A pandemia congelou negócios e baralhou os planos de muitas empresas mas algumas conseguiram reajustar-se e até crescer na adversidade. O grupo Himo, representado por cinco empresas que abrangem diversos setores do mercado imobiliário, é um bom exemplo.
O grupo que já detinha a Habita (a primeira unidade do grupo a ser fundada, em 2012 e direcionada para a mediação imobiliária), a empresa sitio, que gere espaços de coworking e a Roots, promotora imobiliária, resolveu, em plena pandemia, avançar para a criação de mais duas empresas – a Feitoria, no segmento da Gestão de Ativos imobiliários, em 2020 e, em 2021, a CM Quadrado, na área da Construção e Manutenção de Espaços. O objetivo, sublinha à Visão, o CEO do grupo Himo, José Pedro Pinto, “é oferecer um serviço chave-na-mão, tirando partido da economia de escala”.
Graças a esta presença em vários segmentos do imobiliário, o grupo espera alcançar este ano cerca de 11,5 milhões de euros no seu volume de negócios, depois de uma faturação de 7,5 milhões de euros em 2021.
Nas cinco unidades de negócio, a Roots, especializada na promoção imobiliária, é aquela com mais representatividade (cerca de 45% do total da faturação do grupo), com várias obras em curso, entre as quais os últimos lotes do empreendimento Campo Real, em Torres Vedras ou o Batalha Residence, edifício situado na icónica Praça da Batalha, no Porto, entre outros projetos.
Mas, e apesar da promoção imobiliária absorver a maior fatia da faturação é, contudo, a área de espaços de coworking, gerida pela empresa sitio, a que mais cresce.
A nova normalidade que resultou do surto de Covid-19 e que consolidou o teletrabalho está a ter um impacto positivo nesta atividade e a empresa gere atualmente 15 espaços de coworking (num total de 1500 postos de trabalho) e mais cinco em co-living, nas cidades de Lisboa, Porto, Lisboa, Setúbal e Aveiro.
“Dentro do grupo, a unidade com maior impacto no último ano foi a empresa sitio, principalmente devido aos espaços de coworking. A verdade é que a pandemia trouxe uma mudança de paradigma em relação aos escritórios ao permitir a deslocalização das pessoas. Muitas PME’s não querem assumir contratos de arrendamento de longo prazo e estão a optar por escritórios partilhados. Antes da pandemia tínhamos nove espaços e atualmente temos 15”, conta o responsável. Dois desses espaços (um em Aveiro e outro nas Laranjeiras) eram edifícios de escritórios tradicionais foram transformados em espaços de trabalho partilhados.
A acompanhar investidores nacionais e estrangeiros que estão a apostar nestes ativos alternativos, a empresa sitio detém atualmente mais de 17 mil metros quadrados em gestão, sendo o player com maior número de espaços por localizações em Portugal.