“Os gurus da produtividade transmitem a ideia de que se pode ir mais longe com esforço. As pessoas cedem à pressão e interiorizam o perfecionismo, acabando por explorar-se a si mesmas”

Foto: Leigh Dedhar

“Os gurus da produtividade transmitem a ideia de que se pode ir mais longe com esforço. As pessoas cedem à pressão e interiorizam o perfecionismo, acabando por explorar-se a si mesmas”

Encontramo-nos online, no dia e na hora marcada, com o especialista mundial em perfecionismo. Thomas Curran, 37 anos, recebe-nos numa casa de madeira situada no jardim da residência dos pais, em Wellingborough, no Reino Unido. Este tem sido o seu escritório temporário até que sejam concluídas as obras de renovação da sua habitação, em Londres.

Através do ecrã vislumbram-se, nas paredes, uma bicicleta e um jogo de dardos. “É bom para divertir e aliviar tensões”, observa o professor universitário do Departamento de Ciências Psicológicas e Comportamentais, da London School of Economics.

Note-se que o autor de A Armadilha da Perfeição – Por que razão o ótimo é o maior inimigo do bom (Presença, 264 págs., €17,90) convive há tempo suficiente com o “nosso defeito favorito”. Os seus leitores e visitantes nas plataformas digitais – a sua TED Talk, no YouTube, proferida no final de 2018, tem mais de três milhões de visualizações – são desafiados a questionar a rotina implacável e exaustiva de perseguir a perfeição, esse ideal que nos impomos, e, em vez disso, contemplar a “humanidade comum”.

Curran, que tem um filho com dois anos e se prepara para receber mais um novo membro na família, em março, está inclinado a considerar que o caminho para uma saúde boa e uma vida satisfatória pode muito bem estar na aceitação plena das nossas imperfeições.

Vai ser pai pela segunda vez. O que pode acontecer se os pais tiverem a fantasia de ser perfeitos?
Aprendi que, quando se tem filhos, a prioridade é dar-lhes atenção e protegê-los. Deixa de haver lugar para trabalhar demais ou pensar demais e a postura narcisista, em que se é o centro do universo, também já não é possível, pois os filhos ocupam esse lugar. Por mais difícil que seja, é libertador não se importar com coisas que antes eram as mais importantes de todas, elas passam a não ter importância nenhuma.

Como foi ser doutorado em Psicologia e confrontar-se com o seu perfecionismo, durante e depois da escrita do livro?
Na verdade, nunca esperei fazê-lo, dei por mim num mundo de palestras TED e coisas do género, quase contra a minha vontade. Não consegui recusar porque era pobre e o valor que me ofereciam era bom, era um meio para atingir um fim e acabou por ser gratificante. Sair da minha zona de conforto e sentir-me como peixe fora de água foi assustador: tinha o medo constante de que as pessoas achassem que eu não era bom a escrever, a falar ou a fazer investigação. Ou que não passava de um impostor que seria descoberto.

Chegou a ter ataques de pânico. Como é sentir-se perseguido, envergonhado ou culpado de forma indiscriminada, como se houvesse um Big Brother?
Não é tanto um Big Brother, pois fazemos isto a nós mesmos e isso é que intimida. Em tempos mais remotos, trabalhávamos por dever, por obrigação, era isso que nos permitia sobreviver. Bastava ter um nível de vida razoável, filhos, um pouco de terra e era suficiente. Hoje, as expetativas são muito além do razoável, a tendência é ser muito autocrítico, esforçar-se em demasia. Os mais jovens estão constantemente a monitorizar-se, a vigiar-se e, até, a castigar-se. Convertem-se no seu próprio Big Brother.

Na prática, podem ser influenciadores e reféns dos ideais de perfeição ao mesmo tempo. É isso?
Sim, chamo-lhe a tirania do “poderia”. Os gurus da produtividade transmitem a ideia de que se pode ir mais longe com esforço. As pessoas cedem à pressão e interiorizam o perfecionismo, acabando por explorar-se a si mesmas.

Afirma que 40% do seu perfecionismo foi herdado dos seus pais. Em que se baseia para afirmá-lo?
As evidências científicas mostram que cerca de metade daquilo em que nos tornamos é fruto da genética, tanto pela via dos métodos de investigação social e observacional como nos da psicologia biológica e nos estudos com gémeos.

Por que razão o perfecionismo socialmente prescrito é pior do que aquele que dirigimos a nós ou impomos a terceiros?
Parte-se do princípio de que é preciso corresponder às exigências externas, sejam as expetativas dos outros ou das redes sociais e da televisão. Isso implica estar num modo hipervigilante, focado no desempenho e na aparência. Cria-se uma máscara hiperfuncional, atrativa e idealizada, na qual cabe tudo aquilo que se acredita que vale a pena ser aos olhos dos outros. Depois, quando as coisas correm mal na relação com o mundo – como vai acabar por acontecer –, isso gera muita ruminação, preocupação e emoções negativas. E solidão, porque as interações não são autênticas e a autocrítica leva ao afastamento, que é uma defesa para evitar sentimentos de culpa ou de vergonha, que surgem caso se seja alvo de uma avaliação externa negativa.

E se chegar à conclusão de que boa parte das pessoas está demasiado ocupada consigo própria ao ponto de nem se aperceber da presença das outras?
Essa é a ironia, perceber que ninguém repara em si nem se importa. Em certa medida, pode ser mais sombrio e ameaçador perceber essa indiferença, ou falta de pertença. Muitos jovens lutam contra essa falta de sentido, de identidade e de algo maior do que eles próprios.

Trata-se de um problema coletivo? E o que está na sua génese?
Os níveis médios de perfecionismo estão a aumentar para todos e os dados das investigações feitas neste campo sugerem que a questão não se ultrapassa com terapia individual e dicas. Os problemas que temos na sociedade são sistémicos, não individuais. Olhando para os jovens, como é que uma única geração entra em combustão espontânea e se desfaz como frágeis flocos de neve? As mudanças na sociedade e na cultura levam a isso, não o contrário. Contudo, há quem não o entenda. O meu livro foi mal recebido nos EUA. Posso admitir que não seja um bom livro, mas entendo que os norte-americanos não conseguem ultrapassar a cegueira cultural em torno do primado do indivíduo, sem lhes ocorrer os conceitos que tanto valorizam podem ser a raiz dos problemas que grassam lá.

Porque isso acontece no país que cultiva os ideais da meritocracia e da riqueza?
A causa do que corre mal está sempre noutro lado: nas redes sociais, na Rússia, na China, nunca em sede própria, porque atribuí-lo ao grande imperativo do capitalismo implica um questionamento sério e não creio que a sociedade norte-americana esteja preparada para o fazer. É bem mais seguro culpar o indivíduo e não o sistema. Mas eu resisti a essa pressão e o livro espelha os dados que encontrei e que as pessoas precisam de ler, por mais desconfortáveis que sejam.

Falando de desconforto, como encara a indústria do bem-estar?
Enquanto houver pessoas descontentes, a indústria da autoajuda vai continuar a prosperar. Esse é o paradoxo: para que o negócio se expanda, é preciso pessoas doentes e, infelizmente, há muitas no mundo ocidental.

Os jovens são a fatia da população mais vulnerável? A sua investigação mostra que o perfecionismo aumentou 7,2%, em três décadas, entre os estudantes universitários.
Os nossos antepassados justificavam a existência a partir de Deus. Na psicologia dos nossos pais, o capital, o trabalho e a ética tinham um papel central. Nas novas gerações predominam as preocupações perfecionistas. Ficar obcecado com o comportamento – se é suficientemente bom aos olhos dos outros – é um mecanismo compensatório que espelha sentimentos de falha, de estar sozinho no mundo e não ter significância nele. Noutros tempos, havia substitutos de significado, como a igreja, os deuses, a ligação com a terra e os rituais tribais. Hoje não: façam o que fizerem, e sem terem qualquer controlo sobre os resultados, os jovens ficam ansiosos e preenchem freneticamente o tempo com atividade. As redes sociais distraem-nos da impotência e da perceção de estar em défice, porque não estão enraizados, nem sentem que importam ou têm um propósito maior.

Os pais podem fazer parte do problema, pelas expetativas que depositam na descendência?
No livro sublinha que aumentaram 8,6% em 30 anos.
Sempre existiram vários tipos de parentalidade. O nível de expetativa no plano académico é que é diferente e tende a ser maior nos agregados mais ricos, que sentem ser irresponsáveis se não pressionarem os filhos para evitar, desse modo, que fiquem para trás num mundo progressivamente competitivo. 

Ficar obcecado com o comportamento – se é suficientemente bom aos olhos dos outros – é um mecanismo compensatório que espelha sentimentos de falha, de estar sozinho no mundo

Não deixa de ser curioso que a necessidade de ser alguém e a síndrome do impostor coexistam, sobretudo na cultura norte-americana.
Se tudo se resumir a ter uma fachada perfeita para o mundo, é expectável que isso traga consigo a impressão de ser uma fraude, porque sabe que a imagem que transmite não corresponde a si e, no fundo, não tem um sentimento de pertença, o que leva a mais perfecionismo.

Como tem sido consigo?
Noto que o Reino Unido está a americanizar-se, mas não entro nisso. Gosto de ler, não tenho televisão, não estou nas redes sociais, exceto o LinkedIn, para me manter ligado ao mundo profissional, mas a consequência disso é ficar distanciado da minha cultura popular. A nossa cultura moderna tornou-se assim. Assuntos triviais e pessoas que não pensam mais profundamente. Ler as obras de grandes pensadores, como Erich Fromm [psicanalista e filósofo alemão], permite compreender melhor porque a cultura moderna se tornou tão superficial. Isto é crítico, porque quem fala com mais profundidade sobre um tema pode ser considerado um maníaco. Já me aconteceu sentir-me estranhamente isolado e hiperconsciente durante palestras em plataformas digitais, por não ter a certeza se os outros iriam entender-me ou odiar-me, caso dissesse algo com que não concordassem. Isso pode ser bastante assustador.

Depois dos resultados das eleições norte-americanas, sente que isso se agravou?
Eu não iria para os EUA.

Enquanto pai, o que lhe faz mais sentido, para não cair no registo ilusório e problemático de alcançar a perfeição?
É muito difícil ser pai e as pessoas devem seguir os caminhos que lhes pareçam mais adequados. Contudo, sugiro que eduquem os vossos filhos a usar a tecnologia de forma responsável, o que se aplica aos telemóveis e às aplicações de redes sociais. Procuro afastar o meu filho da cultura consumista, limitando ao máximo o tempo de ecrã. É difícil, mas muito gratificante conseguir estar confortável consigo mesmo, algo que a televisão nos retira, na medida em que nos distancia de nós e do que sentimos. Acho importante que as crianças possam expressar o que sentem e se sintam confortáveis ​​​​nesse desconforto.

Em que sentido?
Na vida, nem tudo é perfeito. Em momentos desconfortáveis, encorajar os jovens a pensar neles e de forma justa é algo que está ao alcance dos pais. Ao fazê-lo, estão a permitir aos filhos que aprendam a familiarizar-se consigo mesmos, em vez de distraí-los. Dessa forma – e acredito firmemente nisso –, estaremos a dar-lhes ferramentas para serem humanos mais felizes. A aceitação incondicional é outra coisa que pode fazer a diferença: os miúdos precisam de limites e de estrutura e, quando se portam mal, é importante que isso tenha consequências, mas dando-lhes a saber que os amam, independentemente de se saírem bem ou mal, na escola, por exemplo.

O perfecionismo é, portanto, inimigo de uma boa parentalidade?
A partir do momento em que o amor depende de condições, as crianças aprendem isso rapidamente e passam a medir o seu valor em função do comportamento; se não se portam como é esperado, não são dignas de aprovação nem merecedoras de amor. Uma boa maneira de lidar com os erros é minimizá-los e partilhar valores com os filhos para que percebam que isso é normal e tentar não ficar ansiosos com isso. Enquanto pais, não queremos que eles caiam, mas às vezes é preciso deixá-los cair. Não é fácil ser pai e é por isso que não gosto de dar dicas!

Passando para a idade adulta, como evitar o “sacrifício no altar do trabalho”, que refere no livro?
Esta ideia é defendida por pensadores como Byung-Chul Han [filósofo e ensaísta sul-coreano] e, mais uma vez, Erich Fromm: para que a sociedade funcione, as pessoas têm de fazer o que fazem e que, no essencial, se traduz na autoexploração voluntária. O truque do sistema é convencer as pessoas a esgotarem os seus recursos num registo permanente, vendo nisso um ideal a perseguir. Porém, de que serve ver no trabalho uma medalha de honra, dedicando-lhe muitas horas e tentando agradar às chefias? A esfera laboral, que encara estes comportamentos ridículos como virtudes, é um difusor da perfeição, mas quem ganha com isso?

Será uma lógica perversa?
Olhando para a espécie humana, o trabalho é vida, na medida em que confere um sentimento de realização e propósito. No mundo capitalista, isso não acontece e tudo se resume a fazer o máximo para ganhar o máximo e gastar o máximo no mais curto espaço de tempo possível. Só existe ocupação frenética e neurótica.

Se a autossuficiência é um mito e o frenesim é doença, como se põe fim a isso?
Estamos diante de uma falsa promessa. Um dia vamos perceber que mais trabalho e produtividade não valem a pena se forem à custa da saúde e da felicidade. Os europeus, desprezados pelos norte-americanos, que lhes apontam falta de dinamismo e de crescimento económico, compreendem isto melhor do que ninguém. Talvez não queiram pôr em risco a saúde e o bem-estar dos seus nem trabalhar 60 a 70 horas semanais, sacrificando o tempo em família, tendo concluído que aquilo que ganham não compensa.

Prevê que isso aconteça nos próximos tempos?
É uma mudança de paradigma social, que pode dar-se a partir da base para o topo e resultar em coisas como o rendimento básico universal e projetos orientados para indicadores de desenvolvimento social, em detrimento do PIB, que contemplam as áreas da educação, bem-estar mental e esperança de vida saudável. Talvez a era Trump possa expor as desigualdades no sistema e o absurdo das economias focadas no lucro e nada mais. Tenho esperança nisso.

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