Mais um capitulo importante na conquista do espaço.
A Blue Origin de Jeff Bezos, o patrão da Amazon, acaba de reenviar pela primeira vez um veículo para o espaço. Recorde-se que até o vaivém espacial desperdiçava os foguetões propulsores a cada viagem. Supostamente bateu a Space X de Elon Musk, patrão da Tesla e de mais umas poucas empresas inovadoras, que tem falhado nesse mesmo objetivo. Na prática, há diferenças fundamentais entre estes dois projetos que são pouco referidas.
A Blue Origin tem um foguete que leva uma cápsula, que há de ser tripulada, até cerca de 100 km da superfície terrestre. O foguete volta à base e pousa suavemente, a cápsula desce de paraquedas e ainda tem uns foguetes para amortecer o regresso. Serve para levar turistas a uns 4 ou 5 minutos de ausência de gravidade. A Virgin Galactic de Richard Branson também quer levar turistas que pagam, entre eles portugueses, neste caso com naves voadoras com asas e tudo, e parecia estar à frente de todos até ao acidente que matou um piloto de testes.
Foi, pois, um dos foguetes da Blue Origin que foi reutilizado e voltou ao espaço. No caminho chega a Mach 3, cerca de 3 vezes a velocidade do som.
Na Space X a ambição imediata é maior. Muito recentemente o seu Falcon levou 11 satélites que estão agora a orbitar a Terra, o primeiro dos andares voltou a descer para ser reaproveitado mas nenhum voltou a voar, e em plataformas marítimas têm o mau hábito de cair e explodir. Para fazer isto, colocar satélites em orbita, é preciso chegar a Mach 30, muito diferente.
A Space X é neste momento a empresa que tem mais voos contratados pela NASA dada a fiabilidade da tecnologia.
Os senhores desta corrida têm uma ideia muito concreta, a Terra já não é suficiente e chegou o momento de colonizar a sério outros planetas, se queremos sobreviver como espécie. Que sejam empresas privadas a tratar disto está de acordo com grande parte dos livros de ficção cientifica que li, mas eles não estão a brincar, nem sequer a especular, acreditam e puseram mãos à obra.
Entre as menos conhecidas das empresas que têm ambições semelhantes está a Bloon espanhola. Isso mesmo, a empresa é espanhola e tem tecnologia que pelo menos aos olhos de um leigo como eu parece muito interessante. Quer colocar satélites, sendo que a primeira fase da ascensão é toda feita num balão. Dizem que assim é mais seguro e que nem sequer lançam poluentes na atmosfera. Só a grande altitude os seus veículos disparam os tradicionais foguetes para conseguir colocar satélites em orbita. Para já ainda não o fizeram, mas prometem também viagens para turistas lá acima.
Quem tenha 110 mil euros para gastar pode comprar já o bilhete, e assim assegurar o preço numa viagem coletiva. Como não são tão politicamente corretos como os americanos oferecem a hipótese, por uma quantia não mencionada, de um casal ir lá acima em absoluta privacidade.
Romântico sem dúvida, mas a que preço?