Anunciei recentemente que serei recandidato à liderança da Juventude Social Democrata, no nosso 27º Congresso Nacional da JSD, que se realiza nos próximos dias 8, 9 e 10 de abril. Tendo sido eleito pela primeira vez em 2020, volto a pedir um voto de confiança para que a JSD esteja sempre na Linha da Frente.
Na Linha da Frente dos grandes debates da atualidade. Na Linha da Frente no combate à maioria absoluta do Partido Socialista. Na Linha da Frente para garantir que a JSD é uma força moderna, atrativa e cheia de futuro. Mas também, na Linha da Frente da urgente modernização e reforma interna do PSD, à qual as novas gerações da JSD não podem faltar.
Nos últimos dois anos, procurei que a JSD abordasse temas dos quais nos fomos afastando progressivamente ao longo de vários anos e novos temas que são hoje incontornáveis na vida das novas gerações: ambiente e combate às alterações climáticas, cultura, saúde mental, digitalização da sociedade e economia. Acredito que, se somos reconhecidos pelo trabalho constante ao longo de décadas nos temas da emancipação jovem ou pela defesa da reforma do sistema político, então temos de ser capazes de liderar estas causas com pensamento, propostas e ações políticas. A JSD tem de estar na Linha da Frente e vamos continuar neste sentido.
A visão que apresento à JSD assenta na ideia fundamental de que temos de garantir que o elevador social funciona e que um país pujante e desenvolvido como o que queremos necessita de mais desenvolvimento económico, necessita de criar mais riqueza, necessita de uma agenda transformadora e reformista que nos afaste da cauda da Europa. Um país coeso territorialmente e com igualdade de oportunidades para as novas gerações.
O contexto político alterou-se substancialmente com a nova maioria socialista, pelo que a JSD tem de intensificar o combate político, o escrutínio e a fiscalização da atividade do governo, sempre com coragem e ambição. Além do trabalho que desenvolvemos no Parlamento com as intervenções e propostas da JSD, temos de garantir que a oposição se faz também nas ruas, nas escolas, no ensino superior, junto das forças vivas da sociedade civil.
Este é também o momento de fortalecer a nossa comunicação no mundo online, mas também offline. A JSD que me proponho a continuar a liderar tem como objetivo ter a melhor comunicação da política portuguesa. É o momento de rasgar fronteiras, de perceber que continuar a comunicar com as fórmulas do passado, continuar a organizar o mesmo tipo de eventos do passado apenas porque sempre os fizemos assim, só afasta em vez de atrair mais pessoas e assim, garantir que somos uma força política do futuro.
Uma juventude partidária como a JSD, com implementação em todo o território nacional, com milhares de militantes, uma forte presença no movimento associativo e centenas de jovens autarcas, tem de dar o exemplo de arrojo, criatividade e frescura, próprias do nosso tempo. Tem de começar por nós este movimento para modernizar a política, comunicar e organizar o que fazemos sem cinzentismo, sem os formatos gastos do passado. Uma JSD de jovens, apesar de políticos e não de políticos, apesar de jovens. Teremos boas oportunidades para concretizar este objetivo: o próximo Congresso Nacional, já em abril, ou nos 50 anos da JSD que se assinalam em 2024. Além do trabalho diário que desenvolvemos.
Nos últimos dois anos, fizemos um grande investimento em digitalizar/modernizar a JSD e comunicar eficazmente nas nossas redes sociais. Mas não chega. Os números são encorajadores, seja na nossa capacidade de atrair mais jovens através da digitalização da nossa filiação ou de alcance nas redes, mas temos ainda um longo caminho a percorrer. Com rasgo e irreverência.
Se os números eleitorais do PSD na faixa etária abaixo dos 35 anos permitem ter esperança no futuro (é aliás um dos melhores segmentos eleitorais do PSD, contrastando com os maus resultados nas outras faixas etárias), temos de, a partir da JSD, estar à altura desta responsabilidade, fazendo e comunicando política para que a confiança de hoje não se perca no futuro.
Apesar dos constrangimentos pandémicos, os últimos dois anos foram de muito trabalho, que pode ser consultado nas nossas redes ou no website da JSD. Agora proponho-me a intensificar o nosso trabalho político, a abrir e a modernizar a JSD, a experimentar novos formatos políticos, a lutar pelas novas gerações, a dar futuro a uma organização chave da democracia portuguesa.
Os textos nesta secção refletem a opinião pessoal dos autores. Não representam a VISÃO nem espelham o seu posicionamento editorial.