A Amália só queria gravar com ele. O Hugo desapareceu este sábado. Mas prefiro contar-vos como me apareceu.
“Queres gravar com a voz da Amália? Então, tens de ir conhecer o Hugo Ribeiro.” Fui. Subi o prédio de sua casa no Largo Camões e no último andar, em que Lisboa aparece deslumbrante vestida de Tejo e calçada à portuguesa, não havia nenhum velho do Restelo pronto a mandar-me abaixo. Era o oposto, havia nele ainda o sonho do português que quis ir descobrir o Mundo e que sabe que há muito Mundo para descobrir. O sorriso era de orelha a orelha, assim como a gentileza. Falou-me de Nápoles, a sua favorita. De Vila Real de S.António, de Olhão, e claro de Amália. Tanto.
“Despertava muitas paixões!”, disse-me. Hugo, acho que o cupido o encarregou de preparar as setas para sempre. Obrigado por isso! Muito obrigado! Agora, silêncio… zás!