DE: FRANCISCO A.
Sou estudante do segundo ano de Engenharia Civil e procuro uma máquina pequena e leve mas o ecrã tem de ser de 12 ou 13 e desempenho satisfatório (Core i5, 8 GB de RAM e SSD de 256 GB são os mínimos que procuro). Mas a minha principal dúvida nem é técnica, é mais conceptual. Tenho tido sempre portáteis e agora estou a pensar mudar para um convertível tipo Surface para não ter de andar a transportar o tablet e o portátil. Por outro lado, nãos sei se me habituarei a usar o ecrã tátil no Windows e se as apps vão ser suficientes para deixar o iPad Mini em casa.
RESPOSTA
Um convertível com teclado amovível pode, de facto, substituir a dupla portátil/tablet. Mas apenas em situações específicas. Mesmo os convertíveis mais finos e leves não são tão transportáveis quanto um iPad Mini. Pode não parecer muito importante à partida, mas se, por exemplo, tem o hábito de jogar ou ler livros no iPad, vai sentir bem o peso de uma máquina de 12”. Depois de uma ou duas horas, já não “saberá o que fazer aos braços” quando utilizar o convertível em modo tablet.
E, é claro, há as apps. Boa parte das aplicações para Windows são (ainda) criadas para serem usadas com teclado e rato. Cada vez há mais programas que tiram bom partido do modo tátil do Windows 10, mas há todo um universo de apps que, no que à experiência tátil diz respeito, funcionam melhor em tablets “puros”. Ainda no que concerne às apps, é provável que tenha adquirido várias aplicações e conteúdos para o iPad que não são migráveis para o Windows. Deve ainda levar em conta que os tablets Android e iOS continuam a ter vantagem em termos de autonomia relativamente aos convertíveis de elevado desempenho de processamento.
Quanto à utilização de um convertível como o Surface, é importante estar ciente que muitas vezes as pessoas acabam por transportar sempre a capa/teclado para melhor produtividade, o que significa que a vantagem de remover o teclado é, muitas vezes, ilusória. Junte-se a isto as dificuldades práticas de se usar o pé traseiro que mantém o ecrã na diagonal – por exemplo, é mais fácil usar um laptot tradicional sobre os joelhos que um Surface ou um clone – e podemos concluir que é preferível usar um portátil tradicional fino e leve.
Claro que há vantagens em mudar para uma solução dois em um. Se, por exemplo, todas as apps que usa no iPad já estão disponíveis para Windows e se sente que tem de levar sempre o portátil consigo, então poderá poupar algum peso se optar por um convertível ou híbrido. Mas pondere bem a sua escolha, analisando bem as características peso, autonomia e ergonomia.
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