O Flattie tem como principal objetivo a promoção da utilização do capacete, numa altura em que a micromobilidade urbana está em crescimento. O capacete dobrável, com um forro de cortiça aglomerada tem um revestimento de poliuretano termoplástico e um fluído espessante de cisalhamento nas cavidades, assegura uma proteção robusta contra impactos e mantem a flexibilidade.
A invenção de Gabriel Serra, designer industrial e estudante de doutoramento em Engenharia Mecânica na Universidade de Aveiro valeu-lhe a vitória na fase nacional do James Dyson Award e uma recompensa de 5700 euros.
O criador explica, em comunicado, que a próxima fase do projeto consiste no aperfeiçoamento do produto, em termos de design e testes com utilizadores: “O processo de design foi muito desafiante, uma vez que a ideia era não só reduzir o atrito na adoção de capacetes pelos utilizadores de micromobilidade, mas também inovar em termos de sustentabilidade, criando um capacete com uma menor pegada de carbono e totalmente circular. Este material amigo do ambiente não só aumenta a segurança ao resistir a múltiplos impactos sem perder as suas capacidades de proteção como se torna sustentável pelo facto do material resistente permitir um uso mais prolongado do produto. Vencer o James Dyson Award, com o seu prestígio, é uma grande honra, e acredito que pode ser o apoio que o projeto precisa para dar um próximo passo”.
Dados oficiais mostram que houve um crescimento no número de acidentes e ferimentos envolvendo bicicletas, trotinetas e skates. Em 2022, o INEM registou 6280 feridos nestas circunstâncias, acima dos 3251 registados em 2021.
A lista dos 20 melhores projetos a nível internacional será anunciada a 18 de outubro e os vencedores internacionais a 15 de novembro.