Há uma tremenda confusão em Portugal, e com Portugal. Será da Nação? Será do nome? Será do logotipo? Será do emblema? Será do rótulo? Será tudo misturado? Ninguém sabe, mas sente-se no ar extremada indignação e irritação.
Para tanto tumulto a explicação não é simples: O Governo de António Costa decidiu que a simbologia da República deveria ser um quadrado verde, uma circunferência amarela, e um retângulo vermelho. Assim foi feito. Veio o Governo de Luís Montenegro e repôs o Brasão de Armas de Portugal, que representa a História da Nação: as Quinas de D. Afonso Henriques (1139), os Castelos de D. Dinis (1279) e a Esfera Armilar de D. Manuel (1495). E confirmado pela República, em 1911.
Tudo velharias que já não interessam a ninguém. Quem quer saber do Brasão de Armas? Do Escudo Nacional? Os americanos já deveriam ter tirado a Águia Branca do seu Selo, e o mesmo se deveria aplicar aos britânicos, com toda aquela exibição e magnificência heráldica. O que tem valor, agora, é o logotipo, a marca, o rótulo. Não é assim com a Coca-Cola? Com a Tesla? Com Trump? Com Putin?
Portugal está velho de 900 anos e D. Afonso Henriques era irrelevante nas redes sociais. Não apreciava, não amava, não cultivava. Muito menos D. Dinis, e jamais D. Manuel. Quem poderá não gostar de uma bola, de um quadrado, e de um retângulo? É minimalista e poderoso. Impressiona! Causa impacto! Emociona! Quinas e Castelos de volta? E uma Esfera Armilar no tempo do GPS? Juízo, por favor!
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