O JL falou com Bruno Pires Pacheco, secretário-geral da APEL, que nos revelou as novidades desta 85.ª edição.
JL: O que há de novo na Feira do Livro de Lisboa de 2015?
Bruno Pires Pacheco: Será a maior feira de sempre. Um crescimento de 10 por cento em quase todos os indicadores. Mais 15 pavilhões, 50 chancelas ou editoras. Existe um grande otimismo. E estamos organizar um ciclo de conferências internacionais, todas as quintas-feiras, com um orador estrangeiro, presidentes da principais associações do setor.
JL:Há uma ideia de internacionalização?
Pretende-se trazer as expectativas europeias, sobre os desafios, tendências e procupações do setor livreiro. Debater questões como a lei do preço fixo, os direitos de autor, o mercado único digital. É a primeira vez que fazemos uma iniciativa mais dirigida a profissionais.
JL: E para o público em geral?
Queremos que a feira seja um espaço para as famílias, que tenham contacto com os livros, mas também com outras experiências. No ano passado tivemos um primeiro passo para uma restauração mais variada, este ano haverá um reforço. E vamos ter um espaço para sessões de show cooking.
JL: E o espaço da feira, será idêntico?
Todo o figurino é muito idêntico ao do ano passado. Haverá uma exposição sobre o Orpheu, numa parceira com a Casa Fernando Pessoa, que ocupa 60 m2. Vamos manter o passadiço, com o auditório em sítio de destaque. O ano passado todos os equipamentos foram renovados. E este ano tivemos um acréscimo de pedidos para a realização de eventos no auditório.
JL: E que outras iniciativas?
Destaca-se o programa Acampar com histórias, em que 140 crianças entre os oito e os dez anos vão poder passar a noite na feira do livro. Há um empenho redobrado da rede de bibliotecas da Câmara de Lisboa, que aumentou o seu espaço e o seu envolvimento na colaboração cultural, muita dela dirigida às crianças, com ateliers de pintura, leituras de contos, etc. A Fundação Francisco Manuel dos Santos, por seu lado, vai ter uma praça própria (sem ser em exclusivo), onde vai lançar, no dia 13, a revista Risco, com a presença de Filipe Petit, o homem no arame. E durante esse dia as duas torres do relvado central vão estar ligadas por um cabo, e um conjunto de equilibristas vai fazer travessias. Haverá também o primeiro encontro literário, organizado com um conjunto de bloggers, semelhante ao picnic literário do ano passado: reúnem-se adeptos da literatura com conversas informais sobre livros. Enfim, este ano vamos bater um recorde, ultrapassando as mil iniciativas.
E com isso esperam mais público… O ano passado ultrapassamos o meio milhão de visitantes, este ano é nossa ambição chegar os 600 mil. Não que isto aporte maior valor à feira, mas é um reconhecimento de que está mais apelativa e que conseguimos conquistar novos públicos. A Feira do Livro vai ter um crescimento de 10 por cento em quase todos os indicadores.Vamos ultrapassar as mil iniciativas.