Pedro Nuno Santos, líder da oposição, disse no sábado, em Bragança, que Portugal “parece um bar aberto”, acusando o Governo de Luís Montenegro “de usar bem estes dez meses para tratar da vida dos seus autarcas em final de mandato”, uma vez que, segundo as suas contas, “mais de um terço dos autarcas em final do terceiro mandato já foram colocados no aparelho do Estado porque estão no final do terceiro mandato e não se podem recandidatar”. E deu exemplos, incluindo nas administrações dos hospitais, mais machadadas na triste gestão do Serviço Nacional de Saúde, sabendo todos nós que também o PS, nos seus tempos de governo, espalhava quadros do partido pelos organismos públicos.
Todos fazem o mesmo. E esta é a frase assassina que sempre foi dita com um encolher de ombros, quando não se vislumbrava alternativa governamental para lá do bloco central, mas que agora serve outros propósitos em tempos extremamente perigosos.