Aumento de consumo de recursos de rede ou baterias a esgotar mais rapidamente são dois dos indicadores de que o utilizador poderá estar a ser vítima de um esquema que coloca o seu computador refém e a minerar bitcoin ou outras criptomoedas. Como forma de disfarçar estas iniciativas, os atacantes disfarçam o código intrusivo e inscrevem-no por baixo de anúncios publicitários ou outras páginas que em nada estão relacionadas. Agora, os programadores da Google criaram uma ferramenta que bloqueia estes anúncios abusivos, salvaguardando os recursos da máquina.
Os dados de Marshall Vale, o gestor de projeto da Google que conduziu o desenvolvimento desta ferramenta, indicam que apenas 0,3% dos anúncios são abusivos neste sentido. No entanto, apesar da baixa percentagem, são responsáveis por 28% da utilização de carga de processamento e por 27% da utilização de recursos de rede, avança a Cnet. “Estes anúncios, tal como os que servem para minerar criptomoeda, estão programados de forma fraca ou não estão otimizados para o uso de rede e podem conduzir a gastos excessivos de bateria, saturar redes já sobrecarregadas e custar dinheiro aos utlizadores”.
A proposta da Google é bloquear a janela do anúncio se forem atingidos determinados limites, calculados após analisar uma grande amostra de anúncios encontrados pelos utilizadores do Chrome, antes de o utilizador interagir com a página. Os conteúdos que usarem mais recursos de CPU ou de rede do que 99,9% de todos os anúncios serão bloqueados: o limite é de 4 MB de dados de rede ou 15 segundos de utilização da CPU em cada período de 30 segundos ou 60 segundos de uso total da CPU.
A funcionalidade para já está em fase experimental e só deverá chegar à versão final do navegador no final de agosto. O tempo que medeia entre hoje e a data expectável de lançamento é propositadamente longo para dar tempo aos programadores para reduzirem a necessidade de recursos dos seus anúncios.
A ferramenta pode ser ativada pelos utilizadores com a flag: chrome://flags/#enable-heavy-ad-intervention.