A pandemia não conseguiu abalar o setor da construção apesar do efeito devastador que tem tido na economia. Isso mesmo confirmaram os números do Instituto Nacional de Estatística e destacados pela Associação dos industriais da Construção Civil e Obras Públicas (AICCOPN) na sua análise conjuntural onde se revela que no primeiro trimestre do ano o Investimento em construção destacou-se por manter o dinamismo dos trimestres anteriores, apresentando um crescimento de 6,4% em termos homólogos, enquanto o PIB registava uma variação homóloga de -5,4%, refletindo os efeitos do confinamento geral do início deste ano. “De igual forma, o VAB do ramo Construção destacou-se das outras atividades, com um crescimento de 4,5%, em termos homólogos”, refere-se no documento.
Ao nível do licenciamento de obras de construção pelas câmaras municipais, no 1º trimestre de 2021 apurou-se um crescimento de 4,7%, em resultado de um aumento de 8,6% na habitação familiar e de uma contração de 4,9% nos outros edifícios, em termos homólogos. Relativamente aos fogos licenciados em construções novas, totalizaram 6.569 neste primeiro trimestre de 2021, o que traduz uma variação de 3,1% face aos 6.370 licenciados no trimestre homólogo.
Relativamente à avaliação bancária na habitação, no mês de abril de 2021, observou-se uma aceleração do ritmo de crescimento que fixou um novo máximo histórico, com um aumento de 8,0%, em termos homólogos.
Também o consumo de cimento no mercado nacional, nos primeiros 4 meses de 2021, registou um crescimento de 11,5% face a igual período do ano passado, totalizando cerca de 1,25 milhões de toneladas.
Já no segmento da engenharia civil, nos primeiros 4 meses de 2021, assistiu-se a uma atenuação da variação negativa no montante dos concursos de empreitadas de obras públicas promovidas que, com um volume de cerca de 1.381 milhões de euros, traduz uma redução de 29% face ao período homólogo de 2020, recuperando, assim, face à variação de -42% verificada no mês anterior.