O líder supremo do Irão, se isso for um título temporal e não divino, Ali Khamenei, considerou perentoriamente que o ataque a Israel, com mais de 200 mísseis, alguns dos mais modernos, era uma ação legítima e justificada. Agora, está preocupado com as consequências. «Vamos ficar por aqui», sugeriu.
Telavive não se envolveu com Teerão, mas o Irão sentiu-se legitimado para lançar mais uma ofensiva grandiosa, que acabou em pirotecnia. Sendo assim, Israel tem toda a legitimidade para atacar o Irão, de forma eficaz e, presume-se, devastadora. Khamenei pressente o futuro e refugiou-se numa gruta.
O ayatollah iraniano sabe como é arriscado, nestes dias, ser líder de grupos terroristas ou de países que patrocinam, alimentam, armam e ordenam massacres como o de 7 de outubro de 2023, em Israel. O Hamas não tem líder nem substituto, o Hezbollah está na mesma situação, dos Houtis nada se sabe, e o comando dos xiitas sírios extremistas também desapareceu.
Khamenei prega com uma AK-47 na mão, garantiram meios de comunicação ocidentais, que mostraram a fotografia, mas isso não impedirá que o céu lhe caia na cabeça. Com chuva grossa de mísseis, drones, bombas de precisão e aviões. Quando é que os 88 milhões de iranianos separam o Estado da Religião? E quando é que os seus líderes deixam de patrocinar massacres, que depois resultam noutros massacres?
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