A menos de duas semanas das eleições americanas, é impossível arriscar num vencedor: nos estados decisivos, os chamados swing states, Kamala Harris e Donald Trump estão empatados. Ainda que a quantidade de informação disponível seja avassaladora (casas de apostas, sondagens, agregadores de sondagens…), nada é claro sobre quem vencerá, nomeadamente, na Câmara de Representantes. No Senado, os republicanos tendem a ser superiores e, portanto, mesmo que os democratas ganhem, também é provável que, no jogo político da governação, tudo continue bloqueado.
Ciente dos riscos que corre, o Partido Democrata tem tentado mobilizar o seu eleitorado mais tradicional. Os eleitores hispânicos, em particular os homens, podem ser decisivos, uma vez que a atual vice-presidente revela, neste segmento, um desempenho inferior ao de Joe Biden, há quatro anos. No princípio desta semana, Kamala Harris, que acaba de celebrar o seu 60º aniversário, fez campanha com a antiga congressista republicana Liz Cheney nos estados do Michigan, do Wisconsin e da Pensilvânia. Enquanto isso, Trump fazia-se fotografar a fritar batatas num McDonald’s, no Bucks County, também na Pensilvânia, numa tentativa de provocar a sua adversária, que disse ter trabalhado num McDonald’s durante a faculdade.