“É provável que estejamos programados para consumir drogas”

Foto: Marcos Borga

“É provável que estejamos programados para consumir drogas”

Um dos maiores especialistas na história do consumo de drogas no Ocidente, o autor britânico Mike Jay mostra um interesse incansável num tópico que tem suscitado debates apaixonados e viscerais ao longo dos tempos e que começa a ser abordado com a dignidade que merece. Estamos a falar de psicadélicos e do homem que dedicou boa parte da vida a decifrar os seus bastidores, com destaque para a cultura médica e a investigação da mente humana. Em Psiconautas: As Drogas e a Formação da Mente Moderna (Livros Zigurate, 392 págs., €24,20), os leitores podem encontrar histórias insólitas ligadas à experimentação autodidata de substâncias psicoativas e de que forma tiveram um papel crucial nos avanços científicos.

Na sua passagem por Lisboa, o investigador associado do Health Humanities Centre da University College London e curador da Bethlem Art and History Collection conversou com a VISÃO sobre as incursões realizadas aos quartos escuros da natureza humana e mostrou-se esperançoso no que diz respeito à forma como a sociedade civil e a comunidade científica estão a encarar o potencial dos psicadélicos, contribuindo para o fim do estigma e a emergência de um novo paradigma.

Como surgiu o interesse no estudo das drogas, sobre as quais escreve há tantos anos?
Nos anos 1990, quando emergiu a internet, era jornalista e dei-me conta da existência de grupos online que falavam sobre qual a experiência que se tinha com substâncias psicoativas e o que motivava o seu consumo, com uma abordagem bem distinta da que prevalecia nos média, que falavam do problema das drogas e das formas de combater a adição e o crime. Essa constatação motivou-me a ler obras escritas por quem fazia parte dessa comunidade, como Timothy Francis Leary (psicólogo, futurista e defensor das vantagens terapêuticas do LSD), Terence McKenna (etnobotânico e psiconauta) e outros. Decidi, então, que estava na altura de mudar o registo da conversa, pois apesar de as drogas fazerem parte da cultura dominante, isso não se refletia em tudo o que era escrito e divulgado, que se limitava a uma postura a favor ou contra.

O que descobriu ao longo destas décadas de investigação?
Interessei-me por curiosidades do ponto de vista histórico e antropológico. Uma das coisas interessantes que encontrei teve a ver com os relatos de experiências com drogas, por parte de Charles Baudelaire, Théophile Gautier e amigos. Vi que por trás destas histórias havia, quase sempre, alguém do universo científico ou médico. Foi o caso do psiquiatra Jacques-Joseph Moreau, que descobriu o haxixe quando trabalhava no Egito e decidiu divulgá-lo no meio artístico, nas reuniões do Clube dos Hashischins, no século XIX. Entretanto, as mudanças sociais e na cultura dos média permitiram que as drogas deixassem de ser um assunto marginal, como eram até então, e saíssem, aos poucos, do descrédito a que estavam votadas.

Pode dizer-se que era um fenómeno das elites ou nem por isso? 
Nos meus trabalhos de campo, conheci pessoas de vários níveis sociais. Porém, cumpre-me destacar figuras conhecidas como Havelock Ellis, que, sendo médico, psicólogo e crítico de arte, estava muito interessado no funcionamento da mente. Quando descobriu o peiote, ficou fascinado e escreveu dois artigos sobre o assunto. O primeiro, publicado na revista The Lancet, era sobre os efeitos do cato em termos médicos. Mais tarde, publicou uma longa crítica literária, descrevendo a experiência das visões que teve, de forma bela e detalhada, como se se tratasse de uma exposição de arte.

Verificamos que, ao longo da História, e praticamente em todas as culturas, era utilizado algum tipo de substância psicoativa. A universalidade do apelo pelas drogas leva-me a supor que o seu uso é prévio aos humanos

De que falamos quando falamos de psiconautas, termo popularizado na década em que o Homem foi à Lua?
A designação aparece numa obra de ficção alemã de Ernst Jünger, publicada nos anos 1940, em que os protagonistas investigavam o futuro e tomavam substâncias com o intuito de explorar novas partes do espaço mental. Décadas depois, o termo foi adotado por pessoas que não se consideravam meros consumidores de drogas e pretendiam ir mais além no que consideravam ser um caminho de descoberta pessoal. Por isso, recuperei a palavra e quis mostrar que muito do que hoje se entende como futurista aconteceu antes e merece um lugar na História. No século XIX já existiam psiconautas, que tomavam drogas a fim de estudar os seus efeitos e descrever a experiência. Isso era normal e fazia parte do quotidiano dos médicos e dos cientistas.

Os cientistas eram mais destemidos e românticos do que hoje, ao serem, eles próprios, cobaias?
Houve tempos em que faziam experiências arriscadas usando-se a si mesmos, mas hoje não precisam de o fazer por terem exames cerebrais, ressonâncias magnéticas e por aí fora. Fascinou-me particularmente o caso do químico Humphry Davy e a sua descoberta do óxido nitroso, por ser a primeira droga capaz de alterar a mente descoberta em laboratório. Ao inalar a substância, ele teve uma sensação de euforia e, à medida que continuava, gerindo o risco, teve uma espécie de revelação e descobriu uma nova dimensão da mente. Humphry Davy também era um poeta, à semelhança de outros cientistas e médicos. As pessoas falavam dele como um herói da ciência, que teve a coragem de fazer a experiência sozinho.

Os psicadélicos criam uma nova realidade ou ampliam aquela que temos, ou vemos? 
A perceção muda a realidade: ter uma alucinação ou uma experiência mística pode alterar a mente e, nessa medida, o comportamento. Se a consciência muda, o mesmo sucede com a experiência do mundo. William James, o “pai da psicologia”, dizia que toda a experiência é real por ser vivida. Ele mesmo utilizou o óxido nitroso no seu laboratório, em Harvard, onde era professor. O efeito estranho produzido também ocorria nos pacientes submetidos a anestesias dentárias e naqueles que, antes de uma cirurgia, recebiam éter e clorofórmio.

No livro menciona, até, um paciente que afirmou ao seu médico que Deus era uma substância. A revelação tem mais a ver com o fim da dor ou remete para novas experiências percetivas? 
Os efeitos da anestesia trouxeram consigo um paradoxo: enquanto o corpo era aberto e torturado numa mesa de operações, a mente podia estar numa dimensão diferente e, até, ter uma experiência celestial. William James achava que havia muitos tipos de consciência, cada uma revelando um mundo diferente. Não é viável eleger a realidade em que estamos agora como real em detrimento das outras, pois todas o são, cada uma à sua maneira.

Há risco de se perder nessas realidades, da mesma forma que se pode ficar viciado no mundo virtual, o ópio do século XXI?
Sim, podemos perder-nos online, em universos que nos pareçam, porventura, mais ricos e satisfatórios do que aquele em que estamos. Num artigo publicado na London Review of Books, abordei um tema do qual não se ouve falar muito, mas que existe: a ligação entre o uso de drogas e a guerra. Em cenários de conflito, os estados alterados de consciência induzidos pelo consumo de substâncias permitem gerir emoções e obter energia extra. É conhecido o valor do álcool para os soldados e os exércitos: criam-se laços, gera-se um sentimento de união e coragem para lutar e, no final, bebe-se para relaxar. Na II Guerra Mundial, com as anfetaminas, ficava-se acordado 48 horas para conduzir um tanque ou pilotar um avião. A economia da Síria deve muito à produção de captagon (anfetamina sintética conhecida por “cocaína dos pobres”), muito utilizada nas guerras no Médio Oriente e que também é usada com fins recreativos.

A que se deveu a abertura para estudar as potencialidades dos psicadélicos?
A noção de que existem múltiplas realidades e novas dimensões da natureza humana surgiu em pleno modernismo, entre o final do século XIX e o início do século XX. Por esta altura, começou a haver interesse pelos estados alterados de consciência, especialmente no meio artístico, mais disponível para abordar as suas experiências sob outros ângulos.

Em que medida é que o recurso a químicos, seja como escape ou via de expansão, é uma necessidade universal, ou quase?
Olhando o fenómeno numa perspetiva global, verifica-se que, ao longo da História, e praticamente em todas as culturas, era utilizado algum tipo de substância psicoativa, variando apenas a especificidade das práticas. A universalidade do apelo pelas drogas leva-me a supor que o seu uso é prévio aos humanos.

O consumo noutras espécies do reino animal?
Sim. Alguns ingerem substâncias psicoativas para se reproduzirem, outros consomem fruta fermentada – há bandos de aves migratórias que desviam o seu voo para locais onde a fruta apodrece – e gostam de se intoxicar com álcool. Outro exemplo conhecido é o dos felinos, que rebolam e alucinam quando ingerem catnip. Estudos que usaram sensores cerebrais para monitorizar o comportamento confirmaram que a erva-de-gato deixava os bichos num estado de loucura temporária. E há ainda os macacos e os símios que mascam plantas, ou que gostam de fumar cigarros quando estão em cativeiro. Portanto, é provável que estejamos programados para consumir drogas, seja como automedicação para alívio da dor, ou também talvez com a motivação de ter outras perceções.

Refere-se ao consumo para induzir experiências transcendentais?
Se olharmos para culturas indígenas, como as xamânicas e animistas, na América do Sul, as plantas psicadélicas funcionam como fármacos: após tomá-los, cria-se um envolvimento de outra ordem com a Natureza – uma pessoa torna-se o leopardo, a águia, o predador – e vê entidades não humanas, por norma, invisíveis, podendo falar com elas.

O que diferencia a era individual da era progressista, a que se refere no livro?
Há uma mudança óbvia, na década de 1890. Pensava-se que era o fim, ou a decadência, da civilização e, na viragem para o século XX, o mundo mudou, tornou-se futurista e tecnológico, o que trouxe a necessidade de ordem social. Na era progressista, ganharam destaque a saúde pública, a tecnocracia, as estatísticas, a demografia, as doenças crónicas. As autoridades criaram leis para controlar e restringir o acesso a bebidas alcoólicas e drogas a fim de controlar esses problemas de saúde. Nesse cenário, passou a ser muito mais difícil para um médico, ou um cientista, fazer autoexperimentação, por não querer estar associado a grupos “problemáticos” da população.

Porque é que os psicadélicos continuam a ser substâncias proibidas e classificadas como perigosas?
Essas categorias foram criadas nas décadas de 1960 e 1970, quando todas as substâncias psicoativas que não se destinavam ao uso médico se tornaram problemáticas e foram restringidas. No início, as drogas eram vistas como algo desconhecido, negativo e ilegal e havia uma propaganda negativa em torno delas. Porém, nos anos 1950, quando se começou a falar de psicadélicos, havia a ideia deliberada de os associar a fatores positivos, como experiências místicas e de autodescoberta, era uma propaganda positiva. Por isso, é preciso ter algum cuidado com os termos.

Em que sentido?
Quando o consumo de drogas começou a ser problemático, as pessoas queriam uma palavra para um tipo especial de experiência com as mesmas e chamaram-lhe psicadélicos, mas não há propriamente um consenso sobre o que são e o que não são.

O que pensa do uso médico, atendendo a que a Food and Drug Administration (FDA) bloqueou a aprovação do MDMA para uso médico e também da psilocibina, vulgo cogumelos mágicos?
É muito difícil generalizar, as pessoas têm experiências muito diferentes. A FDA diz que a sua missão é definir o que é um medicamento seguro e eficaz, que funciona da mesma forma para todos. Não consegue mostrar, por exemplo, que o MDMA entra no sistema, passa pelo cérebro e tem um certo efeito. E não é assim, a substância coloca a pessoa num estado diferente e ela trabalha com o terapeuta que a assiste, o que faz com que os medicamentos psicadélicos não sejam generalizáveis.

Várias figuras públicas partilham a sua experiência com psicadélicos. No livro refere Hunter Biden e Mike Tyson, mas há também o príncipe Harry, o jornalista Michael Pollan e o escritor Andrew Solomon. O que pensa disso?
No livro e no documentário (na Netflix), Michael é brilhante na forma como fornece dados sobre os efeitos subjetivos das substâncias, de uma forma que os cientistas não conseguem, indo ao encontro do que as pessoas querem saber: o que se sente, como é a experiência. O termo psicadélico cria espaço para uma nova ideia sobre o que as drogas podem fazer por nós: curar condições que outros fármacos não conseguem ou proporcionar experiências religiosas mesmo que não se tenha religião. Neste momento, têm uma aura de magia.

Da mesma forma que uns olham para as propriedades mágicas, outros receiam ir por aí, um pouco como quando se fala de antidepressivos…
Sim, algumas pessoas viram as suas vidas totalmente transformadas e outras concluíram que os antidepressivos foram terríveis para as suas vidas. Ambas as posições são válidas.

Podemos falar do renascimento das drogas sem o cunho pejorativo que tinham no século passado?
Sim. Nos anos 1960 vigorou essa ideia, mas era uma contracultura, uma oposição ao mainstream. Agora as pessoas querem saber o que a ciência diz. E diz que estas substâncias podem ser úteis no tratamento de problemas de saúde mental. Portanto, de certa forma, os psicadélicos e o discurso têm agora um estatuto de autoridade que não tinham antes.

Considera-se um psiconauta?
Não usaria essa palavra, psiconauta, para me descrever, é um pouco pretensioso. Todos somos experimentalistas: decidimos se gostamos de chá ou de café pela manhã, se queremos beber vinho à hora do almoço ou não, e o mesmo sucede com as drogas. Interessam-me as diferentes substâncias psicoativas e o ponto de equilíbrio que encontramos na relação com elas. Freud dizia que as drogas alargavam o nosso alcance mental e físico ao ponto de nos tornarem quase divinos, mas não passavam de próteses. A primeira delas foi o fogo, a outra foi a ciência e, com o arsenal que fomos desenvolvendo, não seríamos só macacos nus. Podemos encarar as drogas enquanto extensões nossas, mas elas não fazem parte de nós.

E como é consigo? 
Usando a analogia da escrita de viagens, é preciso fazê-las. Para mim tem sido importante experimentar as substâncias sobre as quais escrevo e fi-lo de forma mais sistemática do que a maioria das pessoas.

O que se segue, neste campo? 
Consumir uma droga é como viajar para um país estrangeiro: assim que começa, tem-se uma experiência direta e não se pode desligar o botão. Escrevo sobre este tema há tempo suficiente para saber que não é possível prever o futuro. Por exemplo, eu não podia adivinhar que a cetamina iria converter-se numa droga recreativa popular e, ao mesmo tempo, num medicamento psiquiátrico. Nesse sentido, acredito que a espécie humana vai manter o interesse na autoexperimentação.

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