Já pensou em produzir energia apenas… caminhando? Filipe Casimiro, 24 anos, e Francisco Duarte, 26, pensaram. Foi com esta ideia de aproveitar a energia cinética que a dupla de mestres em engenharia eletromecânica, da Universidade da Beira Interior, venceram a segunda edição do Prémio Inovação EDP Richard Branson – VISÃO/Exame, entregue hoje, 16, no Museu da Eletricidade.
Um protótipo da Waynergie instalado na sala punha a ideia em prática: o simples ato de caminhar sobre as placas fazia acender as luzes do aparelho. O objetivo, agora, será instalar equipamentos com este princípio em locais de muito movimento de pessoas (centros comerciais, por exemplo) e de carros (estradas ou parques de estacionamento). A energia produzida varia entre 10 watts e 60 watts.
O segundo prémio foi atribuído a um sistema que aproveita aqueles litros de água que desperdiçamos enquanto esperamos que chegue a água quente, batizado de Ecowater. Em média, diga-se, cada pessoa desperdiça seis litros de água por dia, desta forma, o que se traduz em 13 mil milhões de litros por ano em Portugal (o equivalente a 9 200 piscinas olímpicas).
A cerimónia foi apresentada pela jornalista da SIC Andreia Vale e contou com as participações de António de Almeida, presidente do Conselho Geral e se Supervisão da EDP, Pedro Norton, vice-presidente da Impresa, Carlos Zorrinho, secretário de Estado da Energia e da Inovação, e António Vidigal, presidente da EDP Inovação. O júri, tal como no ano passado, foi presidido pelo entrepreneur inglês Richard Branson, a quem coube a difícil tarefa de escolher o vencedor entre os dois finalistas, depois de uma primeira seleção que incluía 37 projetos.