O problema não é a tecnologia, mas o que se faz com ela. No Vine, máxima também se aplica: o novo serviço que o Twitter criou para a partilha de vídeos não proíbe a partilha de pornografia – só que esta vertente liberal contrasta com as restrições impostas pela Apple às aplicações distribuídas na App Store.
A app criada para iPhone e iPod Touch estreou na passada quinta-feira, e segundo o The New York Times, não tardou muito para que alguns utilizadores começassem a partilhar imagens pornográficas na plataforma desenvolvida para a distribuição de vídeos para partilhar imagens pornográficas.
As pesquisas por #porn e #sex permitem confirmar que nem o facto de a nova app impedir a inserção de vídeos com um máximo de seis segundos impediu exibicionistas e entusiastas de dar largas à imaginação.
Os regulamentos do Twitter preveem a inserção de alertas em vídeos que os utilizadores tenham considerado como ofensivos ou menos recomendáveis para utilizadores mais suscetíveis. Segundo a Cnet, o líder do microblogging pode aceitar, em casos extremos, retirar conteúdos colocados pelos utilizadores – mas a pornografia, aparentemente, não é um dos “tais” casos extremos.
A Apple, por seu turno, aplicou na App Store um regulamento que impede a distribuição de apps que divulgam conteúdos pornográficos. A Apple ainda não reagiu ao “caso Vine”. Resta saber se a “marca da maçã” vai tolerar o não respeito pelos regulamentos da App Store ou se simplesmente exclui a Vine do universo iOS.