Se não houver Orçamento para 2025, haverá crise política e económica. O Presidente não poderia ser mais explícito. Há reuniões discretas e abertas, umas a decorrer e outras agendadas, e a sensação que se tem é que ninguém quer eleições antecipadas ou instabilidade política. Cada um faz a sua birra, mas todos querem um Orçamento viabilizado na AR.
A clarificação do Presidente da República – sem OE, haverá eleições – deu o empurrão que faltava no jogo negocial dos partidos. André Ventura e Rui Rocha estiveram reunidos com o PM, separadamente, e isso significa um importante passo em frente. Está também marcado o encontro entre o chefe do Governo e o líder socialista para sexta-feira.
Se antes faltava diálogo, agora há fartura. Isso é bom para os portugueses, que não querem mais uma crise política e novas eleições, num quadro global de grande incerteza, instabilidade e guerras. Acabámos de sair de mais um drama com os incêndios, que resultaram na perda de nove vidas, e isto obriga o Governo e os partidos políticos a entenderem-se para 2025. Daqui a um ano veremos como estaremos internamente e com que crises mundiais teremos de lidar. O mundo inteiro está em modo de “Brace for Impact!”, e nós, aqui, a jogar às escondidas com o OE.