O setor imobiliário ganhou nos últimos cinco anos uma escala nunca vista em Portugal, razão pela qual há muito que uma boa parte dos intervenientes clamava por um ministro para a tutela. E à quarta remodelação o apelo tomou forma tendo sido conduzido para o cargo de ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, que até agora assegurou a pasta de secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares.
A saída de Pedro Marques, que tutelava o ministério do Planeamento e das Infraestruturas, para liderar as listas do PS às Europeias, deu lugar à criação de um super-ministério.
Assim e com Pedro Nuno Santos a liderar, junta-se Ana Pinho que se mantém como secretária de Estado da Habitação, Jorge Moreno Delgado como secretário de Estado das Infraestruturas e Alberto Souto de Miranda como secretário de Estado Adjunto e das Comunicações.
Numa altura que a discussão sobre o novo pacote de habitação está na ordem do dia (onde se inclui a recente medida do direito à habitação vitalícia ou o agravamento do IMI para os prédios devolutos), Pedro Nuno Santos consolida o seu poder numa área que já acompanhava e que deverá ser prioritária até ao final da legislatura.
Licenciado em Economia pelo ISEG (Instituto Superior de Economia e Gestão) e natural de São João da Madeira, Pedro Nuno Santos, iniciou a sua atividade política na Juventude Socialista (JS) aos 14 anos. Entre 2004 a 2008, torna-se secretário-geral da JS.
Atualmente, aos 41 anos, é um sério candidato ao lugar de António Costa. Alinhando pela ala esquerda dos socialistas referia, há cerca de duas semanas, num encontro organizado pela organização ‘Porto com Norte – Fórum de Cidadania’ que esta legislatura à esquerda está a permitir provar que é possível “ultrapassar muros e trabalhar em conjunto”.
Durante anos, sublinhou, na ocasião , “tentaram fazer os portugueses acreditar que não era possível viver melhor, mas, contrariamente ao que diziam, o Governo conseguiu provar, nestes três anos, que não só os portugueses têm o direito de viver melhor, como é mesmo possível viver melhor em Portugal”.