Pedro Nuno Santos sabe ao que vai em S. Bento, no encontro com o primeiro ministro: receber uma proposta irrecusável. E se é irrecusável, então é incontestável, indiscutível, inegável, irrefutável. Aqui elencam-se sinónimos e não antónimos.
O líder do PS não pode, por isso, em nome da lealdade, da boa-fé e do sentido de responsabilidade fazer de conta que não ouviu a proposta. Que não tomou nota. Que não percebeu o sentido. Estamos perante um dogma político: não se pode recusar o que é irrecusável. Entendidos?
O país escolheu este Governo, estabilidade e sensatez. Por agora, ninguém está a pedir uma Cúpula de Ferro. Caberá ao líder da oposição deixar passar o Orçamento para 2025 na sua versão indubitável. O que não poderá acontecer, neste dia especial, é o PM dar dois passos em frente e Pedro Nuno Santos recuar os mesmos dois passos. Não dá. Assim nunca se encontrarão. É uma Lei da Física e não da Química Política.
Nem o país, nem o mundo, está para crises de angústia, estratégias falhadas, passos trocados. Já basta o que temos, e vamos ter, lá fora. PM e PNS que se entendam.
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