O País que partiu a banhos na passada quinta-feira teve boa parte das urgências de obstetrícia na Região de Lisboa encerrada durante os feriados. Na mesma semana, ficou a saber-se também que morreu um bebé de uma grávida que se dirigiu ao hospital das Caldas. Soube-se ainda que o Tribunal de Contas veio apontar falhas graves na resposta do SNS aos doentes oncológicos e que o tempo de espera para se aceder a uma junta médica chega a ser dois anos. Tudo, repito, só no espaço da última semana.
Como leigo absoluto em matéria de Saúde, tenho obviamente uma enorme dificuldade em comentar este tema, de forma minimamente responsável, a partir de uma perspetiva muito micro. Não sei, para os vários casos apontados, fazer diagnósticos e muito menos sei sugerir soluções. Mas consigo, ainda assim, fazer uma reflexão política sobre o tema.