Sophia foi, certamente, uma das presenças mais aplaudidas no Web Summit. Sophia é um robô, ou melhor, uma plataforma de desenvolvimento que tem por objetivo criar robôs humanoides. E o “pai” de Sophia, Ben Goertzel, esteve no palco a demonstrar como a Inteligência Artificial (IA) e a robótica já chegaram a um estado de desenvolvimento que permite a interação em linguagem natural. Sophia foi capaz de responder a perguntas complexas e até de apresentar expressões faciais realistas. Mais, Sophia defendeu que os robôs devem ter direitos. Certamente uma reação programada pela equipa de Ben Goertzel, um dos inventores e autores mais conhecidos no campo da IA e robótica.
Goertzel lidera atualmente a área de pesquisa e desenvolvimento da Hanson Robotics, uma empresa sedeada em Hong Kong que já fabrica e comercializa robôs, mas que tem a pretensão de estar entre as primeiras a comercializar robôs humanoides «superinteligentes» e acessíveis. Para Ben Goertzel não é uma questão de “se”, mas de “quando”. O investigador acredita que a tecnologia vai permitir criar robôs capazes de substituir as pessoas em qualquer tipo de função dentro de apenas «cinco a dez anos».
Ben Goertzel defende que a máxima interação entre humanos e robôs é a melhor garantia que as máquinas não vão acabar por destruir os criadores: «os robôs vão funcionar um pouco como nós e ajudar quem os ajudar». O que também significa que «os robôs devem ter direitos iguais aos nossos». Aliás, Goertzel é da opinião que os robôs vão acabar por ser indistinguíveis dos seres humanos e que os direitos iguais vão acabar por surgir naturalmente.