A melhor resposta que Jair Bolsonaro teve, para os resultados da 1ª volta das presidenciais brasileiras, foi a sua invocação de uma vitória contra as sondagens, que lhe davam resultados em redor dos 35/37%. É uma forma de ver. Que sondagens? O que ele não disse, apesar de tudo, é que as suas sondagens internas garantiam a sua eleição à primeira, e até com 60%, como repetidamente proclamou. «Vou ganhar com 60%»
Teve 43%, afinal, muito melhor do que estimavam os estudos de mercado, mas pelos vistos 13 pontos abaixo das suas pesquisas internas. Numa coisa as sondagens acertaram: no resultado de Lula, que ficou à beira dos 50%, com mais 6 milhões de votos. Nos 5 milhões de votos de Simone Tebet, a grande surpresa, estarão os que faltaram a Lula na noite de domingo. E outros tantos em Ciro.
O que mudou, então, entre as sondagens e a noite eleitoral? A realidade, eventualmente. O voto útil ajudou o resultado do atual presidente, e a consequência disso foi o quase desaparecimento dos segundos candidatos mais fortes, quando ponderadas as prévias intenções de voto. Na história eleitoral do Brasil, tirando quem ganhou à primeira, como Fernando Henrique Cardoso, o mais votado na primeira volta acaba no Palácio do Planalto. Isso aconteceu com Jair Bolsonaro, em 2018.
Os brasileiros têm agora 27 dias de tormenta, de desafios, de insultos e de agressividade. E de violência. Não é normal. A segunda volta deveria ser feita em apenas 15 dias, para evitar a ferocidade de uma luta política entre polos opostos. E Bolsonaro, no estilo de Trump, não vai poupar Lula, que tudo fará para se mostrar humilde e reconhecido aos milhões de eleitores brasileiros.
À Margem: Kherson vai cair. Está iminente esta nova vitória ucraniana, que desfaz a bazófia de Putin, do seu poder militar, e dos territórios «anexados». Agora que está inseguro, e derrotado, é capaz de tudo. A NATO e Washington estão em alerta permanente.
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