De uma hora a 365 dias. Os dois períodos funcionam como principais referências da app FlySafeGo – e já estão ao dispor de qualquer operador de drones que pretenda contrair um seguro no momento da descolagem. Os custos começam nos 4,10 euros para uma hora de voo nas condições de voo menos exigentes e preveem três patamares de valores de compensação, em caso de incidente: 100 mil euros, 250 mil ou 500 mil euros. Ao cabo de dois meses de distribuição no mercado, a ThinkFuture continua a ter razões para sorrir, garante Nuno Silva, diretor de inovação e mentor da app: «Somos pioneiros. Na Europa, não há outra app que permita contratar um seguro a pedido, na própria hora, tendo em conta a localização».
A FlySafeGo começou a ser disponibilizada para telemóveis Android e iOS tendo a agilidade como um dos principais atrativos. «Uma vez feito o registo, demoramos apenas 35 segundos para entregar um certificado digital do seguro no e-mail que o cliente solicitar», acrescenta Nuno Silva.
A app começou a ser desenhada por necessidade do próprio Nuno Silva que é um aficionado dos drones, e deparou com uma lacuna no mercado: os seguros exigidos pela legislação nacional para veículos voadores não tripulados acima dos 900 gramas não contemplavam os operadores amadores que, eventualmente, só pilotam em alguns fins de semana de um ano – mas têm de pagar seguros com validades de um ano para garantirem todas as ocasiões de voo, que nem sempre são regulares ou demoradas.
Neste momento, a FlySafeGo está restringida a drones das marcas DJI, Parrot, Xiaomi, e Yuneec. A par das marcas, a app apenas permite contratar um seguro para drones que registam dados de voo, permitem delimitar raios de ação (geofencing), dispõem de sistemas de localização, e têm funções automáticas de retorno à base (return to home). A app também pergunta no próprio momento se o operador tratou da autorização da ANAC – mas é o operador que assume a responsabilidade tratar dessa autorização previamente.
Além da contratação de um seguro, a FlySafeGo indica, na própria hora, as condições de voo, tendo em conta a localização, as condições meteorológicas ou as áreas restritas por questões legais. «Estamos em processo de expansão internacional», informa Nuno Silva, apontando a Europa como o mercado prioritário. Em Portugal, a app tem vindo a ser usada em parceria com a corretora de seguros MDS e a seguradora Una Seguros. «Consoante os países em que a ThinkFuture entrar, poderemos vir a trabalhar com seguradoras diferentes», conclui o diretor de Inovação da FlySafeGo.