As dezenas de ciberataques e roubos perpetrados em 2023 renderam aos cibercriminosos cerca de dois mil milhões de dólares, o equivalente a 1,8 mil milhões de euros ao câmbio atual, no ano que agora termina. A estatística revelada pela De.FI, empresa que mantém a base de dados REKT, mostra que o roubo de criptomoedas continua em grande, mas que, pela primeira vez desde 2020, regista uma descida face ao ano anterior.
“O valor, embora disperso por vários incidentes, sublinha as vulnerabilidades persistentes e desafios dentro do ecossistema de finanças descentralizadas [DeFi] (…). 2023 é um testemunho tanto para as vulnerabilidades em curso como para as tentativas de as resolver”, cita a empresa ao TechCrunch.
O volume agora revelado está em linha com o que foi sendo publicado nas últimas semanas por outras empresas, como a TRM Labs que estimou o valor total em 1,7 mil milhões de dólares. Entre os maiores ataques registados, destaque para o da Euler Finance, que rendeu quase 200 milhões de dólares, o da Multichain (126 milhões), BonDAO (120 milhões), Poloniex (114 milhões) e o da Atomic Wallet (100 milhões).
Embora seja impossível prever o futuro do setor com precisão, é fácil extrapolar que, dados os fracos sistemas de segurança implementados por algumas empresas do mercado e projetos de web3, e os consideráveis volumes de dinheiro movimentados, os hackers devem continuar a apontar a mira às criptomoedas.