Os trabalhadores da divisão de Inteligência Artificial da Google receberam um e-mail de Sergey Brin, o cofundador da empresa que após o ‘boom’ provocado pelo ChatGPT voltou a ter um papel ativo . Na comunicação, Brin salienta que a corrida pela Inteligência Artificial Generalista está ao rubro e recomenda que se dupliquem os esforços e que se criem produtos sem tantas restrições e amarras.
Na nota a que o The New York Times teve acesso lemos que “já se passaram dois anos do programa Gemini e Google Deepmind. Já percorremos um longo caminho e com muitos esforços dos quais nos devemos orgulhar. Ao mesmo tempo, a competição acelerou imenso e a corrida final para a Inteligência Artificial Generalista está aí. Considero que temos todos os ingredientes para vencer esta corrida, mas vamos ter de acelerar os nossos esforços”.
Sergey Brin recomenda que a equipa dedicada a esta corrida trabalhe mais tempo (“60 horas por semana é ponto ideal da produtividade”), vá para o escritório todos os dias úteis da semana e dê prioridade a “soluções simples”, tendo de se movimentar mais rapidamente (“não podemos esperar 20 minutos para correr um pouco de Python”).
Na última parte da missiva, deixa uma recomendação que pode indiciar o futuro da empresa, quando descreve que os produtos de IA da Google “estão carregados de filtros e de impedimentos de vários tipos”. O executivo diz que é tempo de “confiar nos utilizadores” e “deixar de construir produtos-ama”, ou seja, que limitem os cenários de utilização.
De recordar que Sergey Brin esteve na tomada de posse de Donald Trump, ao lado do atual diretor executivo da Google, Sundar Pichai, e que agora parece estar a advogar no sentido de se criarem produtos sem tantas limitações.