O projeto Jardim Miraflores composto por três edifícios e promovido pela empresa belga Krest Real Estate já tem 58% das 119 unidades vendidas, um mês e meio depois da abertura do stand de vendas. 75% das vendas foi assegurada por portugueses.
“Continuo impressionado com o dinamismo do mercado. Ficámos surpresos com a velocidade, mas não com o sucesso do nosso projeto que responde às necessidades do mercado português”, disse à Visão Imobiliário Claude Kandiyoti, administrador da Krest, acrescentando que neste momento, o edifício Villa Iris já está 100 % reservado, enquanto o Lotus Living tem 80% reservado e a Torre Girassol conta com 47% de reservas.
Neste que foi o primeiro projeto residencial desenvolvido pela promotora belga em Portugal foram investidos 55 milhões de euros para construir os três edifícios com tipologias T1 a T4, áreas entre 60 e 274 m2 e valores entre os 233 mil e os 765 mil euros.
Além dos portugueses, os estrangeiros representam mais de 25% das vendas, sendo maioritariamente brasileiros, chineses e angolanos. Mas também franceses, holandeses, espanhóis e moçambicanos.
Questionado sobre a perspetiva de ocorrerem mudanças em breve no programa dos vistos Gold que passará a estar interdito nas Áreas Metropolitanas de Lisboa e do Porto (abrangendo por isso projetos como o Jardim Miraflores), o promotor admite que ficou “surpreso”, lembrando que “Portugal foi salvo durante a crise pela resiliência do povo português e pelos investimentos estrangeiros maciços (através do Golden Visa / Golden Tax e outros incentivos)”.
“Hoje o país, apesar do seu crescimento, ainda depende muito desses investimentos estrangeiros até porque 50% das vendas residenciais premium em Lisboa são para estrangeiros dos quais a maioria é via Golden. Admira-me que a cidade esteja mais interessada em limitar essa renda importante, em vez de abordar o problema da habitação acessível dedicando terrenos ao desenvolvimento de casas acessíveis para os portugueses que não podem aceder ao mercado principal”, reforçou ainda Claude Kandiyoti.
A Krest Real Estate Investments vai estar em presente na maior feira de imobiliário do mundo, o MIPIM, que se vai realizar entre os dias 10 e 13 de março, no Palais des Festivals, na cidade de Cannes, em França.
Com vários ativos em Portugal, a empresa liderada por Claude Kandiyoti, pretende mostrar em Cannes os projetos que tem neste momento em Lisboa, em fase de construção e comercialização: para além do Jardim de Miraflores, o Hotel Moxy Lisboa Oriente e a torre de escritórios, a K-Tower Lisbon Business Center.
Será também no MIPIM que a Krest irá apresentar pela primeira vez o projeto para um terreno situado na área de Campanhã, muito perto da estação de comboio. O edifício de uso misto de escritório / residencial e serviços faz parte da estratégia de expansão da empresa.
“O Porto é uma cidade muito dinâmica e aqui a nossa estratégia de investimento é a mesma de Lisboa – investir em áreas que ainda não estão desenvolvidas, mas que apresentam grande potencial, criando produtos que não existem no mercado”, sublinhou o responsável, reforçando que a “Campanhã é uma zona totalmente subdesenvolvida, mas que acaba por ficar na interseção de um grande centro com a sua estação (a porta do Porto em direção a Lisboa)”.