A indignação contra Passos Coelho é explicada por ele ter usado as palavras “imigração e segurança” na mesma frase. Se fosse cinco frases antes, não haveria problema. Se iniciasse o discurso em Faro com as questões de segurança, ou insegurança, nada o impediria de falar com preocupação sobre a imigração.
Passos Coelho, que ninguém conhece, nem nunca foi nosso PM, é um extremista inqualificável, fascista mesmo, que promove o discurso do ódio e da discriminação. E de milhares de outras coisas indizíveis. Está tudo bem nesta campanha eleitoral?
Há nervos à flor da pele, expectativas frustradas, e derrotas imagináveis. No comício do Algarve, o que Passos Coelho foi dizer, com convicção, e força, é que a AD vai ganhar as eleições, e que seria extraordinário se o PS, que colocou o país nesta situação, voltasse a ser escolhido para governar o país.
O que é mais irritante, abrasivo e cáustico é que afinal Passos Coelho tenha aparecido, na campanha da AD, para dizer o que disse. Não sobre a imigração, ou a segurança, mas apenas projetando a vitória do centro-direita. Assim não poder ser. Este homem é um perigo!
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