O relatório de malware de 2018 feito pela Kaspersky Lab revelou que o número de ataques feito com software móvel malicioso duplicou no ano passado, tendo sido registados aproximadamente 116,5 milhões de ataques. Embora tenham sido registados mais ataques, a quantidade de arquivos de malware diminuiu, levando os especialistas de segurança na Internet a pensar que a qualidade dos softwares maliciosos está a tornar-se mais sofisticada. Em 2018, 8,62% dos utilizadores de Internet portugueses sofreram ataques.
Segundo a Kapersky Lab, o maior número de ocorrências deve-se à presença cada vez maior de dispositivos móveis, como os smartphones, no quotidiano e nos locais de trabalho, levando a que os piratas informáticos os considerem como potenciais alvos. A empresa de cibersegurança sublinha que a maioria dos utilizadores que sofreu ataques informáticos não recorria a um software de defesa informática para proteger os seus dispositivos.
Entre as ameaças encontradas, foi registado um aumento significativo de Trojan-Droppers, desenhados para contornar a proteção dos sistemas e contaminá-los com malware, cuja presença aumentou de 8,63% para 17,21%. Os Trojan bancários e o ransomware foram as duas ameaças mais encontradas.
«Em 2018, os utilizadores de dispositivos móveis enfrentaram o que poderia ter sido o maior ataque jamais visto. Ao longo do ano, tivemos oportunidade de observar novas técnicas de infeção de dispositivos móveis, como o sequestro de DNS, juntamente com um maior interesse por esquemas de distribuição melhorados, como o spam de SMS. Esta tendência demonstra a crescente necessidade de instalar soluções de segurança móvel nos smartphones, de forma a proteger os utilizadores de todas as tentativas de infeção no dispositivo, independentemente da sua origem», disse Viсtor Chebyshev, especialista em segurança da Kaspersky Lab, num comunicado de imprensa.