O líder do Hamas, que vivia no luxo do Qatar, e estava em Teerão para assistir à posse do novo presidente iraniano, foi morto por um míssil israelita. Foi um tiro certeiro, na casa onde estava hospedado com os seus guarda-costas. O longo braço de Israel voltou a eliminar um dos seus jurados inimigos. Na História de Israel nunca um terrorista, que tenha assassinado ou executado um cidadão israelita, em qualquer parte do mundo, ficou vivo para contar a façanha.
Já era uma vergonha o líder do Hamas viver isolado das agruras do seu povo, em Doha, mas a escolha de Teerão para esta operação especial, para além de mostrar que há fugas de informação na capital iraniana, tem, certamente, um duplo objetivo militar de Telavive. O Irão já ameaçou retaliar em força, e isso estava escrito no guião do comando militar e político de Israel para esta operação.
A morte do líder do Hamas em Teerão poderá ter servido para um cenário militar de outra envergadura: Israel, e os melhores serviços de informações do mundo, anteciparam, há poucos dias, que Teerão estaria a semanas de ter Urânio enriquecido no grau militar. Por outras palavras, material físsil suficiente para criar e montar armas nucleares. A ser assim, Israel estará preparado para arrasar todos os complexos militares secretos iranianos onde poderão existir esses materiais.
Para o Irão teocrático, Israel não tem o direito a existir. Nunca terá. Para Israel, os iranianos jamais poderão ter nas suas mãos uma arma nuclear. Uma que seja. A morte do líder do Hamas poderá, afinal, levar ao ajuste de contas entre Telavive e Teerão. Isto são péssimas notícias para todos nós, no mundo.