Foz e Nevogilde, Aldoar e Miragaia, Vitória, São Nicolau e Sé, são as freguesias do Porto onde a habitação é mais cara. De acordo com dados da Engel & Völkers, imobiliária multinacional alemã de mediação de imóveis de luxo, o preço por metro quadrado nestas zonas pode ascender até aos 5 mil euros.
No que se refere às habitações de luxo, 55% dos compradores no Grande Porto são portugueses, segundo o relatório da Engel & Völkers. Os clientes nacionais com mais capacidade financeira procuram comprar na zona da Foz, Nevogilde, Marechal Gomes da Costa ou na Avenida da Boavista e são na sua maioria famílias, com compradores entre os 40 a 45 anos, que procuram habitações para viver ou aproveitar a época sazonal.
Estrangeiros representam 45% dos compradores
Os investidores estrangeiros dividem-se em várias nacionalidades. O cliente francês é quem mais investe e representa 15% dos compradores no Grande Porto. Estes clientes procuram habitações na zona histórica, na baixa do Porto, onde o investimento se traduz maioritariamente na reabilitação de casas.
Do outro lado do Atlântico chegam os investidores brasileiros, que representam 12% dos investimentos. Estes investidores procuram essencialmente habitações em toda a zona costeira do Porto, Matosinhos e Gaia. Casas com vista para o mar e apartamentos em condomínios são a preferência deste tipo de cliente. Já os ingleses (5%) investem mais na zona da Foz, próximo do colégio britânico, mas também na zona da baixa do Porto, enquanto os alemães (4%) procuram por casas mais contemporâneas na zona da Foz.
Clientes suíços e espanhóis também estão entre os investidores mais ativos no imobiliário residencial do Grande Porto, com os espanhóis também a procurarem oportunidades na área de hotelaria.
“Os compradores estrangeiros têm no geral mais de 50 anos e os investimentos são movidos pela sua vida profissional. Ao nível das habitações procuram maioritariamente casas ao ar livre de forma a aproveitar o bom tempo. Procuram por casas espaçosas com acesso a jardim e terraços. Na maioria são penthouses”, refere-se no relatório da Engel.
“O imobiliário no Grande Porto tem vindo a crescer consideravelmente. Os investidores cada vez mais procuram a reabilitação de imóveis para residência fixa, especialmente nas zonas costeiras. Miramar, Granja, Foz e Matosinhos são zonas que têm tido uma grande reabilitação o que tem levado a uma forte procura internacional e também com que haja um maior investimento nos arredores da cidade do Porto. Cada vez mais se notam menos diferenças entre o Porto e as áreas circundantes”, refere Gustavo Soares, Managing Director da Engel & Völkers Porto.
Na zona da Foz, os preços das casas vão desde 280 mil a quase 400 mil euros para apartamentos T2; já as moradias ascendem até 3,5 milhões de euros. Em Aldoar o preço dos imóveis oscila entre os 250 mil euros e os 900 mil de euros. Em Nevogilde um apartamento de tipologia T4 pode custar 1,6 milhões de euros, enquanto uma moradia pode atingir perto de 3 milhões de euros.
Na zona histórica do Porto a oferta de imóveis grandes é escassa: os apartamentos, em regra, têm um e dois quartos entre 60 e 110m2, com cozinhas abertas e localizados em áreas perto do Rio Douro. Na zona mais ocidental do Porto existem mais moradias isoladas, e podem ter jardins e vistas abertas.