A Google diz que esta versão é um «salto quântico» em frente, dadas as alterações que foram produzidas.
A empresa pretende que o Android 5.0 permita que um utilizador possa conjugar a sua vida pessoal e de trabalho num só dispositivo e que possa alternar de forma simples entre ambas. O sistema vai pressupor a criação de duas personalidades, com dados armazenados, apps e configurações diferentes, como se fossem duas partições, onde uma não tem interferência com a outra.
O Android já é o sistema operativo presente em 84,7% dos smartphones colocados no mercado, segundo a IDC, mas o objetivo é reforçar a presença no setor empresarial, ganhando os clientes que estejam a abandonar o sistema Blackberry, por exemplo.
O aspeto visual também foi reformulado, com novas cores e animações, de acordo com o que o utilizador queira fazer. «São pistas visuais importantes que permitem ao utilizador perceber melhor o que está a ser feito», explica Hiroshi Lockheimer, um dos engenheiros da Google responsáveis pelo Android à BBC.
O utilizador vai poder personalizar melhor as notificações sob a forma de cartões e escolher o que pretende que seja mostrado ou não, para evitar sobrecargas de informação no ecrã de bloqueio.
O código fonte e compilado do Android 5.0 é diferente e permite agora tirar partido de processadores de 64 bits, suportar mais memória RAM e abrir aplicações de forma mais rápida e fluida.
O Android 5.0 vai ser disponibilizado amanhã para os programadores, com imagens para os telefones Nexus 5 e tablets Nexus 7. A 3 de novembro, com o Nexus 9 e o Nexus Player, a versão deve chegar ao público em geral.