O contraste de cores, a inocência com a violência e o seu profundo significado fizeram do retrato “A Arma e Flores” o vencedor do prémio International Portrait Photographer of the Year.
“Eu tirei esta foto para representar o conflito do estilo de vida deles [da tribo Suri, da Etiópia] : “Arma e Flor”, “Nova tecnologia e velha tradição”, “O assassino ou o guardião””, conta o vencedor Jatenipat Ketpradit da Tailândia. O fotógrafo refere que esta tribo tem passado um período de mudança e conturbação, em que quer manter os velhos costumes mas recorrer a novas tecnologias. Mais precisamente, o facto de haver armas de fogo nas tribos tem gerado uma grande discórdia interna, isto porque “as armas são uma tecnologia de ponta que se opõe à sua cultura e costumes”, explica o autor.
Entre os vencedores encontra-se Daniel Taveira, o fotógrafo brasileiro que ganhou o primeiro lugar da categoria “Retrato Ambiental”. A fotografia “Antropogenic” retrata uma mulher indígena com uma máscara, ligada a uma planta, fugindo a um fumo. Segundo Taveira, a imagem é a representação do resultado de ações passadas que resultam nas constantes mudanças climáticas do presente, definindo o futuro incerto.
No concurso, fotógrafos profissionais e amadores de todo o mundo são convidados a participar na competição que lhes dá a hipótese de ganhar o prémio principal – de 3000 dólares – ou de pertencer o top das categorias – de 1000 dólares – e ficar entre as 101 melhores imagens a serem incluídas no Awards Book.