Não é um meteorito nem um míssil Kinzhal russo. É apenas ministro das Infraestruturas e Habitação, que num curto espaço de tempo, dias apenas, já despachou toneladas de decisões urgentes: um pacote para a habitação, um novo aeroporto para Lisboa, a terceira travessia do Tejo, e as respetivas ligações rodoviárias e ferroviárias.
Miguel Pinto Luz não faz de conta que é ministro. Ele governa, executa, impulsiona e apresenta soluções. Muitas das decisões obrigarão a entendimentos na AR, mas o que interessa, nestes casos, é arrancar. Percebe-se que é engenheiro Eletrotécnico e de Computadores, nascido depois do 25 de Abril, e preparado para a pasta mais volumosa e difícil do Executivo.
O sucesso deste Governo pode ganhar-se nas Infraestruturas (mas não só), e a ele aplica-se o «moto» de Cavaco e de Luís Montenegro: «deixem-no trabalhar». É incansável, frenético em alguns casos, e ainda só tem 40 dias de Ministério. Miguel Pinto Luz não se atrapalha, não se encolhe, e não perde tempo. Foi quem mais sobressaiu, e por boas razões, neste escasso exercício governamental.