PharmAssistant foi criada para chegar onde a memória não chega, com uma app e um dispensador de medicamentos que comunica com telemóveis através de Bluetooth e desencadeia alertas sonoros e luminosos quando chega a hora da toma de um comprimido.
À primeira vista, tudo levaria a crer que a startup foi criada a pensar no segmento sénior, mas os mentores deste projeto alojado no Lisbon Challenge da Beta-i logo lembram que o mercado pode ser consideravelmente maior: «Há muitas pessoas que sofrem de doenças crónicas», recorda Sofia Simões de Almeida, cofundadora da startup.
Antes de chegar à fase de incubação, a ideia de negócio teve um primeiro teste bem sucedido com um primeiro prémio no concurso Appy Day, organizado pelo BPI. Não tardou muito para que as primeiras farmácias e parafarmácias começassem a querer saber um pouco mais sobre esta solução.
«Não há nenhuma solução do mercado como esta. E o que há tem um grande setup que torna a utilização pouco cómoda, ou exige fidelizações a operadores de telecomunicações, ou tem preços muito elevados», acrescenta Diogo Ortega, cofundador e responsável técnico do projeto.
Além do preço e da dimensão dos dispositivos, o PharmAssistant distingue-se ainda por prometer maior eficácia nos lembretes: os dois jovens querem que o dispensador possa desencadear alertas não só quando chega a hora certa, mas também quando o utilizador está nas imediações da caixa (a solução tem em conta se o paciente já tomou o comprimido antes ou não).
No final do ano, o produto estará pronto para a fase comercial. Atualmente, o custo está fixado em 20 euros por unidade, mas os dois jovens acreditam poder descer para metade, caso haja uma procura com um volume suficiente.