A flor da vida: “Os nossos mortos merecem”

É num generoso e belo campo de flores em Gondomar, numa zona de fronteira com o Porto, que são plantados muitos dos crisântemos que no Dia de Finados vão ser usados pelos familiares para lembrar os seus parentes falecidos na cidade nortenha. José e Albina são os agricultores responsáveis por aquele quadro colorido, ao qual dedicam todo um ano de trabalho para que nas vésperas do 2 de Novembro os crisântemos estejam crescidos, prontos a serem adquiridos às portas dos cemitérios. O casal empenha-se a fundo, porque "os nossos mortos merecem" todo o cuidado posto na criação das flores. No momento da colheita convocam vizinhos e amigos para assegurar que as flores chegam em condições aos pontos de venda, em arranjos cuidadosamente preparados de dez flores cada um, por ser "o número perfeito"