económico é crucial.
A JSD defende ainda a introdução da literacia financeira nos currículos escolares. Acreditamos que a educação é a chave para desbloquear o potencial de cada jovem português e que a alfabetização financeira preparará melhor os jovens para o futuro.
Adicionalmente, entendemos a importância de equilibrar a vida profissional e pessoal dos jovens. A defesa de uma semana de trabalho de 4 dias é uma proposta essencial para alcançar este equilíbrio. As conclusões do projeto-piloto realizado, recentemente, em Portugal, mostraram que a maioria das empresas que participaram no teste da semana de quatro dias aumentaram os lucros no ano passado. Além disso, os trabalhadores relataram uma redução média de 12% nas horas trabalhadas, passando de mais de 41 horas para 36,5 horas, e reconheceram melhorias na conciliação, saúde física e mental.
Por fim, entendemos que a coesão e a representatividade são essenciais em todas as esferas da sociedade. Lutaremos para que a juventude tenha uma presença maior nos centros de decisão, desde as Autarquias até ao Governo, assegurando que as preocupações das novas gerações sejam efetivamente ouvidas e respeitadas.
Agradeço à JSD todo o apoio e a confiança. O nosso compromisso é continuar a trabalhar com determinação por um futuro de Oportunidade e Liberdade. Este é o nosso momento. Este é o nosso tempo para construir a história do futuro.
Os textos nesta secção refletem a opinião pessoal dos autores. Não representam a VISÃO nem espelham o seu posicionamento editorial.