Imagine que podia escolher a relação que quer viver com o seu companheiro. Que os dois podiam escolher que relação viver. Como se sentiria?
Num mundo repleto de escolhas, em que toma decisões a cada momento, como seria a sua relação se a percecionasse como uma escolha e não como algo instituído, conquistado, reservado, “penhorado”?
Com que olhos olha para a sua relação? Com os mesmos óculos de sempre? Já se questionou se, porventura, não existem outros óculos com lentes menos escuras, mais coloridas, de diferentes cores?
Já imaginou o que sentiria se, em vez de ver a sua relação como algo sempre igual todos os dias, pudesse escolher como ver e viver a sua relação a cada dia? E mesmo a cada momento?
E se eu lhe disser que isso não só é possível, como é fácil?
Quando decide comprar uma nova casa, o que faz? Procura cuidadosamente a casa que corresponde àquilo que deseja, certo?
E, se não corresponde totalmente, começa a pensar em fazer algumas remodelações, correto?
Quando toma a decisão de comprar um novo carro, quais são os passos que dá? Escolher a marca que mais gosta, o modelo que mais o satisfaz e depois as opções que para si são mais importantes? Se nas primeiras semanas, dias ou meses deteta algum ruído estranho, ou se se acendem as luzes do tablier, avisando qualquer problema, o que faz?
Quando vai passear, passeia de carro todos os fins de semana pelos mesmos sítios, ou escolhe conhecer novos sítios?
Quando entra num supermercado para fazer as suas compras preocupa-se em comprar produtos de qualidade, verdade?
Escolhe o pão, a fruta, o peixe, a carne, os produtos de higiene e limpeza… dedica a sua atenção à escolha desses produtos. E se surge uma novidade que lhe parece corresponder melhor às suas necessidades, opta por ela e compra.
Quando saí e se diverte com os seus amigos, vais sempre aos mesmos lugares e fala sempre do mesmo?
Muitas das referidas escolhas e decisões no sentido de procurar o que é melhor para si, têm por base o seu instinto de sobrevivência, proteção individual, interesses de várias ordens, desejos e sonhos… No dia a dia você sabe que deve escolher o que é o melhor para si, e fá-lo de uma forma natural e por vezes até mesmo inconsciente.
Então porque é que tantos milhões de pessoas vivem relações conjugais caóticas?
Uma das razões talvez seja porque lhes custe olhá-las com outros olhos que não os da negação, e porque não acreditam que possam escolher viver uma relação diferente.
Aceitam, acomodam-se, rendem-se, viciam-se no que sabem não lhes fazer bem, mas que é tão bem conhecido, no que os faz sentir estranhos, mas que é tão bem mais fácil, no que os faz sentir afastar mais e mais e mais, mas que é tão confortável, quando comparado, com o pensamento catastrófico de “partir a louça toda”, fazer as malas e sair.
Mas será que vai mesmo acontecer?
Não pode acontecer conseguir ter a relação que quer? Como sabe? Tem a certeza? Se tem a certeza, torne-a incerta e procure aquilo que é importante para si e que quer. Não se renda, não se conforme, não aceite o inaceitável. Lute/m por aquilo que quer/em.
Seria tão mais simples se todos tivéssemos uma espécie de livrinho colado no nosso peito, onde pudéssemos escrever que relação queremos mesmo viver e o pudéssemos ler a cada dia. Ele está escrito no seu coração. É só o ouvir!
Muitas pessoas vivem não a relação que querem viver, mas a relação que um outro quer viver e quer que elas vivam, sem sequer se questionarem: “Será que é isto que eu quero para mim? Será que é esta a única escolha que existe, ou podemos viver algo diferente que faça bem aos dois?
O que o impede a si e ao seu companheiro/a de escolher viver uma relação melhor, mais saudável, satisfatória e gratificante?
Que relação querem ter e viver agora?
Muito mais importante do que tudo aquilo que aconteceu, é o que quer que aconteça.
Muito mais importante do que todos os obstáculos que vos fizeram cair, são as aprendizagens que vos permitem agora escolher que caminho percorrer e como o fazer.
Muito mais importante do que o medo da perda é ter coragem para olhar de frente, VER e fazer diferente.
Muito mais importante é compreender e aceitar que nenhuma pessoa no mundo que viva uma relação triste, conseguirá sentir-se contente e fazer alguém sentir-se contente, muito menos feliz.
O nosso Criador criou-nos com uma deslumbrante inteligência, criatividade, imaginação e capacidade de escolha. Todos sabemos quando devemos escolher parar, pensar, e escolher ou não continuar.
Todos sabemos de um modo geral, o que nos faz bem e o que não nos faz. Por vezes, podemos sentir uma certa relutância e dificuldade em escolher viver o que sentimos ser o melhor, porque isso implica olhar com olhos de ver para dentro de nós e para a relação, podendo despertar emoções mais ou menos desconfortáveis, mas elas podem ser também a ponte para viver muitas outras surpreendentes.
É minha convicção que todos temos AGORA o poder de escolher viver a relação que queremos viver.
Dá trabalho? Dá!
Implica esforço? Muito!
É preciso coragem? É!
É possível? Sim!
Como?
A única forma possível:
Abrindo e deixando o seu coração falar, expressando o que sente e o que quer e descobrindo a dois o que está a impedir-vos de o conseguir Sentir e Viver.
Agora, depois… ou nunca. A escolha existe e é sua/vossa!
O mais importante é saber que pode/podem escolher neste momento, Amar e sentirem-se mais Amados!
E que esse incrível Poder não está do lado de fora e em nenhum bem material…
Está dentro da vossa mente e nas representações mentais, não as que têm, mas as que querem ter, a cada momento, da vossa relação. Imagina-se numa espécie de “miradouro” da sua própria mente. Que pensamentos surgem, que imagens vê sobre si, sobre o outro, sobre a sua relação? Que pensamentos e imagens gostaria de descobrir?
Sim, a forma como escolhe pensar e viver a sua relação é o que determina como se sente a cada momento.
Quer sentir algo diferente? Comece a pensar, fazer escolhas e a viver também de forma diferente!