Estas são as mesmas cinco razões invocadas nesta coluna na quarta-feira passada. Nada se alterou de lá para cá, nem com ajuda dos novos 1525 comentadores de política nacional.
Mas antes disso convém enaltecer a vitória certa e grande destas eleições: não foi a subida do Chega, notável, mas a multiplicação de eleitores da ADN, que de 0,16% em 2022, passou agora para 1,73%, mais ou menos o resultado do PAN. Isto sim, merece festa e foguetes. Ainda elege um deputado.
1. Luís Montenegro representa a nova geração de políticos, coincidente com os 50 anos do 25 de Abril, que vai assumir o poder em Portugal. Esta mudança geracional está a verificar-se por toda a Europa.
2. A vitória da AD expressa o desejo nacional de encerrar as contas com o PS. Pedro Nuno Santos terá a sua oportunidade, eventualmente, mas não será agora. Nove anos de Governo socialista bastaram. Para não falar de 22 dos últimos 28 anos.
3. O líder da AD concentrou-se apenas no que importava aos eleitores, e não nos cenários de governabilidade, ou nas tricas diárias deste ou daquele partido. Tudo ao contrário do PS e do Chega. O benefício sentiu-se agora.
4. Esse positivismo encorpou a dinâmica vitoriosa da AD. Sem erros, nem distrações, e com o empenho de todos os que fizeram a história dos partidos da coligação. Luís Montenegro não teve medo de exibir os seus trunfos.
5. Um novo PM, um novo Governo e uma nova maioria – mesmo que relativa – aconteceu por vontade expressa dos portugueses, e esse é o único aval político que conta. E quem quiser derrubar o Governo saído destas eleições, à direita ou esquerda, faça o favor!
Está chegada a hora do Presidente da República. O mais depressa possível. Andamos nisto desde do dia 7 de Novembro de 2023, e o país está cansado, exausto, derreado.
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