Comecemos pelo óbvio: o novo Prius tem um design que rompe com os antecessores. Estávamos habituados a um carro com um design muito diferenciador, mas, para sermos simpáticos, nada entusiasmante. Ora o novo Prius tem um look bem mais desportivo, que faz lembrar um coupé – a consequência negativa é o espaço apertado para os passageiros no banco de trás. Só ouvimos comentários positivos e até conduzimos um Prius amarelo, que não é, propriamente, uma cor muito popular em Portugal. Não menos importante: o desempenho está à altura do estilo. O Prius não tem a aceleração de um desportivo ou de um 100% elétrico do mesmo segmento, mas os cerca de 7 segundos dos 0 aos 100 km/h, que se comparam com os 10 segundos do modelo anterior, demonstram que este carro tem uma boa resposta.
Este ‘início de conversa’ – estilo e desempenho mais desportivos – poderão levá-lo a pensar que a Toyota tenha optado por mudar de estratégia e deixar de dar prioridade à eficiência. Nada disso. Tratando-se de um híbrido plug-in (PHEV – Plug-in Hybrid Electric Vehicles) é possível ter consumo de gasolina próximo de zero, ou mesmo zero, nas viagens pendulares do dia-a-dia. Apontamos para uma autonomia real em modo elétrico de uns 50 km. Mas o que mais impressiona, considerando que se trata de um PHEV, é o consumo de gasolina quando acaba a bateria, situação em conseguimos uma média à volta dos 4 litros/100 km. Ora, conjugando estes dois fatores – autonomia elétrica e baixo consumo em modo híbrido – será fácil, para quem não faz viagens longas com regularidade, conseguir consumos médios globais de gasolina de 2 ou 3 litros aos 100 km. Até mesmo menos.