A equipa que veste de vermelho, a AMD, tem sido derrotada no mercado pelas equipas que vestem de verde, a Nvidia, e de azul, a Intel. O fabricante que há já muitos anos conseguiu impressionar o mundo com alguns “primeiros” como, nos processadores para PC, a quebra da barreira do 1 GHz e os 64 bits, tem tido anos muito complicados. Mesmo a área onde conseguia ser mais competitiva – a dos processadores gráficos – tem corrido mal. Hoje, quota de mercado da AMD nos processadores para PC e nos processadores gráficos é anémica e muito distante dos líderes: a Intel e a Nvidia, respetivamente.
Não estou aqui a “puxar” pelos mais fracos, mas a verdade é que todos, enquanto consumidores, temos a perder quando os mercados são dominados por apenas uma marca. E quando mais 70 por cento do mercado está entregue a único concorrente (a Intel tem conseguido mais de 80% no mercado de CPUs e a Nvidia mais de 70% no mercado de GPUs), a liberdade de escolher deixar de ser real. A concorrência é o melhor estímulo para a evolução e, acredito, se a AMD não tivesse existido certamente teríamos hoje PCs muito menos poderosos. E como estas máquinas têm sido a maior arma para a evolução tecnológica e científica da humanidade, a própria sociedade poderia estar num estágio de evolução mais baixo. Não haja margem para dúvidas: a corrida AMD vs Intel foi fundamental para a evolução exponencial da computação. E o mesmo se pode dizer relativamente ao processamento gráfico, desta vez em consequência da corrida AMD (anteriormente ATI) vs Nvidia.
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