Após anos de marasmo, a Alta de Lisboa parece ter voltado, em grande, às vendas de casas. A falta de oferta nova na capital a preços acessíveis às bolsas dos clientes nacionais parece ser a principal razão para o sucesso de vendas do projeto Altear que está a ser construído nesta zona da cidade e que no total, prevê a edificação de 500 novas casas.
O primeiro edifício Altear (o Lago Altear) foi lançado no ano passado, tem 101 apartamentos e tem já cerca de 90% dos apartamentos vendidos. Em setembro deste ano, a Solyd, o promotor, começou a comercializar também o Life Altear com mais 85 casas, sendo que cerca de 30% já estão reservadas. Agora, volvidos apenas dois meses, foi formalmente lançado o terceiro edifício com mais 50 apartamentos.
A proximidade do metro, os acessos diretos à Segunda Circular, as zonas verdes e comerciais próximas e um preço mais enquadrado aos rendimentos dos portugueses para uma habitação a estrear, para ser a fórmula de sucesso para os resultados conseguidos até agora, apesar dos tempos incertos de pandemia.
Com valores a partir dos 259.000 euros (T2), o Vista Altear está a ser construído para ser um edifício eco-friendly, garantem os promotores. Para garantir a certificação energética A, as habitações beneficiam de um sistema de climatização “de elevado rendimento”, de um sistema de aquecimento de água com apoio de painéis solares e os lugares de estacionamento privativo já têm pré-instalação para veículos elétricos, entre outros detalhes construtivos.
Como já começa a ser uma tónica comum entre os novos edifícios que estão a surgir no mercado nacional para as classes média/média alta, também o Vista Altear vai ter um ginásio privativo equipado, um jardim exterior e uma sala para organizar eventos especiais ou para trabalhar remotamente, uma ‘marca’ dos novos tempos pós-pandemia. E ainda um luxo-extra: no último piso, os residentes terão acesso exclusivo a um rooftop com piscina, com vista panorâmica para a cidade, lago e jardim.
Quando o projeto estiver totalmente terminado, a Solyd (que resulta de uma joint-venture entre a Estoril Capital Partners e o European Principal Group da Oaktree Capital Management) terá construído cerca de 500 apartamentos e vários espaços comerciais, ocupando uma área total de construção superior a 120.000 m2, com a assinatura dos arquitetos Miguel Saraiva e Arnaldo Pimentel Barbosa.
Recorde-se que a Alta de Lisboa nasceu do sonho do empresário Stanley Ho que queria construir uma mini-cidade dentro da capital. Entre as infraestruturas de apoio à área residencial acordadas então com a autarquia de Lisboa já foram construídas escolas, uma igreja, o centro de apoio comunitário, o estádio da Alta de Lisboa, a pista de atletismo Moniz Pereira (sob a alçada da autarquia) e ainda uma esquadra de polícia e um quartel de Sapadores de Bombeiros, entre outros equipamentos.