Musk, sempre Musk! Parece que estamos a viver numa obra de ficção distópica onde Elon Musk é o ator principal. Ou será autor? O novelo desta novela da vida real é tão grande e com tantas pontas, que dá para todo o tipo de análises. Mas poucas encaminham para um final feliz. Com o controlo do Twitter, que passou a X, Musk tornou-se o maior influencer do planeta. Não só pelo número esmagador de seguidores, mas, sobretudo pela tipologia destes seguidores, que, em grande parte, se comportam como um culto religioso. Há uma fé inabalável no líder – “se ele diz, tem as suas razões, mesmo que não as entendamos”. Está entre aspas porque foi uma frase que ouvi de alguém que, há dois anos, era um anti-Trump convicto e muito crítico das redes sociais, pelos algoritmos que ajudam na desinformação… E que, agora, diz que Trump é o caminho, que as redes sociais não devem ser reguladas… Porquê? Porque Musk diz…
Se a capacidade de influência do líder do X, da Tesla e da SpaceX já era enorme, o que dizer agora que se tornou o braço direito de Trump? De um momento para outro, Musk tem acesso direto e, como já se viu, forte capacidade de influenciar o líder da maior potência mundial. O que também criou uma assustadora lista de aparentes incompatibilidades num Estado democrático, já que o sucesso das empresas lideradas por Musk estão muito ligadas às decisões do governo norte-americano.